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Sete Brasil: de acordo com jornal, o dinheiro virá dos atuais credores e de estaleiros e bancos estrangeiros
São Paulo – Depois de meses no sufoco, a Sete Brasil
recebeu uma notícia positiva. A companhia conseguiu uma injeção de
capital de 4 bilhões de dólares, vinda de seus sócios, credores e de
estaleiros asiáticos.
O BNDES, no entanto, não participará do resgate. O banco havia bloqueado um empréstimo bilionário, por causa das consequências da Operação Lava Jato e dos altos riscos envolvidos.
A informação é da Folha de S.Paulo.
De acordo com o jornal, o financiamento virá dos atuais credores, de estaleiros asiáticos que já estão no negócio e de bancos de desenvolvimento estrangeiros.
Os projetos da companhia precisaram ser totalmente refeitos, nos
últimos dois meses. Ao invés das 29 sondas que construiria para a
Petrobras, sua principal parceira, ela fornecerá apenas 15.
Histórico
A Sete Brasil está sofrendo há meses, principalmente por causa da crise
de sua principal parceira, a Petrobras. A estatal cancelou alguns
pedidos de construção de sondas para exploração do pré-sal que havia feito.
Além disso, no fim do ano passado, ela apareceu nas investigações da Operação Lava Jato.
Foi então que começou a afundar:
teve dificuldade de conseguir novos empréstimos e sofre com
rebaixamento de rating. Por conta disso, o BNDES bloqueou um empréstimo
de 10 bilhões de reais que havia prometido em 2010.
Por fim, a empreiteira não consegue pagar a dívida
de 3,6 bilhões de dólares, que tem com um grupo de bancos, como o Banco
do Brasil, Caixa Econômica Federal, Santander, Bradesco, Itaú e
Standard Chatered.
A empresa começou a olhar para o exterior, na tentativa de se recuperar. No entanto, para liberar o financiamento, bancos chineses exigiram garantias da empresa, como a liberação dos recursos do BNDES.
Entre os bancos
que já sinalizaram que podem ceder recursos à Sete Brasil estariam o
China Development Bank (CDB) e o Japan Bank for Internacional
Cooperation (JBIC).
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