quarta-feira, 10 de junho de 2015

Franquias de alimentação esperam crescer 10%, diz ABF

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Alimentação
 
 
São Paulo - Apesar da instabilidade econômica, as franquias de alimentação estão otimistas e têm uma expectativa de crescimento de 10% em 2015. É o que revela a 9ª Pesquisa Setorial das Redes de Franquias de Alimentação 2014, encomendada pela Associação Brasileira de Franchising (ABF) e realizada pela ECD Food Service.

Para Enzo Donna, diretor da ECD Food Service, a expectativa para esse ano é conservadora, mas há espaço para crescer. “Precisa ter muito além de uma boa gastronomia, algumas outras coisas serão necessárias como investir em treinamentos”, afirmou durante a divulgação da pesquisa.

De acordo com o balanço anual do franchising do ano passado, o segmento de alimentação faturou 25,6 milhões de reais, cerca de 20% da receita total do setor. Ao todo, o segmento contabilizou 21.720 pontos de venda em 2014.
O levantamento teve como base um questionário respondido por 73 marcas do food service. O que contabiliza uma amostra de 9.134 lojas e representa 48,68% do total de associados da ABF desse segmento. 

A pesquisa revela um aumento do ticket médio de 2014 em relação à 2013. 

Segmento Variação Ticket Médio (%)
Cafeteria 15,8
Cervejaria 10,8
Brasileira 8,6
Italiana 10,2
Japonesa e outras 4,1
Variada 7,4
Doceria e boleria 8,7
Peixes e frutos do mar 7,4
Pizzaria 12,9
Sanduíche 2,5
Sorveteria 5,4
Outros 7,7

No sistema de franquias, o segmento de alimentação é um dos que mais emprega. As redes responderam por 158.034 postos de trabalho criados.
Veja abaixo as taxas de crescimento dos subsegmentos de food service:

Segmento Crescimento 2014/mesma base Crescimento em 2014/geral Expectativa para 2015
Total 5% 12% 10%
Cafeteria 14% 20% 14%
Cervejaria 13% 58% 38%
Brasileira 5% 10% 13%
Italiana 4% 12% 9%
Japonesa e outras 2% 9% 13%
Variada 8% 12% 24%
Doceria e boleria 6% 23% 12%
Peixes e frutos do mar 11% 13% 8%
Pizzaria 8% 22% 23%
Sanduíche 3% 11% 7%
Sorveteria 32% 34% 66%
Outros 12% 34% 68%

Custos

Os entrevistados afirmaram que os custos com mão de obra representaram 19% do faturamento das redes. A pesquisa também revela como as redes pesquisadas lidam com o consumo de água e energia. Nos 12 subsegmentos analisados, o custo médio da conta de água representa 1,02% do faturamento do ponto venda. A média do gasto com energia elétrica é de 3,28%, e o consumo de gás de 1,24% do faturamento.

Para Claudio Tieghi, diretor de Inteligência de Mercado, Relacionamento e Sustentabilidade da ABF, as redes ainda precisam evoluir bastante na questão do desperdício em atividades operacionais e no direcionamento do consumidor. “É envolver e pegar o consumidor pelo emocional, dar dicas para que ele possa fazer em casa. Essa mudança de hábito abre um espaço para interagir com o consumidor”, recomenda.

Tendências

Sobre políticas de sustentabilidade, grande parte (81%) das marcas entrevistadas revelou adotar ações para diminuir o impacto ambiental de suas atividades. Dessas, 69% praticam o consumo consciente de isumos, mas apenas 5% utilizam embalagens ecológicas nos negócios.

A pesquisa também indica que um número expressivo de marcas está usando produtos integrais e orgânicos nas redes. “Tem tudo a ver com o novo hábito do consumidor e mostra que as redes estão de olho atentas a isso”, conta Tieghi.

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