quinta-feira, 27 de abril de 2017

American Airlines faz pedido firme de mais 4 jatos Embraer 175


O pedido adicional, a preços de tabela, tem valor de 182 milhões de dólares e será incluído na carteira da Embraer do segundo trimestre

 



São Paulo – A American Airlines Group assinou pedido firme de mais quatro jatos E175 da brasileira Embraer, informou a fabricante de aviões nesta quinta-feira.

O pedido adicional, a preços de tabela, tem valor de 182 milhões de dólares e será incluído na carteira da Embraer do segundo trimestre.

O grupo norte-americano de empresas aéreas tinha feito em 2013 pedido envolvendo 60 jatos E175, informou a Embraer em comunicado ao mercado.


Chinesa Didi pode se tornar startup mais valiosa da Ásia


A empresa está próxima de acordo para captar pelo menos US$ 5 bi em uma transação que a transformaria na startup mais valiosa da China, segundo fontes

 






Hong Kong – A gigante do ramo de caronas compartilhadas Didi Chuxing está próxima de um acordo para captar pelo menos US$ 5 bilhões em uma transação que a transformaria na startup mais valiosa da China, segundo pessoas com conhecimento do assunto.

O negócio pode ser fechado já nesta semana e aumentaria a avaliação da Didi para cerca de US$ 50 bilhões, contra uma previsão anterior de US$ 34 bilhões após a aquisição dos negócios da Uber Technologies na China, disse uma das pessoas, pedindo anonimato porque o assunto é privado.

O valor seria superior ao atingido pela fabricante de smartphones Xiaomi e transformaria a Didi na startup mais valiosa do mundo depois da Uber.

Entre os investidores da Didi estão SoftBank Group, Silver Lake Kraftwerk, China Merchants Bank e um braço do Bank of Communications, disseram as pessoas.

O acordo, um dos maiores da história do setor de capital de risco asiático, é pensado para dar à Didi, que tem sede em Pequim, capital suficiente para buscar uma agenda ambiciosa na China e no exterior.

Apesar de ter focado até o momento em serviços de carona compartilhada no mercado doméstico, a startup de quatro anos estuda expandir-se para mais países e investir em tecnologias como direção autônoma e inteligência artificial.

Essas aspirações tão amplas podem colocar a empresa em concorrência mais direta com a Alphabet e, mais uma vez, com a Uber.

A Didi preferiu não comentar o assunto.

O fundador da SoftBank, Masayoshi Son, incentivou o CEO da Didi, Cheng Wei, a levantar mais capital para não restringir a busca por novas oportunidades, disse uma das pessoas.

Son fez uma aposta similar duas décadas atrás na gigante chinesa do ramo de comércio eletrônico Alibaba Group Holding, um investimento que acabou sendo o mais lucrativo da história feito por ele, com um lucro não realizado de US$ 85 bilhões.

Os investidores confiaram os direitos de voto à direção da Didi, segundo uma pessoa com conhecimento do assunto.

A Didi se tornou líder indiscutível no ramo de caronas compartilhadas na China depois que Cheng negociou um acordo para adquirir as operações locais da Uber. As duas empresas travavam uma batalha feroz que custava bilhões a ambas.

Mas desde essa vitória Cheng tem enfrentado desafios para capitalizar seu controle quase monopólico do mercado. Cidades como Pequim e Xangai impuseram regras mais rígidas que prejudicaram o crescimento das receitas.

Entre essas regras, por exemplo, os motoristas precisam ser moradores locais para trabalhar para a Didi, o que deixa de fora milhares de pessoas do interior do país que se mostravam dispostas a trabalhar como motoristas para ter uma vida melhor.

A Didi conseguiu licenças operacionais em cerca de 12 cidades, incluindo Tianjin e Chengdu, afirmando seu direito de operar legalmente na China.

A companhia espera que a tecnologia de direção autônoma possa ajudá-la a superar esses obstáculos no futuro. A Didi quer tirar vantagem dos dados coletados de 300 milhões de usuários em cerca de 400 cidades.

A empresa abriu um laboratório de inteligência artificial em Mountain View, na Califórnia, no mês passado, chamado Didi Labs.

A instalação já atraiu dezenas de especialistas no campo, incluindo o ex-especialista em segurança automotiva da Uber, Charlie Miller, conhecido por ter hackeado remotamente um Jeep Cherokee em 2015.

A Didi conta com mais de 100 investidores como apoiadores, incluindo Tencent Holdings, Alibaba, Tiger Global Management e o fundo soberano de investimento da China, China Investment Corp.


A empresa que mais deve ganhar com a reforma tributária de Trump

 

 

De acordo com o Credit Suisse, repatriação de recursos deve beneficiar empresa de tecnologia que mantém mais de 60 bilhões de dólares fora dos EUA

 





São Paulo — A Cisco Systems deve ser uma das grandes beneficiadas da reforma tributária anunciada nesta semana por Donald Trump. É pelo menos nisso que os analistas do Credit Suisse acreditam.

Em nota enviada aos clientes, nesta quinta-feira, o banco elevou a recomendação das ações da companhia de TI de undeperform para outperform e o preço-alvo de 27 dólares para 40 dólares.

Ontem, dois dos principais nomes do governo Trump apresentaram uma proposta de reforma que inclui, além do “maior corte de impostos da história americana“, um projeto de repatriação de recursos. A ideia é que o projeto saia do papel ainda neste ano.

