Mello atendeu a um pedido feito pela Rede
Sustentabilidade
Por Agência Brasil
O
ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Marco Aurélio Mello decidiu afastar
o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), do cargo da presidente. O
ministro atendeu a um pedido liminar feito pela Rede Sustentabilidade nesta
segunda-feira (5). O pedido de afastamento foi feito pelo partido após a
decisão proferida pela Corte na semana passada, que tornou Renan réu pelo crime
de peculato. De acordo com a legenda, a liminar era urgente porque o recesso no
Supremo começa no dia 19 de dezembro, e Renan (foto) deixará a presidência no
dia 1º de fevereiro do ano que vem, quando a Corte retorna ao trabalho. “Defiro
a liminar pleiteada. Faço-o para afastar não do exercício do mandato de
Senador, outorgado pelo povo alagoano, mas do cargo de Presidente do Senado o
senador Renan Calheiros”, decidiu o ministro Marco Aurélio.
No mês
passado, a Corte começou a julgar a ação na qual a Rede pede que o Supremo
declare que réus não podem fazer parte da linha sucessória da Presidência da
República. Até o momento, há maioria de seis votos pelo impedimento, mas o
julgamento não foi encerrado em função de um pedido de vista do ministro Dias
Toffoli. Até o momento, votaram a favor de que réus não possam ocupar a linha
sucessória o relator, ministro Marco Aurélio, e os ministros Edson Fachin,
Teori Zavascki, Rosa Weber, Luiz Fux e Celso de Mello. Em nota divulgada na
sexta-feira (2), o gabinete de Toffoli informou que o ministro tem até o dia 21
de dezembro para liberar o voto-vista, data na qual a Corte estará em recesso.
Votações
O líder do governo no Congresso, senador Romero Jucá (PMDB-RR), afirmou que o
afastamento de Calheiros da presidência do Senado não prejudicará votações
consideradas importantes para o governo, como a proposta de emenda à
Constituição 55, que cria um teto de gastos para as despesas públicas nos
próximos 20 anos. “Existe um calendário acertado com o Renan, com toda a Mesa
Diretora, com os líderes e com os partidos. Esse calendário será respeitado,
independentemente de quem esteja presidindo a sessão”, minimizou Jucá. Com o
afastamento de Renan, quem assume a presidência do Senado é o vice, senador
Jorge Viana (PT-AC), que tem posição contrária à PEC do Teto de Gastos. Como
presidente, ele tem a prerrogativa de pautar as matérias que serão votadas pelo
plenário da Casa.
Logo após a decisão do STF, o líder da minoria no Senado, Lindberg Farias (PT-RJ), informou que pediria ao novo presidente da Casa o adiamento da votação da PEC. Segundo ele, diante da instabilidade institucional, não há clima para votação da proposta. Para Jucá, no entanto, prevalecerá o acordado com as lideranças antes do afastamento do colega de partido da presidência da Casa. “Iremos cumprir o acordado com os senadores e com o país. Portanto, o calendário de votar o segundo turno da PEC no dia 13 e promulgar no dia 15 está mantido, independentemente de qualquer decisão judicial”, reiterou o líder do governo no Congresso.
Já o vice-líder do governo na Câmara, deputado Darcício Perondi (PMDB-RS), disse acreditar que o afastamento de Renan compromete a votação da PEC do Teto de Gastos. “Foi uma decisão irresponsável. Tem de ter noção do quadro fiscal. O afastamento compromete a PEC. Isso é não ter visão”, reclamou Perondi.
Logo após a decisão do STF, o líder da minoria no Senado, Lindberg Farias (PT-RJ), informou que pediria ao novo presidente da Casa o adiamento da votação da PEC. Segundo ele, diante da instabilidade institucional, não há clima para votação da proposta. Para Jucá, no entanto, prevalecerá o acordado com as lideranças antes do afastamento do colega de partido da presidência da Casa. “Iremos cumprir o acordado com os senadores e com o país. Portanto, o calendário de votar o segundo turno da PEC no dia 13 e promulgar no dia 15 está mantido, independentemente de qualquer decisão judicial”, reiterou o líder do governo no Congresso.
Já o vice-líder do governo na Câmara, deputado Darcício Perondi (PMDB-RS), disse acreditar que o afastamento de Renan compromete a votação da PEC do Teto de Gastos. “Foi uma decisão irresponsável. Tem de ter noção do quadro fiscal. O afastamento compromete a PEC. Isso é não ter visão”, reclamou Perondi.
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