sexta-feira, 30 de setembro de 2016

Itaú faz acordo para ficar com 100% do Itaú BMG Consignado





ITACI
5. Itaú Unibanco
Itaú: banco vai pagar cerca de R$ 1,28 bilhão por 40% do capital do BMG Consignado que não pertenciam à holding
 
Da REUTERS


São Paulo - O Itaú Unibanco acertou na quinta-feira acordo para comprar o restante da participação no banco Itaú BMG Consignado por cerca de 1,28 bilhão de reais, passando a controlar totalmente a instituição.

O maior banco privado do país afirmou que o acordo envolve a aquisição de 40 por cento do capital total do Itaú BMG Consignado. O valor da transação será atualizado pela variação do CDI desde 31 de dezembro do ano passado até a data da transferência das ações, após serem cumpridas condições previstas no contrato, incluindo as autorizações regulatórias necessárias.

"O Itaú Unibanco e o BMG manterão uma associação por meio da celebração de um novo acordo comercial para distribuição de empréstimos consignados do Itaú BMG Consignado e de suas afiliadas, com exclusividade, em determinados canais de distribuição vinculados ao BMG e a suas afiliadas", afirmou o banco em comunicado ao mercado.

A carteira do Itaú BMG Consignado somou no final de agosto cerca de 29 bilhões de reais e o Itaú Unibanco afirmou que a transação não terá efeitos relevantes para o banco neste ano.


Airbus Group lança série de fusões e reorganizações internas




REMY GABALDA/AFP
O diretor-executivo da Airbus Group, Tom Enders, na inauguração da pedra fundamental da nova sede da empresa, em Blagnac, na França, em 14 de janeiro de 2014
Tom Enders: mudança de nome e a adoção unicamente de "Airbus" se tornará efetiva a partir de 2017
 
 
Da AFP


O Airbus Group anunciou nesta sexta-feira uma reorganização interna, e fundirá suas atividades de aviação comercial, enquanto todas as divisões adotarão a "Airbus" como único nome.

O objetivo da reorganização é o de "simplificar a gestão" e "otimizar a eficiência", segundo o grupo.

"Esta nova medida estará dirigida por Tom Enders, como presidente-executivo", acrescentou em um comunicado.

Fabrice Brégier, à frente da aviação comercial, terá como nova função a de diretor de operações, além de seu atual título de presidente da Airbus Commercial Aircraft.

A mudança de nome e a adoção unicamente de "Airbus" se tornará efetiva a partir de 1 de janeiro de 2017.

"A fusão entre Airbus Group e Airbus é o prelúdio de uma revisão estrutural que simplificará a administração de nossa empresa", declarou Enders. A reorganização "suprimirá as duplicações e melhorará a produtividade, continuando, ao mesmo tempo, a integração do conjunto do grupo".

"Nossas duas divisões (Airbus Defence and Space e Airbus Helicopters), dirigidas por Dirk Hoke e Guillaume Faury, que continuam sendo partes integrantes do grupo, se beneficiarão desta fusão com um apoio comercial mais seletivo e com custos reduzidos", acrescentou Enders.


Deutsche Bank dispara 14% com possibilidade de acordo




Thomas Lohnes/Getty Images
Sede do Deutsche Bank na Alemanha
O acordo pode ser anunciado nos próximos dias
 
 
 
 
São Paulo - As ações do Deutsche Bank viraram para alta após a notícia de que o banco alemão estaria perto de fechar um acordo com a Justiça dos Estados Unidos. Após a queda de 8%, os papéis passaram a subir 14% na tarde de hoje (30). As ações são listadas na Nyse. 

A notícia publicada pela agência AFP afirma que o banco está perto de um acordo com autoridades americanas para pagar 5,4 bilhões de dólares para resolver acusações relacionadas à venda de títulos lastreados em hipotecas antes da crise financeira. O valor inicial da multa é de 14 bilhões de dólares.

Fontes ouvidas pela AFP disseram ainda que um acordo pode ser anunciado nos próximos dias.
 