“Em um cenário de reforma tributária, acreditamos que a Cisco tem a capacidade de acelerar sua transição para uma companhia de tecnologia da informação mais diversificada”, diz o analista Kulbinder Garcha, conforme relata o site CNBC. 

De acordo com Garcha, a Cisco tem 62 bilhões de dólares em dinheiro fora dos Estados Unidos que podem voltar ao país se os planos tributários de Trump forem aprovados. Ele estima que a Cisco possa devolver 30 bilhões de dólares aos acionistas durante os próximos cinco anos e usar outros 20 bilhões de dólares para fusões e aquisições “transformadoras”.

Estudo aponta que China pode estar crescendo mais do que diz


A conclusão surpreende porque muitos economistas suspeitam o contrário: que o país esteja maquiando dados para inflar seu crescimento

 






São Paulo – Surpresa: a China pode estar crescendo mais do que o registrado nas estatísticas.

É o que aponta um estudo publicado recentemente pelo Escritório Nacional de Pesquisa Econômica (NBER, na sigla em inglês), dos Estados Unidos.

Os autores são Hunter Clark e Maxim Pinkovskiy, do Federal Reserve Bank de Nova York, e Xavier Sala-i-Martin, da Universidade de Columbia.

O trio mediu a atividade econômica chinesa através de imagens noturnas de satélite, um método que havia sido detalhado por Hunter e Maxim em um trabalho anterior.

A vantagem das imagens de satélite é que elas são impessoais (ao contrário das pesquisas de campo) e tem um critério único que ultrapassa fronteiras (ao contrário das contas nacionais).

Colocadas como variável independente, as luzes trazem dados novos que podem ser comparados com outras fontes, o que já foi usado até para medir a pobreza na África.

No caso da China, “os resultados mostram que as taxas de crescimento da China não estão consideravelmente abaixo das reportadas, e podem estar consideravelmente acima, de uma forma consistente com nenhuma desaceleração aguda no período entre 2014 e 2016”, diz o estudo.

A conclusão surpreende porque a suspeita de muitos economistas vai na direção contrária, de que os chineses estariam maquiando números para disfarçar a desaceleração do crescimento.

“Os números principais não são nem um pouco confiáveis”, disse recentemente Christopher Balding, economista especialista em China, em entrevista para EXAME.com.

Há relatos de autoridades locais registrando números distorcidos: mais recentemente, a província de Liaoning admitiu ter falsificado dados entre 2011 e 2014.

O governo vem prometendo punir a prática. Na semana passada, o principal órgão estatístico da China criou um braço especial destinado exclusivamente a garantir a autenticidade dos dados.

O estudo pergunta como seria possível conciliar os dois lados da moeda: falsificação para cima com dados ainda mais positivos do que o registrado.

“Uma explicação consistente com nossos resultados é que as contas nacionais chineses estejam subestimando a taxa de crescimento de serviços, o que poderia estar subestimando o crescimento geral na medida em que os serviços se tornam uma fração maior da economia chinesa”, diz o texto.

Aumentar a participação dos serviços na economia é um objetivo declarado do governo chinês, mas há debate sobre até que ponto essa transição está de fato ocorrendo.



Governo de SP consegue liminar contra greve no Metrô e CPTM


O descumprimento da decisão, segundo o governo, acarretará em uma multa no valor de R$ 937 mil para cada sindicato

 



São Paulo – O governo do Estado de São Paulo conseguiu uma liminar na Justiça para impedir a paralisação total ou parcial das linhas do metrô e da CPTM durante a sexta-feira (28) de greve geral.

Segundo nota da Secretaria dos Transportes Metropolitano (STM), o pedido de liminar visa “garantir o direito de locomoção dos cidadãos”.

O descumprimento da decisão, segundo o governo, acarretará em uma multa no valor de R$ 937 mil para cada sindicato. A liminar não cita o transporte de ônibus da cidade, que decidiu aderir à paralisação na tarde desta quarta-feira (26).


Outra tentativa


O Tribunal Regional do Trabalho (TRT) da 2ª Região determinou alguns limites para a paralisação nas linhas do metrô.

Em liminar proferida pelo desembargador  Francisco Ferreira Jorge Neto, o TRT exige que o Sindicato dos Metroviários de São Paulo mantenha pelo menos 80% dos funcionários trabalhando em horários de pico (das 6h às 9h e das 16h às 19h).

Nos demais períodos, segundo a decisão, o efetivo deverá ser de 60%. Em caso de descumprimento, será aplicada multa no valor de R$ 100 mil.

A assessoria de imprensa do sindicato informou a EXAME.com que ainda não recebeu o documento.


Petrobras diz, agora, que RenovaBio pode ser ‘aprimorado’



Petrobras diz, agora,  que RenovaBio pode ser ‘aprimorado’

Após ser criticada por representantes do segmento sucroalcooleiro durante evento em São Paulo, a Petrobras afirmou ao Valor que as propostas que estão em discussão para incentivar os biocombustíveis no âmbito do Programa RenovaBio ‘podem ser aprimoradas’.

Em nota, a estatal federal afirmou que ‘as propostas atualmente em discussão no âmbito do RenovaBio podem ser aprimoradas para que gerem os melhores incentivos para o equilíbrio do mercado de combustíveis no país’.

A companhia também afirmou que ‘de forma alguma se posiciona contra o uso de combustíveis renováveis, em especial o setor de biocombustíveis’. ‘A empresa reconhece a relevância do segmento para o futuro da matriz energética assim como para a indústria de óleo e gás, tanto que continuará presente no desenvolvimento dessas tecnologias e competências, conforme estabelecido em seu planejamento estratégico’, acrescentou.

