O Brasil começou uma campanha proativa para captação de
empresas que possam garantir uma cadeia fortalecida para o setor de
energia solar no país. Como primeira ação, a Agência Brasileira de
Promoção de Exportações e Investimentos (Apex-Brasil) organiza, em
parceria com a Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica
(Absolar), no dia 11 de junho, um evento na Intersolar, maior feira da
indústria solar do mundo, realizada em Munique, na Alemanha. O objetivo é
levar informações aos empresários sobre o potencial brasileiro, os
incentivos governamentais, as linhas de financiamento e os melhores
locais para instalar fábricas e parques de geração.
O evento será dividido entre um seminário com representantes dos
principais órgãos de Governo e empresas que tiveram sucesso no mercado
brasileiro, pela manhã, e um matchmaking entre Governos Federal e estaduais com empresas, e entre empresas brasileiras e potenciais investidores ou interessados em joint ventures,
à tarde. Haverá ainda visita técnica a um parque solar na Alemanha. A
estimativa é de que cerca de 25 empresas da Alemanha, Áustria, China,
Itália e Espanha estejam presentes.
Além
da Apex-Brasil, estarão no evento representantes do Banco Nacional do
Desenvolvimento (BNDES), da Agência Nacional de Energia Elétrica
(Aneel), da Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial (ABDI), do
Inmetro e também dos governos de Pernambuco, Minas Gerais e da Bahia.
Associações de classe do Brasil e da Alemanha também participarão do
seminário: a Absolar, do Brasil, e, do lado germânico, a Associação
Solar da Alemanha (BSW-Solar). Além disso, empresas do setor que já
estabeleceram no país com sucesso, como o Grupo Sowitec e a joint venture SunEdison & Renova, vão contar para o público presente como está sendo sua experiência com o mercado brasileiro.
Contexto
O Governo Federal brasileiro anunciou mais dois leilões de energia
solar para este ano. O primeiro deve ocorrer ainda este mês. De acordo
com as regras, os vencedores terão três anos para começar a oferecer o
produto para o Governo. “O Brasil está vivendo um momento efervescente
para o setor. Há demanda e há tempo hábil para que elas se instalem no
país. Vale lembrar que, além da energia contratada pelo Governo, há
interesse do consumidor que valoriza cada vez mais este tipo de
tecnologia”, explica o presidente da Apex-Brasil, David Barioni Neto.
“Queremos mostrar para quem ainda não decidiu se estabelecer no Brasil,
as oportunidades que temos a oferecer e as perspectivas de longo prazo
deste mercado no país. Este tema é uma das prioridades da área de
atração de investimentos estrangeiros”, destaca.
No ano passado, o Governo brasileiro realizou o primeiro leilão de
energia solar do Brasil. Foi o mais disputado da história, com cerca de
oito horas de negociações. O leilão atraiu investimentos da ordem de R$
7,1 bilhões, que serão utilizados também em empreendimentos de energia
eólica. Como resultado do Leilão de Energia de Reserva 2014, realizado
em outubro, a Empresa de Pesquisa Energética (EPE) prevê a construção de
mais 31 empreendimentos de energia solar. Os empreendimentos de energia
solar terão capacidade instalada total de 889,6 MW, o que daria para
abastecer 900 mil residências.
Em maio deste ano, o grupo chinês BYD anunciou a primeira fábrica de
painéis fotovoltaicos do Brasil, que será instalada em São Paulo. A meta
da empresa é produzir 400 MW de painéis solares por ano.
Invest in Brasil - Photovoltaics
11 de junho de 2015
De 8h30 às 16h
Intersolar 2015 – Munique, Alemanha
Salas 11 (seminário e almoço) e 13 (matchmaking)
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