Tranquilizar o mercado


Hoje pela manhã, John Cryan, presidente-executivo do Deutsche Bank, afirmou por meio de comunicado ao funcionários do banco que entende que muitos estejam desconfortáveis com especulação na imprensa de que alguns clientes de fundos de hedge tiraram recursos do grupo, mas afirmou que o Deutsche Bank é sólido e tem mais de 20 milhões de clientes. Ontem, uma reportagem da Bloomberg afirma que 10 hedge funds reduziram à exposição ao banco.

"Há forças agindo agora no mercado que querem enfraquecer a confiança em nós", disse Cryan em comunicado interno enviado aos funcionários e obtido pela Reuters.
 

Mercado interno
 

A recuperação das ações do Deutsche Bank refletiu no desempenho dos bancos listados na Bovespa. Os papéis do Banco do Brasil (BBAS3) subiam 1,59%, o Bradesco (BBDC4) 0,91% e o Itaú Unibanco (ITUB4), 0,39%. Só as units do Santander registravam perdas de 0,27%. 


Odebrecht disse que Lula prometeu "destravar" projetos






Kiyoshi Ota/Bloomberg
Marcelo Odebrecht
Marcelo Odebrecht: e-mail de 2005 consta no dossiê de pedido de prisão de Antonio Palocci
 
 
Ricardo Brandt (enviado especial), do Estadão Conteúdo
Fausto Macedo, do Estadão Conteúdo
Mateus Coutinho e Julia Affonso, do Estadão Conteúdo


Curitiba e São Paulo - Em um e-mail de janeiro de 2005 enviado por Marcelo Bahia Odebrecht - preso pela Operação Lava Jato há 1 ano e 3 meses - para executivos do grupo ele afirma que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva teria se disponibilizado para "ajudar a destravar qualquer dificuldade para fazer acontecer". 

O documento em poder da força-tarefa, em Curitiba, integra o pedido de conversão da prisão do ex-ministro Antonio Palocci, feito nesta sexta-feira, 30, de temporária (de 5 dias) em preventiva (sem prazo).

Palocci foi detido alvo da 35ª fase, batizada de Omertà, acusado de receber R$ 128 milhões em propinas da Odebrecht para o PT, entre 2008 e 2013.

"Lula ficou de eleger 3 projetos e conduzir o assunto através de um grupo (Palocci, Dilma e Min. Transportes) ficando disponível para ajudar a 'destravar' qualquer dificuldade para fazer acontecer", escreve Odebrecht, em e-mail de 19 de janeiro de 2005, para 9 executivos do grupo.

O assunto tratado era da agenda que o pai, Emílio Odebrecht, teria acertado com o ex-presidente. "Segue a agenda que meu pai repassou com Lula em sua reunião de 6ª."

Para a Lava Jato, Palocci, que era tratado como "Italiano" nas mensagens cifradas da Odebrecht, seria um dos canais do grupo com o governo federal na obtenção de vantagens na Petrobras - e em outras áreas de negócios -, mediante o pagamento de propinas. "Pediu para que nós liderássemos os três projetos (acertou-se que envolveríamos outras empresas junto com a ABDIB). Ele ficou de retornar via o Italiano para nós, de como conduziríamos os próximos passos", complementa Odebrecht, na mensagem. "(Se o italiano não retornar eu o procuro semana que vêm)."

O delegado Filipe Hille Pace, que pediu a prisão preventiva de Palocci, destaca de no e-mail Odebrecht também relata que o próprio Lula se prontificou a "destravar" qualquer dificuldade que a Odebrecht tivesse "junto à estes projetos que lhe foram prometidos".

Lula, nem a ex-presidente Dilma Rousseff, são alvos desse inquérito. O documento, segundo o delegado, foi anexado para comprovar que Palocci era interlocutor do Grupo Odebrecht em supostos negócios escusos com o governo federal.

"Marcelo Odebrecht obteve de seu pai, Emilio Alves Odebrecht, a informação de que o então presidente Luiz Inácio Lula da Silva tinha ficado de escolher três projetos, possivelmente da esfera federal, para serem entregues para execução/contratação pela/da Odebrecht, tendo designado Antonio Palocci e outros para conduzirem o assunto", interpreta o delegado.
 

"Amigo"


O delegado da Lava Jato reuniu ainda um e-mail de 2014 para mostrar que "amigo do pai" seria referência ao ex-presidente Lula. "Deve ser ressalvado que o documento investigativo foi utilizado, neste momento, apenas para expor os motivos que permitiram concluir que o 'amigo do pai' de Marcelo Bahia Odebrecht é Luiz Inácio Lula da Silva."