A Petrobras foi criticada pela ‘contribuição’ que apresentou ao Ministério de Minas e Energia no processo de elaboração das políticas do RenovaBio. Um dos argumentos apresentados pela estatal em seu documento é que os biocombustíveis emitem ‘compostos, como aldeídos e outros compostos oxigenados, cuja reatividade pode levar a uma maior produção de poluentes secundários’.

Dentro do governo, já se avalia incluir a mensuração da emissão de poluentes secundários no programa, além da mensuração da emissão de gás carbônico, que já está sendo considerada na fórmula para incentivar o uso de combustíveis renováveis.

 (Assessoria de Comunicação, 26/4/17)

quarta-feira, 26 de abril de 2017

Heineken mostra que qualquer debate fica melhor com uma cerveja


Heineken criou experimento social para promover o debate saudável

 




São Paulo — Direita X Esquerda. Feminista X Anti-Feminista. Quando colocados cara a cara, o debate será acalorado, certo?

Mas tudo fica melhor com uma cerveja gelada. Pelo menos isso é o que acredita a Heineken.

No novo comercial da marca, “Worlds Apart” (Mundos separados), um experimento social foi posto em prática: duas pessoas, sem se conhecerem, se reuniram em um galpão para, juntas, montar um móvel.

Uma conversa inicial fez com que elas se aproximassem e criassem empatia uma pelas outras. 

Quando terminaram de montar o móvel (um balcão de bar), a cerveja entrou em cena.

Então, vídeos revelaram que as duas pessoas, frente a frente, tinham visões totalmente opostas de mundo.

Dois homens, por exemplo. Um milita por ações que brequem as mudanças climáticas. O outro acha que aquecimento global é um mito.

As duplas, então, tinham duas opções: ir embora ou sentar e discutir. Com uma Heineken, claro.

O resultado é bem curioso, embora o debate tenha sido quase inexistente.

Somente uma das duplas estabeleceu um diálogo real (e foi essa dupla que mais entrou no vídeo). Um deles, inclusive, chega a mostrar que mudou de ideia.

As outras duas duplas riram, brindaram e “concordaram em discordar”.

A criação foi da agência Publicis de Londres.


Assista (o vídeo está em inglês):


China exige que EUA e Coreia do Sul parem manobras militares


O ministro das Relações Exteriores chinês considerou que a Coreia do Norte não é a única que deve cessar atividades para acalmar os ânimos na península

 


O ministro das Relações Exteriores chinês, Wang Yi, exigiu nesta quarta-feira o fim das manobras militares dos Estados Unidos e Coreia do Sul, assim como do programa armamentista nuclear da Coreia do Norte, para acalmar os ânimos na península.

“Por um lado, temos que parar as atividades nucleares da Coreia do Norte, que são uma clara violação das resoluções da ONU, mas, por outro, as manobras em grande escala em águas coreanas também devem parar pois igualmente não respeitam as resoluções quanto à questão”, afirmou em uma coletiva de imprensa em Berlim ao lado de seu colega alemão Sigmar Gabriel.

“O perigo de que comecem novos conflitos a qualquer momento é grande, por essa razão pedimos a todas as partes que demonstrem sangue frio e evitem qualquer ato que poderá levar a novas provocações”, alertou.

Coreia do Sul e EUA realizam exercícios com armas reais

Trabalhos incluíram manobras previamente programadas que fazem parte das simulações conjuntas que Seul e Washington fazem todo ano



Forças da Coreia do Sul e dos Estados Unidos promoveram hoje (26) uma de suas maiores manobras conjuntas com armas reais já efetuadas, um dia após a realização, por parte da Coreia do Norte, de um grande exercício de artilharia.

Os trabalhos desta quarta-feira, desenvolvidos no condado de Pocheon, incluíram manobras previamente programadas que fazem parte das simulações conjuntas que Seul e Washington fazem em cada ano no território sul-coreano.

Participaram 30 helicópteros, 90 tanques e veículos blindados, 30 caças e cerca de 2 mil militares, que simulam uma resposta rápida a um ataque norte-coreano sobre postos de guarda da Coreia do Sul.

Também foram implantadas várias unidades de lança-foguetes múltiplos M270 dos Estados Unidos, um temido lançador motorizado e blindado que disparou diversos mísseis durante estes jogos de guerra.

O exercício, que EUA e Coreia do Sul não realizavam desde 2015, acontece apenas um dia depois que o regime da Coreia do Norte comemorou o 85º aniversário de seu exército.

CCJ do Senado aprova fim do foro privilegiado para crimes comuns


O texto determina o fim do foro por prerrogativa de função para todas as autoridades brasileiras, com exceção dos presidentes dos três poderes

 




Brasília – Em uma reviravolta na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado, os parlamentares aprovaram de maneira expressa o projeto que extingue o foro privilegiado para todas as autoridades, com exceção dos chefes dos Três Poderes.

O texto não estava na pauta desta quarta-feira, 26, mas foi incluído a pedido do relator, senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP), e aprovado de maneira simbólica pelos integrantes do colegiado.

A proposta seguirá para o plenário da Casa com calendário especial.

Randolfe acatou uma emenda do senador Ricardo Ferraço (PSDB-ES), que estabelece que os presidentes da República, da Câmara, do Senado e Supremo Tribunal Federal (STF) continuam sendo julgados pela Suprema Corte por infrações penais comuns.

