Apesar de apontadas como aliadas para os negócios, plataformas de relacionamento são ignoradas pelos CEOs das maiores companhias do mundo, aponta estudo
São Paulo - Apesar de estudos indicarem que presidentes de companhias conectados a redes sociais transmitem uma boa imagem e podem conseguir melhores resultados para seus negócios, a maioria dos líderes empresariais ainda está offline.
Segundo uma pesquisa
do site CEO.com e da empresa de dados e inteligência Domo, divulgada
neste mês, 68% dos executivos que estão no comando das maiores
companhias do mundo (listadas no índice Fortune 500) não interagem em
nenhuma plataforma.
O levantamento levou em conta as redes sociais mais significativas atualmente: Twitter, Facebook, LinkedIn, Google+ e Instagram.
Entre os adeptos às redes sociais, dois terços participam ativamente de apenas uma. Destes, 73% escolheram o LinkedIn.
Entre todos os 502 presidentes listados (o número não é redondo porque a
KKR e a Whole Foods, que fazem parte do Fortune 500, possuem co-CEOS),
apenas Mark Zuckerberg, presidente do Facebook, é engajado em todas as
cinco redes.
Os perfis foram consultados pelos pesquisadores no dia 26 de junho.
Perfil do CEO internauta
O senso comum de que o Twitter é mais usado pelas gerações mais jovens e
o Google+ pelos veteranos, não vale para os presidentes de empresa.
Em média, os executivos "tweetters" são 5 anos mais velhos do que
aqueles mantém conta na rede social do Google. Rupert Murdoch, dono da
News Corporation, por exemplo, posta regularmente no Twitter e tem 83
anos. Veja na tabela:
Rede social | Idade média dos CEOs |
---|
56,7 | |
55,5 | |
56,2 | |
Google+ | 51,9 |
52,4 |
Quanto mais jovem é CEO, porém, maior parece ser a sua capacidade de
interagir em diversas plataformas de relacionamento. Entre os engajados
em apenas uma rede, a idade média é de 57,9 anos, enquanto a dos que
atuam em duas é de 52,6 anos. Já entre os que participam de quatro ou
mais ferramentas, a idade média cai para 42,1 anos.
Twitter
Dos 502 executivos pesquisados, 42 têm conta no Twitter. Destes, 69%
participam ativamente (o que significa que eles tiveram postagens
registradas a até 100 dias anteriores ao estudo). No ano passado, 28
CEOs usavam a ferramenta.
Quase metade dos presidentes que foram considerados usuários ativos na
rede não postam mais do que uma vez por mês. Menos de um quarto deles
tuítam diariamente. A média geral é de 0,48 tuítes por dia.
O CEO mais atuante na plataforma, Jack Salzwedel, da American Family, posta em média 4,82 mensagens por dia.
Somados, os seguidores de CEOs que têm conta no Twitter, são 3,6 milhões. Porém, 11,5% deles são perfis falsos.
O campeão de seguidores na rede é Warren Buffet, que é acompanhado por
844.731 internautas. O número é quase 10 vez maior do que a média geral,
de 87.827 seguidores.
Facebook
Do total de presidentes de empresas listadas no Fortune 500, 8,3% estão
presentes no Facebook. No ano passado, essa fatia era de 7%.
Entre eles, seis possuem fan pages oficiais, 21 têm contas semi-privadas e 14 usam perfis privados.
O mais seguido deles, como não poderia deixar de ser, é Mark Zucherberg, que tem mais de 29 milhões de seguidores.
LinkedIn
Curiosamente, a porcentagem de presidentes de empresa conectados ao
LinkedIn caiu do ano passado para cá. Em 2013, 27,7% estavam na rede,
enquanto neste ano a fatia é de 25,4%.
Dos que participam da rede, 19 são "influenciadores" e 9 deles
ingressaram na plataforma no último ano. Os mais acompanhados por outros
usuários são Meg Whitman, da HP; Jamie Dimon, do JP Morgan; Jefrey
Inmelt, da GE e Arne Sorenson, da Marriot International. Todos eles têm
mais de 100.000 seguidores.
Entre aqueles que não são influenciadores, 34% possuem mais de 500
conexões. No ano passado, só 18% deles tinham essa quantidade de
contatos.
Google+
Apenas 8 comandantes de companhias do índice Fortune 500 usam o
Google+. Isso representa uma fatia de 1,6% que, apesar de pequena, ainda
é maior do que a registrada em 2013, de 1%.
Do total, só 15% dos presidentes consideram a rede útil para o trabalho.
Instagram
Entre os CEOs, 2,6% têm conta no instagram. A maioria, segundo a
pesquisa, posta fotos pessoais. O único que a usa para promover a
empresa é Michael Rapino, que dirige a LiveNation.
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