Marcos Santos/USP Imagens
A taxa de juros mais alta na pesquisa do BC é a do rotativo do cartão
de crédito, que subiu 13,1 pontos percentuais para 360,6% ao ano
A taxa média de juros do crédito para as famílias continuou a subir em
maio e chegou ao recorde de 57,3% ao ano, a mais alta da série histórica
do Banco Central (BC), iniciada em março de 2011. De abril para maio, a alta chegou a 1,2 ponto percentual.
A inadimplência, considerados atrasos superiores a 90 dias, teve alta
de 0,1 ponto percentual e ficou em 5,4% para as pessoas físicas.
A taxa de juros mais alta na pesquisa do BC é a do rotativo do cartão
de crédito, que subiu 13,1 pontos percentuais para 360,6% ao ano. A taxa
média das compras parceladas com juros, do parcelamento da fatura do
cartão de crédito e dos saques parcelados, subiu 1,3 ponto percentual
para 115,9% ao ano.
A taxa do cheque especial
chegou a 232% ao ano, em maio, com alta de 6 pontos percentuais. Já a
taxa do crédito consignado (com desconto em folha de pagamento) subiu
0,3 ponto percentual para 27,2% ao ano.
A taxa média do crédito para as empresas subiu 0,3 ponto percentual
para 26,9% ao ano. A inadimplência das empresas subiu 0,1 ponto
percentual para 4%.
Esses dados são do crédito livre, em que os bancos têm autonomia para
aplicar o dinheiro captado no mercado e definir as taxas de juros.
No caso do direcionado (empréstimos com regras definidas pelo governo,
destinados, basicamente, aos setores habitacional, rural e de
infraestrutura), a taxa de juros do crédito para as empresas subiu 0,6
ponto percentual para 9,6% ao ano. No caso das famílias, houve alta de
0,3 ponto percentual, com taxa em 9% ao ano.
A inadimplência do crédito direcionado ficou estável em 0,7% para
empresas e subiu 0,1 ponto percentual para 2%, no caso das pessoas
físicas.
O saldo das operações de crédito no país chegou a R$ 3,081 trilhões, em
maio, com crescimento de 0,7% no mês e 10,1% em 12 meses. No ano, a
expansão ficou em 2,1%.
Nenhum comentário:
Postar um comentário