Em casos de crime de responsabilidade, ministros de Estado, comandantes da Marinha, do Exército e da Aeronáutica, membros dos Tribunais Superiores e do Tribunal de Contas da União e chefes de missão diplomática de caráter permanente também continuam com foro.


Exportações brasileiras crescem 24,4% no primeiro trimestre

 

Com o resultado, estima-se que o comércio externo brasileiro encerre o ano com um saldo positivo de US$ 50 bilhões

 

Por Agência Brasil

rande parte dos produtos exportados pelo Brasil saiu pelos portos, como o Tecon Rio Grande 

As exportações brasileiras cresceram 24,4% no primeiro trimestre deste ano na comparação com o mesmo período de 2016. Ao mesmo tempo, as importações aumentaram 12%. A balança comercial registrou superávit de US$ 14,4 bilhões. Os dados são do Indicador Mensal da Balança Comercial, da Fundação Getulio Vargas (FGV), e foram divulgados nesta quarta-feira (26) no Rio de Janeiro. Com o resultado da balança comercial, estima-se que o comércio externo brasileiro encerre o ano com um saldo positivo de US$ 50 bilhões. Grande parte dos produtos exportados pelo Brasil saiu pelos portos, como o Tecon Rio Grande (foto).

Em relação ao volume, as exportações cresceram menos (11%) do que as importações (17%) no primeiro trimestre deste ano, em relação ao mesmo período de 2016. A maior alta nas exportações foi observada no setor da indústria extrativa (38%), seguido pela indústria da transformação (9%). A agropecuária teve uma queda de 7%. As exportações de não commodities aumentaram 16% e as de commodities, 6%. O maior crescimento no volume importado ocorreu na indústria de transformação (23%), seguido pela extrativa (11%). A agropecuária teve queda de 4%.

Os termos de troca penderam a favor da balança comercial brasileira, com uma melhora de 19% na comparação com o primeiro trimestre de 2016, devido ao aumento de 15% do preço das exportações e da queda de 3% do preço das importações. Isso pode ser explicado principalmente pelo comportamento das commodities. Enquanto o preço de importação desses produtos recuou 11%, o preço da exportação avançou 29%. Entre as não commodities, o preço das exportações não variou, enquanto o valor das importações caiu 6,5%.

Entre os setores econômicos, os preços das exportações da indústria extrativa cresceram 75%, enquanto o preço das importações caiu 9%. Na indústria da transformação, o preço das exportações cresceu 5%, enquanto o das importações caiu 7%. Na agropecuária, os preços dos exportados cresceram menos (9%) do que os dos importados (17%). “Os preços das commodities estavam deprimidos até o final do ano passado e, neste início de ano, tiveram uma recuperação. No caso do Brasil, por exemplo, os preços de minério de ferro e petróleo melhoraram. Também temos uma demanda internacional mais favorável [para as exportações brasileiras]”, analisa Lia Valls, pesquisadora da FGV.

JTI investirá R$ 80 milhões em Santa Cruz do Sul




Fábrica de cigarros será inaugurada em março de 2018

 

Da Redação

 

redacao@amanha.com.br
JTI investirá R$ 80 milhões em Santa Cruz do Sul


A Japan Tobacco International (JTI) anunciou nesta terça-feira (25) que construirá uma fábrica de cigarros em Santa Cruz do Sul. O investimento será de R$ 80 milhões, segundo a prefeitura. A inauguração está prevista para março de 2018. O empreendimento deve gerar, inicialmente, 81 postos de trabalho. A empresa, que tem sede na Suíça, já conta com uma planta de processamento de fumo no município. A informação é do Blog Acerto de Contas, da Rádio Gaúcha. No final de março, a multinacional negociava com o governo gaúcho a vinda de novos investimentos (leia mais detalhes aqui). 

“No ano passado, a JTI inaugurou um Centro Nacional de Distribuição. Também investiu R$ 90 milhões em melhorias na operação na cidade gaúcha e em Canoinhas (SC). Atualmente, a JTI importa as marcas de cigarros Camel e Winston de uma de suas unidades na Europa. Com a nova fábrica, a empresa passará a ter todas as fases de sua cadeia de produção no Brasil”, relata a publicação. 

terça-feira, 25 de abril de 2017

McDonald’s serve café da manhã o dia todo e agrada investidores



Ações dispararam depois que lucro nos EUA aumentou 8% no primeiro trimestre do ano

 





São Paulo — Mudanças na operação do McDonald’s nos Estados Unidos, como servir produtos do café da manhã o dia todo e criar tamanhos alternativos para o BigMac, renderam à rede de lanchonetes um lucro de 1,21 bilhão de dólares no primeiro trimestre do ano – 8% mais do que o registrado um ano antes.

O número, que superou as estimativas de analistas, agradou os investidores. Na tarde desta terça-feira, as ações da rede de fast-food subiam mais de 5%, cotadas na casa dos 141 dólares. 

O ânimo do mercado se justifica. No último ano, o McDonald’s viu suas vendas encolherem 3% com a queda das visitas em suas lojas nos Estados Unidos.

No mês passado, a companhia divulgou um novo plano de crescimento global depois de descobrir que estava perdendo clientes habituais para outras redes de fast-food enquanto centrava esforços para conquistar pessoas que raramente comiam em suas lanchonetes.

Nós não precisamos de um McDonald’s diferente, mas de um McDonald’s melhor”, disse Lucy Brady, vice-presidente sênior de estratégia corporativa e desenvolvimento de negócios.

