Atuação: Consultoria multidisciplinar, onde desenvolvemos trabalhos nas seguintes áreas: fusão e aquisição e internacionalização de empresas, tributária, linhas de crédito nacionais e internacionais, inclusive para as áreas culturais e políticas públicas.
sexta-feira, 12 de setembro de 2014
A Service IT rasgou suas projeções. E comemora
Com resultados acima do esperado no primeiro semestre, empresa de consultoria de TI do sul abre sua segunda filial fora do Brasil e se prepara para chegar aos R$ 100 milhões de faturamento
Por Laura D’Angelo
O ano não acabou, mas a Service IT já tem motivos - e números - de sobra para celebrar 2014. Somente no primeiro semestre a empresa de consultoria e prestação de serviços de tecnologia da informação faturou o mesmo valor alcançado no ano passado, R$ 70 milhões. A unidade de Buenos Aires, na Argentina, durante o mesmo período, teve o melhor desempenho desde sua criação em 2001: cresceu 60% na comparação com 2013. Os resultados acima do esperado levaram os atuais sócios e fundadores da Service IT, Eduardo Gallo (foto) e Fernando Raupp, a rasgarem as planilhas com as estimativas de faturamento para 2014, que estavam, modestamente, na casa dos R$ 80 milhões. A expectativa agora é que a receita da empresa chegue à sua primeira centena de milhão, sendo 30% advindo de negócios da região sul.
Para coroar o ano, desde julho a Service IT opera sua segunda filial fora do Brasil, em Santiago, no Chile. A atitude desbravadora não é uma novidade para a empresa. Desde que abriu suas portas, em 1995, em Porto Alegre, a empresa fez apostas – a começar pelo próprio segmento de mercado em que se lançou, na época um terreno pouco explorado por empresas nacionais. Com apenas dois anos de fundação, já estava estabelecida em Curitiba e São Paulo. Logo depois, carimbou o passaporte com a abertura de uma filial em Buenos Aires. Para a Service IT, o Chile tem se mostrado um cenário ao mesmo tempo desafiador e repleto de oportunidades. “Tem muito espaço para a gente mostrar que tecnologia não é um negócio complicado e que pode ser bem usado”, comenta Eduardo Gallo, presidente da companhia. Ao chegar ao novo país, ele firmou a convicção de que as empresas chilenas estão atrasadas em relação às soluções de TI utilizadas, por exemplo, no Brasil. “Fui visitar a segunda maior empresa do país. O que eles têm é o feijão com arroz: um servidor, pouca virtualização, backup em fita enquanto aqui fazemos em disco...”, exemplifica Gallo. Até o final do ano, a Service IT espera faturar U$ 1 milhão com a unidade chilena. O valor vai engrossar a receita internacional da empresa. Em 2013, a filial argentina foi responsável por 12% dos R$ 70 milhões conquistados.
Mas em um aspecto a realidade chilena não está muito distante da vivenciada pela Service IT no Brasil e na Argentina. De acordo com Gallo, as grandes corporações mostram dificuldades em organizar e atualizar o seu ambiente de TI. Normalmente, necessitam não só das ferramentas, mas de projetos que contemplem a aplicação e o gerenciamento de todas as soluções de tecnologia disponíveis. No lado oposto, estão as médias empresas, ainda pouco habituadas a solicitar consultoria e prestação de serviços para TI. A experiência revelou a ele que essas companhias preferem contratar poucos profissionais para área e solucionar tudo dentro de casa, de forma independente – mas um tanto amadora. “É comum que tentem fazer as coisas sozinhos, pois a empresa não está disposta a pagar uma consultoria ou um projeto muito grande”, comenta. Para Eduardo Gallo, ainda não há nas empresas de médio porte da América do Sul a mesma cultura das companhias norte-americanas, que veem os serviços de TI como investimento e não como um custo.
A característica do mercado sul americano, ainda carente de projetos mais elaborados de soluções de TI, e a rede de fabricantes parceiros estimulam a Service IT a continuar sua expansão no continente, mas o próximo passo só será dado quando o escritório do Chile estiver consolidado. Por enquanto, a empresa tem investido de “forma agressiva”, como declarou Gallo, no desenvolvimento da área de serviços gerenciados (managed service) - forma remota de administrar o ambiente de TI dos clientes, desde o banco de dados, backup até servidores. Ainda que a venda de produtos represente dois terços do faturamento (a ServiceIT comercializa softwares e hardwares da Oracle, EMC, IBM, Oracle, RedHat e VMware), são os serviços de consultoria e, principalmente, os de managed service que devem crescer em ritmo mais acentuado. Para isso, a Service IT aportou R$ 2 milhões no seu primeiro centro de operações, o Noc (Network Operations Center), inaugurado ano passado em São Paulo, de onde monitora todos os contratos de managed services, entre eles da Sascar e Spaipa.
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