Nos Estados Unidos,
à retomada do crescimento econômico implica em um processo lento e
gradual, mas que, observados de maneira crítica, sugerem perspectivas
otimistas no médio e longo prazo. Porém, a cautela dos mercados
internacionais por conta de uma Europa fragilizada economicamente e a indecisão dos mercados em relação ao imbróglio econômico da Grécia não permitem uma retomada definitiva de matriz macroeconômica.
Entretanto,
três conjunturas na esfera da economia interna norte-americana chamam
atenção e criam oportunidades de renda, emprego e produtividade para a
sociedade de maneira geral. O empreendedorismo por meio das empresas
categorizadas como “startups”; a venda de casas usadas e o aumento das taxas de juros pelo Federal Reserve (FED, na sigla em inglês), que ajudam a materializar possibilidades.
No âmbito das empresas “startups”
o destaque fica a cargo dos imigrantes latinos que imbuídos do espírito
empreendedor contribuíram para o aumento da criação de novas empresas
nos Estados Unidos, no ano de 2014. De acordo com a organização sem fins lucrativos Ewing Marion Kauffman,
os imigrantes foram responsáveis por 28,5% das novas empresas criadas
em território estadunidense, comparado a 25,9% em 2013 e 13,3%, em 1996.
A
pesquisa ainda verificou que os novos negócios criaram uma média de 520
empresas por mês para cada 100 mil pessoas. Os números expressivos
dialogam com o aumento da população de origem latina nos Estados Unidos. De acordo com o último senso realizado, 12,9% são de origem hispânica, ante 9,3% em 1996.
Outro
dado interessante: o aumento das vendas totais de imóveis residenciais
subiram 5,1% em maio deste ano, diante de uma taxa anualizada sazonal
ajustável de 5,35 milhões de unidades, comparado a 5,09 milhões no mês
anterior. Nesse sentido, segundoLawrence Yun, economista–chefe da National Association of Realtors (NAR,
na sigla em inglês), as vendas registraram oito meses consecutivos de
crescimento anual, com uma marca de 9,2% em comparação a maio de 2014.
Ele completou afirmando que é o maior patamar, desde novembro de 2009,
no auge da crise.
Por fim, as previsões quanto ao cenário dos juros que o FED
divulga regularmente indicam a possibilidade de aumento dos juros de
curto prazo antes do fim de 2015. Mediante as projeções, há
entendimentos de que as autoridades monetárias podem delimitar um
aumento entre 0,25 a 0,5 ponto percentual até dezembro, o que resultaria
na primeira alteração do nível que está próximo a zero desde dezembro
de 2008, quando a política de liquidez adotada pelo Federal Reserve tornou-se prática.
Na administração da economista-chefe do Banco Central Norte–Americano, Janet Yellen,
já se indica a redução das taxas de juros de 2016 e 2017 para 0,25
ponto percentual. Tal mudança sinaliza a diminuição do vigor da economia
no longo prazo e sua capacidade de suportar juros elevados, muito por
decorrência da frustração que análises conjunturais projetam sobre o
processo produtivo norte-americano para este ano de 2015.
No comunicado onde foram feitas as projeções econômicas, o FED revisou para baixo as estimativas de crescimento nos Estados Unidos para 2015. Para efeitos de comparação, no mês de março, o Banco Central previu expansão entre 2,3% e 2,7% e agora o crescimento fora revisado entre 1,8% e 2%.
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