As vendas mundiais nas chamadas lojas comparáveis, aquelas que têm mais de um ano de funcionamento, aumentaram 4% de janeiro a março deste ano. Já a receita total da companhia chegou a 5,7 bilhões de dólares, quase 4% menos do que no primeiro trimestre de 2016.



Ser pode reavaliar fusão se Cade barrar acordo Kroton-Estácio


A Ser Educacional pode analisar novamente uma fusão com a Estácio Participações, segundo fundador e presidente do conselho de administração

 




São Paulo – A Ser Educacional pode analisar novamente uma fusão com a Estácio Participações, caso o acordo para a união dos negócios desta com a Kroton Educacional não seja aprovado pelo Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade), disse nesta terça-feira o fundador e presidente do conselho de administração da Ser, José Janguiê Diniz.

Ele ponderou, contudo, que a Ser aguarda decisão do Cade para discutir os cenários possíveis.

“A Ser tentou adquirir a Estácio, não foi possível, fez a impugnação no Cade”, afirmou Diniz, que também é diretor presidente da Associação Brasileira de Mantenedoras do Ensino Superior (Abmes).

“Mas não podemos desconsiderar nenhuma opção”, disse em evento do setor, em São Paulo.

Diniz afirmou que, enquanto o Cade não se posiciona sobre a fusão Kroton-Estácio, a Ser deve se concentrar em expandir as operações de ensino à distância (EAD), principalmente a partir do segundo semestre, em todo o Brasil. Hoje, a empresa conta com nove pólos EAD no Nordeste.

Questionado sobre as operações que podem ser colocadas à venda se a fusão Kroton-Estácio for aprovada pelo Cade, o executivo disse que a empresa não está de olho em nenhum ativo específico neste momento.

Diniz contou ainda que, além do foco em EAD, a companhia discute em reuniões do conselho várias outras possibilidades, incluindo a entrada no segmento de educação básica, ensino técnico, corporativo e de idiomas.

A Ser Educacional divulga em 5 de maio o balanço do primeiro trimestre de 2017, que segundo o executivo deve ser positivo. “Apesar da crise, nós fizemos nosso dever de casa e esperamos resultado satisfatório”, afirmou.

 

FIES


Quanto ao encolhimento do Fundo de Financiamento Estudantil (Fies), Diniz ressaltou que o menor número de vagas ofertadas não deve comprometer os planejamentos estratégicos da Ser Educacional, que dispõe de programa próprio de financiamento, o EDUCRED.

“Já crescíamos 10 por cento seis anos atrás sem o Fies e não vamos deixar de atingir nossas metas”, disse.

Em 11 de abril, a Reuters noticiou que 98,9 mil, ou 66 por cento, das 150 mil vagas ofertadas pelo Fies para o primeiro semestre haviam sido preenchidas.

Em 2016, o Ministério de Educação (MEC) disponibilizou um total de 325 mil vagas (250 mil vagas no primeiro semestre e 75 mil vagas no segundo), das quais 203.583, ou quase 63 por cento, foram preenchidas.

Também presente no evento, o diretor-executivo da Abmes, Sólon Caldas, afirmou que o MEC ainda não sinalizou se ofertará mais vagas para o segundo semestre deste ano, mas que a expectativa é de que 20 por cento das vagas remanescentes do primeiro semestre sejam preenchidas nos próximos meses.

O setor aguarda novos anúncios do governo para o Fies até o fim do mês. Caldas ressaltou que as regras atuais do programa estão dificultando o preenchimento das vagas.

“O aluno não consegue atender os requisitos porque tem um gargalo enorme: quanto menor a renda, menor é a nota”, disse.

Por volta das 16:00, as ações da Ser subiam 0,6 por cento, cotadas a 24,59 reais, enquanto o índice de small caps, em que estão listadas, avançava 0,8 por cento.


STF arquiva recursos contra urgência da reforma trabalhista


A decisão abre o caminho para que os aliados do governo possam votar ainda nesta terça-feira a proposta de reforma na comissão especial

 





Brasília  – O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Celso de Mello mandou arquivar duas ações com pedidos de liminar que questionavam a aprovação na semana passada de um requerimento de urgência para acelerar a tramitação do projeto de reforma trabalhista.

A decisão abre o caminho para que os aliados do governo possam votar ainda nesta terça-feira a proposta de reforma na comissão especial.

Na primeira decisão, Celso de Mello considerou que a entidade que impetrou o mandado de segurança, a Confederação Nacional das Profissões Liberais, não tinha legitimidade em lei para propor esse tipo de ação no Supremo.

Na segunda ação, sobre um pedido feito pelo deputado Glauber Braga (PSOL-RJ), o relator entendeu que o STF não deve interferir em assunto de competência exclusiva do Legislativo.


Weg anuncia entrada no mercado eólico indiano


A fábrica estará apta para fornecer os primeiros equipamentos a partir de 2018

 

Da Redação

 

redacao@amanha.com.br
Weg anuncia entrada no mercado eólico indiano

A Weg (foto) divulgou nesta quarta-feira (25) planos de fabricar aerogeradores na unidade fabril de Hosur, na Índia, bem como a entrada da companhia no mercado eólico indiano. O anúncio foi feito durante a Windergy, feira nacional de energia eólica, realizada em Nova Déli. A empresa pretende adequar sua fábrica de motores e geradores, no estado de Tamil Nadu, próximo a Bangalore, para também fabricar aerogeradores de 2,1 megawatts (MW).