Lula virou réu da Lava Jato em Curitiba na última semana, mas é alvo de outras apurações. No documento em que pediu a conversão da prisão de Palocci, Pace registrou "as novas análises - especialmente o e-mail que segue abaixo - corroboram parte da acusação criminal feita recentemente pelo Ministério Público Federal em face do ex-Presidente da República, por meio da qual lhe imputam ter se utilizado de pessoas próximas a ele para a prática dos crimes pelos quais é processado".

Para o inquérito de Palocci, o delegado destaca que novos relatórios trouxeram dados dessa ligação do ex-ministro com Lula e que "eventuais desdobramentos e investigações a partir do conteúdo" serão repassados para investigadores da equipe da Lava Jato.


Mesóclise nunca mais? Temer faz piada com suas falas formais





Flávio Santana/Biofoto
Michel Temer, na abertura do Exame Fórum 2016
Michel Temer: abandono de mesóclise após piadas

São Paulo — Já conhecido pela formalidade de seus discursos, o presidente Michel Temer disse, em tom de brincadeira, que não usará mais a mesóclise. O peemedebista participou, nesta manhã, do EXAME Fórum 2016, realizado em São Paulo.

Nesse tipo de construção, os pronomes entram no meio dos verbos, como em “vê-lo-ei”. Por usar a mesóclise, o presidente já foi alvo de memes, como quando, durante sua posse, disse "se-lo-ia pela minha formação". 

“Ontem li um artigo de um cidadão me criticando pelo fato de eu falar bem o português. Não uso mais mesóclise”, brincou Temer. “Eu tomo a liberdade de fazê-lo, ou melhor, dizer”, corrigiu ele, arrancando risos da plateia. 

"Porque essas coisas, elas ganham vulto, certas ideias equivocadas são divulgadas e daqui a pouco sou eu o inadequado", completou o presidente.


Fundo Catterton Adquire 52% do St Marche





 Resultado de imagem para fotos da St. Marche









O fundo americano Catterton adquiriu 52% da rede St Marche pelo montante de R$ 226 milhões. A compra já estava sendo negociada desde julho desse ano. Além das 18 lojas com a bandeira St. Marche, o grupo é dono do Empório Santa Maria e do Eataly, mercado de alimentos que abriga também restaurantes. Os recursos serão usados para acelerar o plano de expansão da companhia e para fortalecer a estrutura de capital do St Marche. A conclusão da operação está prevista para o quarto trimestre deste ano. Procurada pelo Portal Giro News, a assessoria de imprensa do St Marche informou que a empresa não comenta o assunto. As informações são do Estado de S. Paulo.

 

Nova Divisão

 
Em troca do aporte na empresa, o fundo americano terá boa parte da participação dos cinco sócios brasileiros - que, juntos, detêm 70% da companhia. Entre os acionistas nacionais estão Bernardo Ouro Preto, Victor Leal e Rodrigo Luna. Os outros 30% da empresa pertencem ao fundo Laço Management, family office do investidor americano Malone Mitchell. O acordo, que avaliou a companhia em cerca de R$ 500 milhões e teve entre os assessores o Itaú BBA e o escritório de advocacia Stocche Forbes, está condicionado a algumas medidas que incluem uma reorganização societária.

quinta-feira, 29 de setembro de 2016

FMI vê sinais de fim da recessão e pede maior ajuste fiscal




Yuri Gripas / Reuters
Logo do FMI em prédio em Washington, dia 18/04/2013
FMI: "Esta projeção está baseada na presunção de que seja aprovado no Congresso o teto em gasto fiscal e a reforma da previdência social"
 
Da EFE


Washington - O Fundo Monetário Internacional (FMI) indicou nesta quinta-feira que o Brasil registra "sinais provisórios" de que "a recessão está chegando a seu fim", mas insistiu que o país necessita "uma maior e concentrada" consolidação fiscal se quiser manter a sustentabilidade das contas públicas.

