Jason Lee/Files/Reuters
O ex-presidente da IAAF, Lamine Diack: a Adidas havia dito à IAAF que
vai encerrar seu contrato de patrocínio de 4 anos antes do previsto por
causa dos casos de doping e corrupção
Frankfurt - A Adidas,
um dos principais patrocinadores do atletismo mundial, está em "contato
próximo" com a Associação Internacional das Federações de Atletismo
(IAAF, na sigla em inglês), sobre os escândalos de doping e corrupção no
esporte, declarou nesta segunda-feira a empresa de material esportivo,
em meio aos relatos de que estaria considerando encerrar seu acordo.
"Adidas tem uma política clara antidoping", disse a empresa alemã.
"Estamos em contato próximo com a IAAF para saber mais sobre o seu
processo de reforma", acrescentou. "Todos os patrocinadores e parceiros
estão envolvidos em nosso processo de reforma", declarou a IAAF.
Uma reportagem da BBC afirmou que a Adidas havia dito à IAAF que vai
encerrar seu contrato de patrocínio de quatro anos antes do previsto por
causa dos casos de doping envolvendo o atletismo russo e das acusações
de corrupção profundamente enraizada na gestão anterior da IAAF.
Publicidade
</div>
<div id='passback-wb138775b0b'></div>
No início deste mês, uma investigação da Agência Mundial Antidoping
(Wada, na sigla em inglês) afirmou que a IAAF foi corrompida em seu
interior por um "poderoso grupo de malfeitores" chefiado pelo seu
presidente anterior, Lamine Diack, que conspirou para extorquir atletas,
permitindo que russos flagrados em exames antidoping continuassem
competindo.
Outros dirigentes da IAAF também cometeram delitos, disse o relatório
condenatório da Wada. Eles tinham conhecimento do nepotismo de Lamine
Diack que permitiu transformar a IAAF em um feudo pessoal durante o seu
reinado de 16 anos como presidente.
Uma questão fundamental levantada pelo relatório é que a alegada
corrupção sob Diack ia além da extorsão de atletas dopados e atingiu
outras áreas da IAAF.
Investigadores da Wada defenderam uma investigação detalhada sobre a
definição das sedes do Mundial de Atletismo entre 2009 e 2019, devido à
evidência que eles encontraram possíveis irregularidades. Isso incluiu
uma indicação de que Diack, um ex-membro do COI, vendeu seu voto no
processo de escolha da sede da Olimpíada para a candidatura de Tóquio em
troca de patrocínio de eventos da IAAF
Diack foi levado em custódia por autoridades francesas em novembro por
acusações de corrupção e lavagem de dinheiro. Ele é suspeito de receber
mais de 1 milhão de euros (mais de R$ 4,4 milhões) por chantagens e
encobrimentos de resultados positivos em exames antidoping.
Nenhum comentário:
Postar um comentário