A Weg Índia tem 35 mil metros quadrados de área construída e aproximadamente 490 funcionários. 

“A concepção modular de nosso parque fabril permite atender a necessidade de expansão da Companhia com investimentos razoavelmente baixos, limitados apenas a alguns dispositivos utilizados especificamente na fabricação dos aerogeradores”, explica Swapnil Kaushik, diretor da Weg Índia.

Com capacidade de absorver a produção de até 250MW por ano, a unidade indiana estará apta para fornecer os primeiros equipamentos a partir de 2018. Enquanto isso, a companhia iniciará as atividades comerciais de captura de contratos de fornecimento e de desenvolvimento dos fornecedores locais. Segundo João Paulo Gualberto da Silva, diretor da divisão eólica da Weg, a Índia apresenta condições bastante atraentes para a companhia. “Além de ser o quarto maior mercado do mundo em geração de energia eólica, o país oferece uma excelente cadeia de fornecedores para aerogeradores e custos de produção muito competitivos”, explica ele. 

http://www.amanha.com.br/posts/view/3912

segunda-feira, 24 de abril de 2017

Natura e CVC estarão na próxima rodada de lances pela Body Shop


Ofertas pela Body Shop atingiram mais de 800 milhões de euros (US$ 856 milhões), segundo as fontes

 






Londres – A L’Oreal escolheu a Natura Cosméticos além de companhias de private equity como ofertantes na próxima rodada do leilão para seu negócio Body Shop, disseram pessoas familiarizadas com o assunto.

CVC Capital Partners, Advent International Corp. e Investindustrial Advisors SpA também estão entre as empresas da disputa, disseram as pessoas, que pediram para não serem identificadas porque o processo é privado.

Ofertas pela Body Shop atingiram mais de 800 milhões de euros (US$ 856 milhões), disseram as fontes. Ofertas vinculantes devem ser apresentadas no início de junho, disse uma das pessoas.

Há mais de uma década, em um acordo avaliado em 652 milhões de libras (US$ 833 milhões), a L’Oreal comprou a Body Shop, fundada em 1976 pela empresária britânica Anita Roddick.

A L’Oreal disse esta semana que ainda não tomou uma decisão sobre o futuro da rede, que viu seu lucro operacional cair 38% para 33,8 milhões de euros no ano passado.

Representantes da L’Oreal, CVC Capital e Advent preferiram não comentar. Investindustrial e Natura não responderam imediatamente aos pedidos de comentários.

A Body Shop tinha atraído lances iniciais de cerca de 15 empresas, disseram pessoas familiarizadas com o assunto no início deste mês.

Sua controladora francesa havia dito em fevereiro que iria explorar todas as opções estratégicas para o negócio, que tem lutado com a concorrência pesada.
 

Nikon processa ASML e Carl Zeiss por violação da patentes


A japonesa Nikon disse ter aberto processos por infrações da patente nos Países Baixos, Alemanha e Japão contra a ASML e sua fornecedora

 





Frankfurt/Tóquio – A Nikon disse nesta segunda-feira que está iniciando ação legal contra a ASML e a Carl Zeisse, acusando-as de usar sua tecnologia de litografia sem permissão.

Entre as oito maiores fabricantes de equipamentos de chips do mundo, a japonesa Nikon disse ter aberto processos por infrações da patente nos Países Baixos, Alemanha e Japão contra a ASML, que fabrica máquinas de semicondutores litográficos, e a Carl Zeiss, fornecedor óptico da ASML.

“A ASML e a Zeiss usam a tecnologia patenteada pela Nikon nos sistemas litográficos da ASML, que são usados globalmente para fabricar semicondutores, sem a permissão da Nikon, eles estão infringindo a patente da empresa”, declarou a Nikon.

A japonesa disse ainda que isso está causando danos e quer evitar que a ASML e Zeiss vendam sua tecnologia.

A ASML domina o mercado de máquinas semicondutores de litografia, que mapeiam circuitos eletrônicos de silício.

A empresa baseada nos Países Baixos tem 90 por cento do mercado para máquinas de alta tecnologia, de acordo com uma pesquisa publicada em janeiro pela Fitch.

“O processo da Nikon é infundado, desnecessário e cria incertezas para a industria de semicondutores”, disse o presidente da ASML, Peter Wennink.

A empresa tenta negociar uma extensão dos acordos de licenciamento com a Nikon, disse ele.

A ação legal chega após uma mediação nos Estados Unidos não conseguir chegar a um acordo em 2016. E é a mais recente envolvendo as três empresas, desde que a ASML e a Carl Zeiss pagaram 87 milhões de dólares à Nikon em 2004, segundo a Nikon.

Marca de luxo Jimmy Choo se coloca à venda


Com o objetivo de maximizar os lucros para seus acionistas, a marca disse estar preparada para abrir discussões informais com potenciais compradores

 




A marca de sapatos de luxo Jimmy Choo anunciou nesta segunda-feira que se coloca à venda para maximizar os lucros para seus acionistas, dois anos depois de sua entrada na bolsa em Londres.

“O conselho de administração da Jimmy Choo anuncia hoje que decidiu realizar uma revisão das diferentes opções estratégicas abertas à companhia para maximizar o valor para seus acionistas, e está buscando ofertas pela companhia”, afirmou a empresa em um comunicado.

A Jimmy Choo informou que ainda não recebeu ofertas, mas que a partir de agora está preparada para abrir discussões informais com potenciais compradores.