Em seu relatório de revisão anual da economia brasileira, conhecida como "artigo IV", o Fundo manteve sem mudanças suas previsões de crescimento negativo de 3,3% para 2016 e uma volta ao terreno positivo de 0,5% em 2017.
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"Esta projeção está baseada na presunção de que seja aprovado no Congresso o teto em gasto fiscal e a reforma da previdência social em um período razoável", afirmou o documento.

O FMI aplaudiu o "compromisso" do novo governo do presidente Michel Temer com uma "muito necessitada agenda de reformas estruturais e fiscais", mas ressaltou que, se estas "são diluídas ou detidas no Congresso, o impulso à confiança será de curta duração, e a recessão pode continuar, acrescentando assim tensões sobre as receitas e as contas na economia".

Para a instituição financeira internacional, são especialmente positivas as reformas "em apoio dos programas de privatizações, assim como o fortalecimento do marco do governo das empresas públicas".

No entanto, salientou que uma consolidação fiscal baseada só no controle do gasto público não é suficiente "já que levaria anos para estabilizar a dívida pública".

Por isso, insistiu na necessidade de "um maior e concentrado ajuste" com um possível objetivo de alcançar um déficit primário de 3,5% do PIB nos próximos cinco anos.

O FMI realizará na próxima semana sua assembleia anual, que reunirá em Washington os principais líderes econômicos globais e apresentará sua atualização das previsões.


Bancos afundam na Bolsa com receio da crise do Deutsche Bank



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Deutsche Bank
Deste janeiro, as ações do banco acumulam perdas de 50%
 
 
 
 
 
São Paulo - Os quatro maiores bancos listados na Bovespa registravam perdas na tarde desta quinta-feira (29). As units do Santander recuavam 3,19% e as ações preferenciais do Itaú Unibanco caíam 2,19%. 

O Banco do Brasil e o Bradesco caíam 1,37% e 1,69%, respectivamente. Enquanto o Ibovespa, principal indicador da Bolsa no Brasil, recuava 1,28%.  mau humor do mercado se deve ao receio em relação à crise do Deutsche Bank. Uma notícia publicada pela Bloomberg afirma que 10 hedge funds reduziram à exposição ao banco alemão. Hoje, as ações do Deutsche Bank recuavam mais de 6%. No ano, a queda chega a 50%. 

Vale lembrar que o Departamento de Justiça dos Estados Unidos informou que pretende aplicar uma multa de 14 bilhões de dólares ao banco. A instituição acusa o Deutsche de ter criado produtos financeiros a partir de créditos hipotecários insolventes, o que teria contribuído para a crise de 2008.

Diante desta situação, foi levantada a hipótese do governo alemão ajudar o banco. Mas o próprio governo, por meio do Ministério das Finanças da Alemanha, negou que teria um plano de resgate.

No final de junho, um relatório do FMI, após uma análise de teste de risco, apontou o banco alemão como a instituição que mais colocava em risco a estabilidade mundial. 

Diretora do FMI afirma que Brasil já mostra "alguns sinais de melhoria"





Christine Lagarde declarou que a economia mundial ainda apresenta fragilidades 

Por Agência Brasil

 Christine Lagarde , presidente do FMI


Ao fazer uma análise da economia mundial, a diretora-gerente do Fundo Monetário Internacional, Christine Lagarde (foto), citou o Brasil e a Rússia como países que estão "mostrando alguns sinais de melhoria após um período de severa contração". Ela declarou que a economia mundial ainda apresenta uma série de fragilidades, mas acrescentou que as perspectivas das economias emergentes e em desenvolvimento "merecem um otimismo cauteloso".

Em palestra na escola Kellogg de Administração, na Universidade de Northwestern, nos Estados Unidos, ela disse que as economias emergentes, que  lideram a recuperação mundial desde a crise financeira de 2008, vão continuar contribuindo com mais de três quartos do crescimento global este ano e também em 2017. A diretora do FMI afirmou que a China, que é um dos sustentáculos desse crescimento das economias emergentes, vem trabalhando nos últimos anos para equilibrar a expansão de sua indústria como a área de serviços e tem reorientado o seu foco para o consumo interno. Isso, de acordo com Lagarde, vai permitir o desenvolvimento sustentável do país, mesmo com crescimento mais lento. Lembrou que esse crescimento lento é ainda "robusto" porque significa uma expansão anual de 6% para o país.

