O café move pessoas e, em breve, pode começar a mover ônibus. Nesta
segunda (20), a start-up inglesa bio-bean apresenta em Londres um
biocombustível a base da borra da bebida.
O produto foi desenvolvido em parceria com a Shell durante três anos. A tecnologia extrai óleo da borra de café, convertendo-o em combustível com baixa emissão de gás carbônico. A ideia é que seja usado como um complemento na frota de ônibus da capital britânica.
Para a estreia, a empresa produziu 6.000
litros de óleo de café, que, misturados com diesel mineral, poderiam
ajudar a alimentar um ônibus durante um ano.
Arthur Kay, 26, o inglês
por trás da ideia, diz que, por ser uma empresa pequena, o foco é
operar no Reino Unido. No futuro, no entanto, não descarta exportar para
outros países. "O Brasil é um destino certo para o negócio porque bebe
140 bilhões de xícaras de café por ano", diz.
Além do transporte, a ideia da empresa é que o biocombustível possa ser usado em frentes como aquecimento de residências.
Kay
não revela os investimentos totais, mas admite que a Shell foi crucial
para o negócio. Malena Cutuli, executiva da multinacional, diz que
espera ver interesse das empresas brasileiras para importar a ideia.
A
Shell vem oferecendo suporte a empreendedores com boas ideias na área
de energia limpa. Um dos projetos incluiu um campo de futebol no morro
da Mineira, no Rio de Janeiro, iluminado pela energia dos passos dos
jogadores.
Cutuli, da Shell, diz que a empresa acredita que o futuro
da energia seja um mistura de soluções que virão de empresas como a
Shell e de start-ups como a bio-bean .
(Folha de S.Paulo, 20/11/17)
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