Primeiro relatório global da entidade sobre o tema aponta que a grande maioria dos casos é registrado entre homens no país
São Paulo – Estudo divulgado hoje pela Organização Mundial da Saúde (OMS)
revela uma realidade chocante no Brasil: 32,3 casos de suicídio são
registrados por dia no país, o que representa uma média de mais de uma
morte por hora.
Segundo a organização, 11.821 brasileiros cometeram suicídio em 2012,
número que representa aumento de 10,4% em relação ao registrado em 2000.
O primeiro levantamento global sobre o tema realizado pela OMS aponta
também que os principais métodos utilizados em todo o mundo são
envenenamento, enforcamento ou armas de fogo.
“Acesso limitado a esses meios podem ajudar a prevenir as mortes.
Outra forma de reduzir os casos seria o comprometimento dos governos em
estabelecer e implantar um plano de ação coordenado. Atualmente, apenas
28 países possuem estratégias de combate ao suicídio conhecidas”, diz o
relatório.
Homens são 78% do total
Outro dado que chama a atenção no Brasil é o fato de que a grande
maioria dos suicídios é cometida por homens. Eles representam 78% do
total de casos, fazendo com que a taxa de ocorrência para cada 100 mil
habitantes seja de 9,4, contra 2,5 das mulheres.
Brasil | Suicídios em 2012 | Taxa por 100 mil habitantes (2012) | Taxa por 100 mil habitantes (2000) | Aumento em 12 anos | ||
---|---|---|---|---|---|---|
Mulheres | 2.623 | 2,5 | 2,1 | 17,80% | ||
Homens | 9.198 | 9,4 | 8,7 | 8,20% | ||
Total | 11.821 | 5,8 | 5,3 | 10,40% |
De acordo com a OMS, a tendência também é verificada em outros lugares.
Nos países ricos, três vezes mais homens morrem do que mulheres e
homens com 50 anos ou mais são particularmente vulneráveis.
Já nos países de média ou baixa renda, homens jovens e mulheres acima de 70 anos são os mais afetados.
A OMS afirma também, que entre as causa mais comuns estão problemas
psicológicos como depressão e abuso de álcool, mas também momentos
impulsivos provocados por crises como problemas financeiros, término de
relacionamentos e dor crônica ou doenças.
Experiências de conflito, desastre, violência ou abuso também podem
desencadear os casos. “Taxas de suicídio também são altas entre grupos
vulneráveis que sofrem discriminação como refugiados e imigrantes;
população indígena; prisioneiros e comunidade LGBT”, diz o estudo.
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