As inscrições para PEC-G devem ser abertas em Abril nas
embaixadas do Brasil no exterior. Entre 500 e 700 estudantes de 50
naçoes são selecionados todo ano. Atualmente, cerca de dois mil
estrangeiros estão nas universidades espalhadas pelas capitais
brasileiras por meio desse sistema, criado na década de 60. Para
concorrer ao programa que traz estudantes para fazer uma graduação no
Brasil só existe um caminho: procurar a embaixada brasileira no país de
origem.
Os africanos representam a maioria dos estudantes estrangeiros que
acessam o programa brasileiro de bolsas de estudo para quem vem de fora
fazer um curso superior no Brasil, o Programa Estudantes-Convénio de Graduação, conhecido como PEC-G.
Até 1980, 80% dos beneficiados pelo Programa eram latino americanos.
De acordo com dados dos ministérios brasileiros das Relações Exteriores
(MRE) e da Educação (MEC), esse percentual agora é de jovens do
continente africano.
O PEC-G, considerado o maior programa de cooperação educacional do
governo brasileiro, selecciona todos os anos entre 500 e 700 estudantes
de 50 nações.
Actualmente, cerca de dois mil estrangeiros estão nas universidades
espalhadas pelas capitais brasileiras por meio desse sistema, criado na
década de 60.
O PEC-G e a selecção para a Universidade da Integração Internacional
da Lusofonia Afro-Brasileira, UNILAB, são hoje as duas maiores e mais
resguardadas selecções para quem vem do exterior estudar no Brasil.
As páginas das embaixadas brasileiras, ao redor do mundo, deixam claro,
inclusive, que o Brasil só se responsabiliza por problemas académicos
ou administrativos envolvendo instituições de ensino brasileiras e
estudantes que entrarem no país por meio dessas duas selecções já
citadas.
No caso do PEC-G, podem ser selecionados estrangeiros, entre 18 e 25
anos, com ensino médio completo e que comprovem capacidade de custear as
despesas no Brasil.
Hoje, 90 instituições de ensino brasileiras sejam federais,
estaduais, municipais ou privadas aceitam estrangeiros por meio desse
programa. A maioria é de universidades públicas, mas o número de
instituições particulares já é bem expressivo. Veja os detalhes no Portal do MEC.
“Todos os anos essas 90 instituições participantes oferecem vagas em cursos em todas as áreas do conhecimento. O Ministério das Relações Exterior
(MRE) ordena a recepção das candidaturas por meio das representações
diplomáticas brasileiras no exterior. Já o Ministério da Educação (MEC),
organiza um processo de selecção, alternativo ao vestibular no Brasil,
baseado no desempenho dos candidatos no ensino médio de acordo com o
curso que ele deseja fazer,” explica Elisa Maia Pereira Mendes, da
Divisão de Temas Educacionais do MRE.
Para concorrer ao programa que traz estudantes para fazer uma
graduação no Brasil só existe um caminho: procurar a embaixada
brasileira no país de origem.
“Ele vai à representação diplomática brasileira no país de origem
dele e se candidata lá. O estudante não precisa viajar para se inscrever
ou para concorrer à vaga. A selecção é feita aqui no Brasil por meio de
análise do desempenho académico do estudante no segundo grau,” detalha a
representante do MRE.
As inscrições para o PEC-G são abertas uma vez por ano, normalmente,
entre Abril e Junho. A selecção é processada no Brasil, ao longo do ano,
e os resultados saem normalmente em Dezembro.
De acordo com o Ministério das Relações Exteriores, o solicitante tem
que ter, necessariamente, uma média final igual ou superior a 60% em
matemática, língua do país e matérias afins ao curso que ele pretende
fazer no Brasil.
Os estrangeiros que entram pelo programa não disputam vaga com os
brasileiros. “Em geral, as Universidades oferecem um número muito bom de
vagas. Muitas vezes sobram vagas em determinados cursos. Há outras
áreas muitos concorridas, como as de saúde. Para medicina sempre todas
são ocupadas,” informa Elisa Maia.
“Algumas engenharias acabam não sendo solicitadas, até por falta de
conhecimento do que é estudado na área. Sobram vagas também nas áreas de
humanas, também nos cursos de Pedagogia, Letras, Ciências Sociais,
Psicologia e Nutrição,” completa.
Outro processo selectivo controlado directamente pelo governo
brasileiro é voltado, no caso de estrangeiros, só para cidadãos da
Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP). A Universidade da
Integração Internacional da Lusofonia Afro-Brasileira, UNILAB, atende a
brasileiros e a candidatos nacionais de Angola, Cabo Verde,
Guiné-Bissau, Moçambique, São Tomé e Príncipe e Timor Leste.
Os candidatos estrangeiros são submetidos a uma avaliação do
histórico escolar do ensino médio e prova de redacção, realizada nos
países de origem, sem necessidade de deslocamento prévio para o Brasil.
Assim como o PEC-G, os interessados devem se inscrever nas
representações diplomáticas brasileiras dos seus países. Anualmente, são
oferecidas 370 vagas para estrangeiros nos seguintes cursos: Agronomia,
Administração Pública, Ciências da Natureza e Matemática, Enfermagem,
Engenharia de Energias, Letras, e Ciências Humanas.
É preciso destacar que nenhuma das duas formas de selecção de
estudantes estrangeiros monitoradas pelo governo Brasileiro, para o
PEC-G e a UNILAB,
inclui pagamento de despesas como moradia, alimentação e transportes.
Em princípio, os interessados têm que comprovar que terão como
sobreviver no Brasil, sabendo-se que, pela lei brasileira, o estudante
de fora do país é proibido de trabalhar.
(Voz da América – 04/03/2013)
Nenhum comentário:
Postar um comentário