Christine Lagarde destacou, também, o exemplo da Índia, que "também está embarcando em reformas significativas" em sua economia, o que permite que o país cresça a uma taxa de 7% ao ano. Para a diretora do FMI, o lado ruim – para as economias em desenvolvimento – é que os países exportadores de commodities ainda estão sendo duramente atingidos pelos preços baixos, enquanto os países do Oriente Médio "continuam a sofrer com os conflitos e com o terrorismo".

Segundo Lagarde, levando-se em conta os pontos positivos e negativos da economia mundial, os países ainda vão enfrentar durante muito tempo os problemas decorrentes do baixo crescimento. Ela acrescentou que os pontos positivos hoje beneficiam "muito poucos".


- See more at: http://www.amanha.com.br/posts/view/2884#sthash.fz5Wdbh5.dpuf

Diretora do FMI afirma que Brasil já mostra "alguns sinais de melhoria"

Christine Lagarde declarou que a economia mundial ainda apresenta fragilidades

Por Agência Brasil

Christine Lagarde , presidente do FMI
Ao fazer uma análise da economia mundial, a diretora-gerente do Fundo Monetário Internacional, Christine Lagarde (foto), citou o Brasil e a Rússia como países que estão "mostrando alguns sinais de melhoria após um período de severa contração". Ela declarou que a economia mundial ainda apresenta uma série de fragilidades, mas acrescentou que as perspectivas das economias emergentes e em desenvolvimento "merecem um otimismo cauteloso".
Em palestra na escola Kellogg de Administração, na Universidade de Northwestern, nos Estados Unidos, ela disse que as economias emergentes, que  lideram a recuperação mundial desde a crise financeira de 2008, vão continuar contribuindo com mais de três quartos do crescimento global este ano e também em 2017. A diretora do FMI afirmou que a China, que é um dos sustentáculos desse crescimento das economias emergentes, vem trabalhando nos últimos anos para equilibrar a expansão de sua indústria como a área de serviços e tem reorientado o seu foco para o consumo interno. Isso, de acordo com Lagarde, vai permitir o desenvolvimento sustentável do país, mesmo com crescimento mais lento. Lembrou que esse crescimento lento é ainda "robusto" porque significa uma expansão anual de 6% para o país.
Christine Lagarde destacou, também, o exemplo da Índia, que "também está embarcando em reformas significativas" em sua economia, o que permite que o país cresça a uma taxa de 7% ao ano. Para a diretora do FMI, o lado ruim – para as economias em desenvolvimento – é que os países exportadores de commodities ainda estão sendo duramente atingidos pelos preços baixos, enquanto os países do Oriente Médio "continuam a sofrer com os conflitos e com o terrorismo".
Segundo Lagarde, levando-se em conta os pontos positivos e negativos da economia mundial, os países ainda vão enfrentar durante muito tempo os problemas decorrentes do baixo crescimento. Ela acrescentou que os pontos positivos hoje beneficiam "muito poucos".
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A reinserção da Maçonaria na política brasileira


A reinserção da Maçonaria na política brasileira

Pela conjunção de uma série de fatores, o Brasil passa hoje pelo que alguns chamam de “Era dos Escândalos”. Seja na TV ou no rádio, nos jornais ou no computador, na fila do banco ou nas conversas do trabalho, somos bombardeados diariamente por incontáveis manchetes e notícias sobre corrupção, envolvendo partidos, empresas e a classe política como um todo.

Há quem atribua esse efeito a uma escalada dos esquemas que desviam recursos públicos, enquanto outros defendem que assistimos a um aumento sistemático da força empreendida em investigar e tornar públicos esses crimes. De uma maneira ou de outra, a verdade é que vivemos um momento político ímpar. Nunca antes se falou tanto em corrupção, assim como nunca antes uma bandeira como essa foi levantada por parcela tão expressiva da população. Extirpar esse câncer que corrói o tecido social de nossa Pátria passou a ser questão de honra para muitos, em razão do aclaramento da consciência cívica dos brasileiros.

Diante desse cenário, nossa responsabilidade cívica vai além do voto, princípio básico de uma democracia. Hoje, falar, pensar e fazer política deixou de ser uma atividade exercida a cada quatro ou dois anos, mas algo perene, enraizado em nossas relações e permeando o nosso dia a dia. Com a sociedade civil organizada não seria diferente.