O principal acionista da Jimmy Choo, o fundo de investimentos com sede em Luxemburgo JAB Luxury, que tem 67,66% do capital, explicou em outro comunicado que apoia a venda.

Fundada há 20 anos pelo designer de origem malaia Jimmy Choo e por uma diretora da revista de moda Vogue, que abriram sua primeira loja em Londres, é uma das marcas favoritas entre celebridades como Michelle Obama, Kate Middleton, Nicole Kidman e Lady Gaga.
 

J&J, Novartis e Takeda querem comprar a Hypermarcas, dizem fontes


Fontes também disseram unidades de bancos de investimento do Bradesco e do Credit Suisse foram contratas para assessorar a venda

 


São Paulo – Johnson & Johnson, Novartis e Takeda Pharmaceutical estão em negociações com o bloco de controle da Hypermarcas para compra da companhia brasileira de medicamentos, disseram duas pessoas familiarizadas com o assunto nesta segunda-feira.

Famílias donas das empresas de investimentos Igarapava Participações e Maiorem SA de CV, que detêm uma participação combinada de 34 por cento da Hypermarcas contrataram as unidades de bancos de investimento do Bradesco e do Credit Suisse para assessorar a venda, disseram as fontes.

Fala, Palocci!

 

 

Por Eliane Cantanhêde



Fala, Palocci! - Por Eliane Cantanhêde


A defesa, o sítio e o triplex de Lula desabam e o foco se desloca para Palocci.

Léo Pinheiro é a pá de cal na defesa do ex-presidente Lula, mas a bola da vez é o seu ex-ministro da Fazenda Antonio Palocci, que conseguiu a proeza de despencar não de um, mas de dois governos diferentes, e continuou aprontando das suas com uma desenvoltura tão surpreendente quanto seu inalterável ar de bom moço, até cair nas garras da Lava Jato e ser considerado hoje o futuro delator com potencial mais explosivo.

Em suas delações ao juiz Sérgio Moro e aos procuradores, Marcelo Odebrecht contou que era ele, Palocci, quem administrava a conta “Amigo” na empreiteira, um cheque em branco que abastecia as vontades e luxos da família Lula da Silva. E, no relato dos marqueteiros João Santana e Mônica Moura, os acertos de valores, prazos e formas de pagamento para, primeiro, salvar a imagem do presidente Lula e, depois, os votos do candidato Lula, após o mensalão, foram feitos diretamente no gabinete da Fazenda.

Palocci, aliás, foi preso em setembro do ano passado sob a suspeita de ter favorecido a Odebrecht numa medida provisória sobre benefícios fiscais, numa licitação da Petrobrás para compra de navios-sonda, num financiamento do BNDES para obras da empreiteira em Angola e na doação de um terreno para o Instituto Lula.

Em sendo assim, Palocci tinha múltiplas personalidades: era ministro da Fazenda e ditava a política econômica, mas ao mesmo tempo lobista da Odebrecht, operador financeiro do PT e gerente da conta de Lula naquele banco da empreiteira chamado de Setor de Operações Estruturadas. Era três em um, ou melhor, quatro, cinco ou seis em um.

Palocci começou cedo. Basta olhar para as fotos dele cercado por seus assessores na prefeitura de Ribeirão Preto para perceber que havia algo errado. Bonachão, com seu ar e seus óculos de aluno estudioso, era cercado por figuras que acabaram encalacradas na justiça.

Mas Palocci pousou em Brasília com os ventos alvissareiros da primeira eleição de Lula. O médico que assumia a Fazenda. O ex-prefeito com aura de competência. O hábil que driblou vários concorrentes e ficou lado a lado do presidente. O pragmático que jogou no lixo as teses econômicas do PT e virou o queridinho do mercado – e da mídia.

A primeira surpresa de quem não conhecia as histórias de Palocci em Ribeirão foi saber de uma casa alugada no bairro mais nobre de Brasília, onde eram dadas festas de arromba e havia um estranho trânsito de malas de dinheiro. E ele não teve o menor prurido em usar seus poderes para quebrar o sigilo do caseiro que contara detalhes sobre a casa subitamente famosa.

Palocci desabou da Fazenda de Lula, mas ressurgiu igualmente poderoso na campanha de Dilma Rousseff em 2010 e dali para a Casa Civil. E desabou de novo, por não explicar a compra de um apartamento de R$ 7 milhões , que era dele, mas não era dele, cheio de mistérios. Não se sabe se ele aprendeu com Lula, ou se Lula aprendeu com ele...

É assim, com essa trajetória tão atribulada, sua relevância no centro do poder e agora seu desconforto em sete meses de prisão, que Palocci se torna a bola da vez. Ainda há muito o que contar sobre Lula e os governos petistas, mas o grande terreno a ser desbravado não é do lado corrupto, mas do lado corruptor. O que se sabe do sistema financeiro na Lava Jato?

Em seu depoimento desta quinta-feira, 20, a Sérgio Moro, o ex-ministro foi de uma gentileza que raiou a sabujice ao se oferecer como delator: “Se o sr. estiver com a agenda muito ocupada, a pessoa que o sr. determinar, eu imediatamente apresento todos esses fatos, com nomes e endereços, para um ano de trabalho”. Os investigadores esfregam as mãos, os investigados entram em pânico 

(O Estado de S.Paulo, 21/4/17)

Nada na economia brasileira funciona tão bem quanto o agronegócio... AGRONE






Nada na economia brasileira funciona tão bem quanto o agronegócio... AGRONE




Por J.R.Guzzo

... Apesar do enorme esforço na máquina oficial, nas lideranças políticas e nas classes intelectuais para que tudo venha a dar errado.

