Glauco Côrte reiterou o fato de que em nenhuma ocasião
a iniciativa privada dependeu tanto do governo
Da Redação
redacao@amanha.com.br
Depois de
um ano marcado por rupturas políticas que influenciaram diretamente no
desempenho da economia brasileira, a Federação das Indústrias de Santa Catarina
(Fiesc) avalia que as reformas são pré-condição para a retomada da economia em
2017. A maior parte dos indicadores do setor no ano acumulam resultados
negativos, influenciados pelo agravamento da crise. De janeiro a outubro sobre
igual período em 2015, as vendas diminuíram 10,8%, a produção industrial
acumula queda até setembro de 4,2% e os estoques estão elevados para o
período.
“Talvez
em nenhuma ocasião tenhamos vivido um período em que a iniciativa privada
dependeu tanto do governo, do setor público. Não em termos de subsídios, de
incentivos, mas em termos de reformas que conduzam a uma expectativa mais
favorável, sobretudo, aos investimentos. A nossa conclusão é que o governo
precisa, de fato, encaminhar propostas que reestabeleçam a confiança no setor
público e em relação às condições de investimento tanto do setor doméstico
quanto do externo”, afirmou o presidente da entidade, Glauco José Côrte (foto),
durante encontro com jornalistas nesta quinta-feira (8). No tradicional evento,
Côrte avaliou o ano para a indústria e fez projeções para 2017.
“O
crescimento da economia catarinense é muito dependente do setor industrial. No
Sul, diferentemente do que ocorre no Brasil, em que a indústria tem uma
participação no PIB de menos de 20% [considerando a indústria de transformação,
construção e serviços de utilidade pública], aqui representamos 30%. Ou seja,
um terço da riqueza de Santa Catarina provém do setor industrial. Então, quando
a indústria não vai bem, o Estado sente essa contração e tem mais dificuldade
de crescer”, concluiu Côrte. Apesar dos dados negativos, a indústria de
transformação catarinense mantém o posto de maior geradora de empregos do
Brasil em números absolutos, com 5.146 contratações no acumulado do ano até
outubro.
As vendas
industriais do Estado têm apresentado comportamento estável nos últimos meses,
porém em patamares inferiores em relação a anos anteriores. De janeiro a outubro
em comparação ao mesmo período no ano passado, os segmentos que mais
apresentaram retração foram de produtos de metal (-28,5%), móveis (-23,3%),
metalurgia (-14,7%), vestuário (-14,2%), informática, eletrônicos e óticos
(-13,4%), máquinas e equipamentos (-9,5%) e plástico (-9,1%).
As
pesquisas que medem o índice de confiança do industrial catarinense e a
intenção de investir caíram desde 2014, com o aprofundamento da recessão. Nos
últimos meses, a intenção de investir reagiu, mas com menor intensidade. A
confiança do industrial na economia alcançou 52,8 pontos em novembro, abaixo
dos 53,1 registrados em outubro. O índice varia no intervalo de 0 a 100. Acima
de 50 pontos indica confiança e abaixo, falta de confiança na economia.
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Fiesc avalia que reformas condicionarão retomada da economia em 2017
Glauco Côrte reiterou o fato de que em nenhuma ocasião a iniciativa privada dependeu tanto do governo
Depois de um ano marcado por rupturas políticas que
influenciaram diretamente no desempenho da economia brasileira, a
Federação das Indústrias de Santa Catarina (Fiesc) avalia que as
reformas são pré-condição para a retomada da economia em 2017. A maior
parte dos indicadores do setor no ano acumulam resultados negativos,
influenciados pelo agravamento da crise. De janeiro a outubro sobre
igual período em 2015, as vendas diminuíram 10,8%, a produção industrial
acumula queda até setembro de 4,2% e os estoques estão elevados para o
período.
“Talvez em nenhuma ocasião tenhamos vivido um período em que a iniciativa privada dependeu tanto do governo, do setor público. Não em termos de subsídios, de incentivos, mas em termos de reformas que conduzam a uma expectativa mais favorável, sobretudo, aos investimentos. A nossa conclusão é que o governo precisa, de fato, encaminhar propostas que reestabeleçam a confiança no setor público e em relação às condições de investimento tanto do setor doméstico quanto do externo”, afirmou o presidente da entidade, Glauco José Côrte (foto), durante encontro com jornalistas nesta quinta-feira (8). No tradicional evento, Côrte avaliou o ano para a indústria e fez projeções para 2017.
“O crescimento da economia catarinense é muito dependente do setor industrial. No Sul, diferentemente do que ocorre no Brasil, em que a indústria tem uma participação no PIB de menos de 20% [considerando a indústria de transformação, construção e serviços de utilidade pública], aqui representamos 30%. Ou seja, um terço da riqueza de Santa Catarina provém do setor industrial. Então, quando a indústria não vai bem, o Estado sente essa contração e tem mais dificuldade de crescer”, concluiu Côrte. Apesar dos dados negativos, a indústria de transformação catarinense mantém o posto de maior geradora de empregos do Brasil em números absolutos, com 5.146 contratações no acumulado do ano até outubro.
As vendas industriais do Estado têm apresentado comportamento estável nos últimos meses, porém em patamares inferiores em relação a anos anteriores. De janeiro a outubro em comparação ao mesmo período no ano passado, os segmentos que mais apresentaram retração foram de produtos de metal (-28,5%), móveis (-23,3%), metalurgia (-14,7%), vestuário (-14,2%), informática, eletrônicos e óticos (-13,4%), máquinas e equipamentos (-9,5%) e plástico (-9,1%).
As pesquisas que medem o índice de confiança do industrial catarinense e a intenção de investir caíram desde 2014, com o aprofundamento da recessão. Nos últimos meses, a intenção de investir reagiu, mas com menor intensidade. A confiança do industrial na economia alcançou 52,8 pontos em novembro, abaixo dos 53,1 registrados em outubro. O índice varia no intervalo de 0 a 100. Acima de 50 pontos indica confiança e abaixo, falta de confiança na economia.
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“O crescimento da economia catarinense é muito dependente do setor industrial. No Sul, diferentemente do que ocorre no Brasil, em que a indústria tem uma participação no PIB de menos de 20% [considerando a indústria de transformação, construção e serviços de utilidade pública], aqui representamos 30%. Ou seja, um terço da riqueza de Santa Catarina provém do setor industrial. Então, quando a indústria não vai bem, o Estado sente essa contração e tem mais dificuldade de crescer”, concluiu Côrte. Apesar dos dados negativos, a indústria de transformação catarinense mantém o posto de maior geradora de empregos do Brasil em números absolutos, com 5.146 contratações no acumulado do ano até outubro.
As vendas industriais do Estado têm apresentado comportamento estável nos últimos meses, porém em patamares inferiores em relação a anos anteriores. De janeiro a outubro em comparação ao mesmo período no ano passado, os segmentos que mais apresentaram retração foram de produtos de metal (-28,5%), móveis (-23,3%), metalurgia (-14,7%), vestuário (-14,2%), informática, eletrônicos e óticos (-13,4%), máquinas e equipamentos (-9,5%) e plástico (-9,1%).
As pesquisas que medem o índice de confiança do industrial catarinense e a intenção de investir caíram desde 2014, com o aprofundamento da recessão. Nos últimos meses, a intenção de investir reagiu, mas com menor intensidade. A confiança do industrial na economia alcançou 52,8 pontos em novembro, abaixo dos 53,1 registrados em outubro. O índice varia no intervalo de 0 a 100. Acima de 50 pontos indica confiança e abaixo, falta de confiança na economia.
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