A luta contra a corrupção e o resgate da dignidade no exercício do Poder já mobiliza instituições civis por todo o Brasil, de organizações de classe a grupos, institutos e ONGs. É uma batalha diária pela mobilização em prol da retomada do protagonismo político, norteada pela visão da política como ferramenta única de transformação social, não podendo ser vista como algo simples, sem interesse ou importância. Como dizia Platão: “A desgraça de quem não gosta da política é que são governados pelos que gostam”. Alguns gostam e a utilizam em proveito próprio e esses são aqueles que devem ser banidos da vida pública.

E assim, fazendo parte desse coro que clama por medidas emergenciais de mudança, que a Maçonaria do Estado de São Paulo busca seu protagonismo e resgate do seu passado histórico de lutas e conquistas para a construção de nossa Pátria. A Ordem Maçônica esteve presente em momentos fundamentais da história do Brasil, como a Independência do Brasil, a Proclamação da República, a Abolição da Escravatura, a redemocratização do País e outros eventos marcantes, sempre altiva e coadjuvante no progresso e evolução de nossa gente e de nossa Pátria.

Hoje lutamos pela mudança desse cenário caótico tornando público esse ímpeto da Maçonaria de estar inserida com outras sociedades civis organizadas, fazendo coro por uma renovação nacional. Com esse foco, os maçons paulistas instituíram e têm ampliado sistematicamente o Grupo Estadual de Ação Política (GEAP-SP). Essa iniciativa reúne associados das três Obediências Maçônicas do Estado, o Grande Oriente de São Paulo (GOSP), Grande Loja do Estado de São Paulo (GLESP) e o Grande Oriente Paulista (GOP), e tem um objetivo único e simples – lutar para a construção de uma classe política brasileira composta por pessoas dotadas de valores éticos e compromissadas com a Pátria e o bem comum. Entendemos que o Brasil é um país promissor que necessita investir na educação de base para o surgimento de uma nova geração comprometida com todos esses nobres princípios.

Essa proposta não é utópica ou ingênua, mas um exemplo de mobilização da sociedade civil que já funciona e se expande. O GEAP coordena grupos locais e incentiva que as Lojas Maçônicas estejam cada vez mais próximas do processo político ideário, principalmente nesse ano de eleições municipais. Combater a ignorância do voto nulo e o desprezo ao voto, a única ferramenta capaz de realizar as mudanças tão necessárias para um País livre do julgo da corrupção e voltado ao seu progresso como uma das maiores nações do mundo.

Assim, os maçons passaram a receber os candidatos eletivos e deles buscando compromissos que visam resgatar a ética e a cidadania. Mais do que isso, esse grupo político atua identificando potenciais lideranças maçônicas ou de outras esferas sociais que possam representar esses ideais da transformação da sociedade. Todos esses candidatos podem, então, solicitar o apoio da Maçonaria, sendo possível orientá-los sobre o processo de filiação aos partidos políticos antes mesmo das coligações serem feitas, participando assim da formação estratégica dessas lideranças, sejam esses candidatos maçons ou não, mas que sejam comprometidos com a ética, com a probidade administrativa e com a moralidade pública.

O mais importante, porém, é a contrapartida exigida. Fazendo parte ou não da maçonaria, todos os candidatos que buscam esse apoio assinam um termo de compromisso, garantindo não apenas a sua conduta e intenções, mas se predispondo a realizar visitas periódicas depois de eleito para a prestação de contas de suas ações enquanto representante da população.

Esse é um exemplo de atuação da sociedade civil organizada, que não apenas ajuda a identificar e apoiar nomes que possam substituir os lugares ocupados pelos corruptos no Poder Público, mas fiscaliza suas ações após o processo eleitoral. Um trabalho que deve ser realizado de forma constante e coletiva, já que nenhum de nós é tão bom quanto todos nós juntos.

