O presidente da rede, Flavio Rocha, considera irracional o argumento de que as novas regras da reforma podem pressionar os salários do setor para baixo
Segundo Rocha, o mercado de trabalho brasileiro ainda vivia na era Getúlio Vargas em termos de legislação. “Naquela época, a única expectativa de emprego formal era na indústria”. O empresário destaca que os tempos hoje são outros: “hoje, o setor de serviços responde por 75% dos empregos, e a indústria, 9%”.
Questionado sobre a possibilidade de a terceirização e a jornada intermitente fragilizarem os trabalhadores – consequência negativa das novas regras, segundo opositores da reforma – o presidente da Riachuelo diz que a burocracia trabalhista está isolada falando só em causa própria: “os trabalhadores não se mobilizam nesse sentido”, defende.
Rocha também disse considerar irracional o argumento de que as novas regras da reforma podem pressionar os salários do setor para baixo. Também não procede para o empresário que os trabalhadores podem perder poder de barganha por melhores direitos: “o bom sindicalismo vai se fortalecer”.
Novas regras
A reforma trabalhista aprovada pelo Congresso foi sancionada
pelo presidente Michel Temer no dia 13 de julho, e entrou em vigor no
sábado, 11. Entre os 100 pontos modificados da Consolidação das Leis do
Trabalho (CLT), está a possibilidade de parcelamento das férias em até
três vezes no ano, o fim da contribuição sindical e a possibilidade de
acordo em relação a benefícios do trabalhador em caso de demissão.
https://exame.abril.com.br/negocios/riachuelo-colocara-em-pratica-nova-lei-trabalhista-em-toda-a-rede/
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