Enquanto mantém investimentos no exterior, a Weg
aproveita novas oportunidades de negócio para avançar no Brasil
Por Laura D´Angelo
Hoje,
praticamente 60% da receita da Weg vem do exterior. Uma das estratégias da
empresa é aumentar para 30% a produção fora do Brasil. Por essa razão, as
aquisições mundo afora tem sido frequentes. No ano passado, a Weg comprou a
Bluffton Motor Works, estreando no setor de motores nos Estados Unidos. Também
em 2016, a companhia de Jaraguá do Sul anunciou a aquisição do negócio de
turbinas eólicas da também norte-americana Northern Power Systems.
As
movimentações no exterior, no entanto, não significam qualquer descuido da
fabricante catarinense com as operações nacionais. Mesmo com a recessão
brasileira, a Weg tem se mantido atenta para capturar a maior parte das
(escassas) oportunidades de negócio que surgem atualmente no mercado interno.
Foi assim no segmento de energia. Em meados de dezembro, a Weg anunciou
aquisição do controle acionário da multinacional TGM, fabricante de turbinas e
transmissões, de Sertãozinho (SP). No mercado desde 1991, a TGM tem também
unidades em São José dos Campos, Maceió e Nuremberg, na Alemanha. Gera cerca de
1 mil empregos diretos e no ano passado obteve receita líquida de R$ 238
milhões. A TGM é líder brasileira no fornecimento de soluções e equipamentos
para acionamento de geradores de energia elétrica com foco em energia renovável
em termelétrica e eólica.
Apesar de
representar apenas 5% da receita, o segmento de tintas e vernizes tem sido
outro ponto de interesse da empresa para se firmar como importante player
quando a economia voltar a engrenar. A Weg tem apostado na expansão da sua
participação no setor de autopeças, no qual figurava, até pouco tempo atrás,
como um fornecedor secundário. “Temos conquistado market share. Estamos
buscando novos clientes, até porque os antigos estão em dificuldade”, revela
Luis Fernando Oliveira, gerente de relações com investidores, para quem a
estratégia de maior diversificação feita neste momento melhora o poder de
reação diante da esperada recuperação do mercado interno neste ano.
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