Nosso papel é fazer uma interface entre o discurso maçônico e a prática cidadã atuando na evolução da sociedade por meio do exercício direto da política. É uma forma de revolução pacífica, cívica e democrática, permitindo, assim, a construção de um País melhor para todos e para as gerações futuras (Benedito Marques Ballouk Filho é advogado e Grão-Mestre Estadual do Grande Oriente de São Paulo, representante de mais de 24 mil maçons presentes em centenas de municípios paulistas)


NET liga para Dilma no Planalto e causa constrangimento





Ueslei Marcelino / Reuters
Presidente afastada Dilma Rousseff discursa durante julgamento do impeachment no Senado, dia 29/08/2016
Dilma Rousseff: "bom dia. Eu gostaria de falar com a senhora Dilma Vana. É da NET", teria falado a atendente


A NET causou uma saia justa no Palácio do Planalto na última terça-feira (27). Uma funcionária da NET ligou para o terceiro andar do Planalto, onde fica o gabinete do presidente, procurando a senhora "Dilma Vana". As informações são da coluna de Lauro Jardim, do O Globo.

"Bom dia. Eu gostaria de falar com a senhora Dilma Vana. É da NET", teria falado a atendente da NET à secretária do gabinete da presidência. "Senhora, a presidente Dilma não trabalha mais aqui. 

Ela mora em Porto Alegre", respondeu a secretária, do outro lado da linha.
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A funcionária do telemarketing insistiu, perguntando em qual telefone ela poderia encontrar Dilma Vana. Diante das negativas da secretária, a funcionária voltou a perguntar onde poderia encontrar sua cliente e recebeu a seguinte resposta, já impaciente:

"Você não entendeu. Você está falando com a Presidência da República. A Dilma Vana que vocês estão procurando é a presidente Dilma Vana Rousseff. Ela não é mais a presidente. O presidente agora é o presidente Michel Temer."

A atendente desligou, mas no mesmo dia, outro funcionário da NET ligou para a secretária, que teve de explicar a situação novamente.

Ainda de acordo com Lauro Jardim, outra atendente da NET ligou procurando Dilma e só desligou depois de ter certeza de que estava ligando para o Palácio do Planalto.

Procurada pelo HuffPost Brasil, a assessoria da NET não confirmou se as ligações eram da operadora ou se eram possíveis trotes.


Salão de Paris retoma foco em carro elétrico após escândalo do diesel


Salão de Paris retoma foco em carro elétrico após escândalo do diesel
Volkswagen é quem mais dá destaque ao tema, prometendo ‘revolução’.


Evento é marcado por ausências de marcas como Ford e Lamborghini.

O Salão do Automóvel de Paris, o mais importante do ano para o setor, começou nesta quinta-feira (28), com apresentações para a imprensa. O G1 vai acompanhar o evento em tempo real.

O tema mais forte nesta edição do evento bienal é a “eletrificação”. Os carros elétricos voltam ao foco 1 ano depois do escândalo dos motores a diesel da Volkswagen, que poluem mais que o apontado nos testes oficiais, e em meio a restrições que a própria capital francesa tem feito a carros "velhos".

Com a imagem manchada pela fraude, a Volks quer deixar de lado a era do diesel, combustível muito apreciado para “carros de passeio” na Europa, e aposta forte nos elétricos. O “cartão de visitas” dessa nova fase é o conceito ID, um compacto que será a estrela da marca em Paris.

Trata-se ainda de um carro-conceito, mas é a partir dele e da plataforma inédita e exclusiva para carros elétricos que os veículos serão criados. Mas esses modelos devem começar a ser produzidos em 2020.

 
Elétricos ‘do povo’
 

A Volkswagen diz que o ID será tão “revolucionário quanto o Fusca”, que é o “carro do povo”. Na onda da popularização dos elétricos, a General Motors está ainda mais perto. Ela lança no fim do ano, nos Estados Unidos, o compacto Chevrolet Bolt. Na Europa, ele se chamará Opel Ampera-e, e será o destaque da marca no salão.

O Bolt - não confundir com Volt, que é um sedã híbrido da GM, foi apresentado em versão final de produção no Salão de Detroit, em janeiro último. Ele foi apontado como o maior rival do Tesla Model 3, revelado também no começo do ano pela pequena montadora americana especializada em elétricos.
Ambos os modelos querem ser “populares”, na esteira do Nissan Leaf, que lidera o mercado mundial dos carros 100% elétricos, ou seja, que rodam apenas com a energia da bateria.