Veio, passou e foi embora, sem que ninguém tivesse prestado atenção especial nela, uma notícia muito mais relevante para os brasileiros do que o futuro político-penal do senador Renan Calheiros, a possível candidatura do ex-presidente Lula nas eleições presidencias de 2018, 2022 e 2026 ou as novas políticas da Rede Globo para desencorajar o assédio sexual entre os atores de suas novelas.

Essa notícia é a última safra brasileira de grãos de 2016/2017 – mais uma vez, a maior que o Brasil já teve em toda a sua história. Apenas 20 anos atrás, na safra 1996/1997, a produção agrícola integral, somando todos os produtos colhidos, chegava a pouco menos de 80 milhões de toneladas, com as novas fronteiras de cultivo, a mecanização e os avanços da tecnologia já funcionando a todo vapor Brasil afora.

Acaba de ser anunciado, agora, que a safra 2016/2017 praticamente passou de 220 milhões de toneladas. Na verdade, chegou-se perto dessa cifra apenas com soja e milho – 110 milhões de toneladas de soja, mais de 90 milhões de toneladas de milho.

Não há rigorosamente nada, na economia brasileira de hoje, funcionando tão bem quanto a agricultura, a pecuária e o sistema de atividades econômicas que gira em torno do aproveitamento da terra. É dentro das mesmas fronteiras e sob o mesmo governo, um outro país – sem 13 milhões de desempregados, crescimento por volta do zero, indústria em desmanche, propriedades à venda, nulidade tecnológica, negócios em estado de coma, capacidade inexistente para competir numa economia moderna.

Naturalmente, como acontece com a maioria das poucas coisas que dão certo no Brasil, há um imenso esforço na máquina oficial, nas lideranças políticas e nas classes intelectuais para que tudo venha a dar errado o mais cedo possível. O governo federal e os governos estaduais, como um todo, até percebem a função vital da agropecuária para sustentar a economia do país e salvar o balanço de pagamentos com a geração de divisas.

O ministro da Agricultura é um homem ligado à produção, tem grande experiência na área e se importa mais com soluções do que com teorias. O presidente da República, os demais ministros e boa parte dos membros do Congresso apoiam o setor rural. Mas suas ordens frequentemente não vão a lugar nenhum.

O monstruoso aparelho burocrático abaixo deles ignora, sabota e age contra as instruções que recebe. Facções militantes da Polícia Federal, do Ministério Público e da magistratura movem uma guerra permanente contra os agricultores de sucesso; só deixam em paz os que não produzem nada.

Executam, no fundo, o que mandam fazer os manuais do MST e todas as demais espécies de parasitas que ganham a vida cultivando ideias mortas há 50 anos, como a ‘reforma agrária’, ou já mortas ao nascer, como as atuais nações sobre a ‘agricultura familiar’ e a fé no retrocesso tecnológico do campo.

Tudo isso vem com o horror ao ‘agronegócio’, que toda essa gente considera uma ameaça ao Brasil. Números recorde como os da última safra são vistos com alarme e não como uma boa notícia; provam o avanço do ‘capitalismo na agricultura’, e isso, em sua opinião, é um desastre.

A esquerda em peso, com a ajuda entusiasmada dos que veem a terra como uma espécie de entidade religiosa ou sobrenatural, se escandaliza com a aplicação de ‘agrotóxicos – mais se refere à necessidade de proteger as culturas e combater as pragas com o uso de defensivos agrícolas.

É contra o aprimoramento das sementes, o desenvolvimento da tecnologia à agropecuária – tudo isso leva ao aumento da produtividade; e terra mais produtiva, capaz de produzir alimentos cada vez mais abundantes, variados e baratos, é um perigo para o edifício ideológico da ‘reforma agrária’.

A resposta do poder público é apaziguar os inimigos da agricultura com verbas oficiais, cestas básicas, apoio para invasões de terra e recuso em assegurar direitos. Até agora não tem conseguido deter o avanço da produção

 (Revista Exame, edição nº 1136; Digitado pelo BrasilAgro)

Moro adia depoimento de Lula por questão de segurança


A PF alega que precisa de tempo para organizar o esquema de proteção do local de depoimento, já que o PT planeja enviar caravanas de apoio ao ex-presidente 

 


São Paulo – O juiz federal Sérgio Moro decidiu adiar o depoimento do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva em um dos processos ligados à Operação Lava Jato.

Segundo o jornal “Folha de S. Paulo”, o petista deveria depor em Curitiba em 3 de maio, mas a data foi alterada para 10 do mesmo mês por questões de segurança.

A Polícia Federal alega que precisa de mais tempo para organizar o esquema de proteção do local de depoimento, já que o PT planeja enviar caravanas de diversas partes do país para apoiar Lula.

No processo, o ex-presidente é acusado de corrupção passiva e lavagem de dinheiro por supostamente ter recebido R$ 3,7 milhões em “vantagens indevidas” da construtora OAS, incluindo um apartamento tríplex no Guarujá.

Em depoimento a Moro, o ex-presidente da empreiteira Léo Pinheiro disse que o imóvel pertencia à família de Lula e que o petista até lhe pedira para destruir provas.

Já a defesa do ex-mandatário afirma que a versão de Pinheiro foi “fabricada” para ele conseguir fechar um acordo de delação premiada.

Este conteúdo foi publicado originalmente no site da ANSA