Fundo americano é conhecido por se especializar em empresas em dificuldades, como é o caso da Oi, que está em recuperação judicial
São Paulo – O fundo americano Cerberus, especializado
em empresas com problemas financeiros, está disposto a investir US$ 2
bilhões na operadora de telefonia Oi, apurou o Estado.
A companhia, que está em recuperação judicial e tem dívidas
de R$ 65,4 bilhões, tem sido alvo de investidores interessados em
assumir a gestão da operadora.
O Cerberus considera que esse investimento é necessário para
viabilizar uma recuperação da tele, que ganharia nova administração.
O fundo, que tem como parceiro no Brasil o especialista em
reestruturação de empresas Ricardo Knoepfelmacher, da RK Partners,
entraria com recursos.
Já Ricardo K. – como especialista em recuperação de negócios é conhecido – participaria da reestruturação da companhia.
A lista de possíveis investidores da Oi é grande. De acordo com
declarações feitas pelo presidente da Agência Nacional de
Telecomunicações (Anatel), Juarez Quadros, na semana passada, a agência
já teria recebido seis propostas de interessados em participar da
reestruturação da companhia.
Entre esses interessados estão o bilionário egípcio Naguib Sawiris,
que tem negócios na área de telecomunicações na África e na Ásia, e um
outro fundo americano, o Elliott.
Apesar de ter ouvido várias propostas, o presidente da Anatel disse,
na terça-feira, acreditar que só uma mudança das regras do setor de
telefonia no País permitiria que um investimento na Oi se concretizasse.
Experiência
Conhecido por assumir empresas em situação financeira delicada,
Ricardo K. atua hoje na Bombril e na incorporadora imobiliária PDG, que
corre o risco de entrar em recuperação judicial.
Anteriormente, ele participou da reestruturação do Grupo X, do
empresário Eike Batista, e da Brasil Telecom, operadora que acabou
fundida à Oi.
O projeto do Cerberus incluiria também o aporte de recursos de outros
fundos para a reestruturação do negócio e conversão de parte da dívida
em ações.
Procurados, Cerberus e Ricardo K. não quiseram comentar o assunto.
As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
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