Para isso, promete preço parecido com o do compacto japonês. O Bolt é prometido pela GM por US$ 37,5 mil. A Tesla põe o Model 3 na casa dos US$ 35 mil. Ou seja, ambos na casa dos R$ 100 mil - desconsiderando descontos que podem ser obtidos com incentivos dados pelos estados para compra de elétricos.

As vendas do Bolt começam no fim do ano, nos EUA. O Tesla será produzido a partir do ano que vem.

 
Autonomia é a palavra
 

A agradável ideia de carros que não poluem, associada aos elétricos, sempre foi parcialmente ofuscada pelo medo de que eles não tenham energia suficiente para jornadas mais longas. Ou seja, baixa autonomia, que tornaria os elétricos ótimos para pequenos deslocamentos, mas não confiáveis para jornadas mais longas.

Essa era uma característica dos primeiros modelos e até hoje a indústria automobilística luta para dissipar essa sombra. Números bem mais robustos de autonomia começam a aparecer.

A Volkswagen diz que o ID vai conseguir rodar até 600 km com uma carga na bateria. O Bolt, quando apresentado em Detroit, foi anunciado com autonomia de até 320 km, mas a GM já atualizou esse número para 383 km. A Tesla promete 346 km por recarga.

A Mercedes-Benz também usou o tema “eletrificação” em prévia do salão na última quarta (27). A montadora destacou supercarros esportivos da divisão AMG, que “bebem” gasolina, mas também anunciou que toda a marca Smart terá tanto opção de motor a combustão quanto apenas elétrico em todos os modelos, tornando-se a primeira a fazê-lo.

Paris também deverá assistir à apresentação de atualizações do BMW i3, compacto elétrico lançado em 2014 que é o único do tipo à venda no Brasil.


Ausências
 

Paris também está marcado por ausências: Ford, Volvo, Lamborghini, Aston Martin e Rolls-Royce desfalcam o evento neste ano. Sem a rival italiana, a Ferrari deve dominar holofotes no segmento das supermáquinas, com a La Ferrari Aperta e a GTC4Lusso T.

A primeira é a versão conversível da exclusivíssima La Ferrari, modelo que combina motor a combustão com um elétrico. E a GTC4Lusso adota motor menor, V8, no lugar do V12, mostrando que até os hipercarros têm que lidar com a missão de poluir e consumir menos (G1, 28/9/16)

Brasil é alvo de investigação chinesa sobre importações de açúcar


Brasil é alvo de investigação chinesa sobre importações de açúcar

O Brasil é um dos países incluídos em investigação do governo chinês sobre grandes importações de açúcar, disse nesta quarta-feira à Reuters a presidente da União da Indústria de Cana-de-Açúcar (Unica), Elizabeth Farina.

Ela afirmou que a Unica, que representa as usinas do centro-sul do país, foi notificada pelo Ministério das Relações Exteriores do Brasil sobre a investigação.
 
Espera-se que sejam enviados comentários preliminares para o governo da China até 12 de outubro.
Segundo Elizabeth, Austrália, Tailândia e Coreia do Sul também serão investigadas.
 
A China lançou uma investigação relacionada às suas crescentes importações de açúcar após queixas da indústria nacional, informou o governo na semana passada, no mais recente sinal de tensões comerciais entre países que são grandes produtores de commodities.
 
O Ministério do Comércio chinês disse que a investigação vai avaliar importações desde 2011, com foco em possíveis medidas protecionistas de outros países em benefício de seus produtores. A apuração vai durar seis meses, com opção de ser prorrogada.
 
O Brasil é o maior produtor e exportador global de açúcar e a China é seu maior cliente. O país asiático comprou quase 10 por cento das exportações do centro-sul do Brasil na temporada 2015/16, que totalizaram 23 milhões de toneladas.
 
"A China diz que identificou esse aumento, esse surto de importação, responsabilizou esses quatro países. Claro que nos preocupa, porque a China é o maior mercado para o açúcar brasileiro", disse a executiva em entrevista.
 
"No processo de salvaguarda, basta que você tenha um surto de importação que saia da rotina e que tenha potencial para gerar dano à industria local", analisou ela.
 
Salvaguardas usualmente são implementadas por meio de alta acentuada de tarifas de importação, o que poderia inviabilizar as exportações para a China 
 
(Reuters, 28/9/16