James Gathany/Wikimedia Commons
São Paulo – Autoridades de saúde norte-americanas
estão estudando a possibilidade de proibir a viagem de mulheres
grávidas ao Brasil e países latino-americanos onde foram detectados
casos de infecção pelo Zika vírus, associado ao recente surto de microcefalia no país. A informação é do jornal The New York Times.
Os primeiros casos de Zika na América do Sul foram detectados em maio e,
de lá para cá, o Brasil já anota mais de 3,5 mil casos suspeitos da
doença em recém-nascidos. O surto alarmou o Centro de Controle e
Prevenção de Doenças (CDC, na sigla em inglês) dos Estados Unidos.
Além do Brasil, a lista inclui todos os países da região que
apresentaram contaminação, casos de Colômbia, El Salvador, Guiana
Francesa, Guatemala, Haiti, Honduras, Martinica, México, Panamá, Porto
Rico, Paraguai, Suriname e Venezuela. Essa seria a primeira vez que o
CDC determinaria uma proibição a uma região em específico.
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Um fator que ainda preocupa a agência é o impacto da decisão no turismo.
Em período de férias, proibir as grávidas de viajar por toda a América
Central e do Sul pode impactar o setor.
"Isso pode dizimar o turismo no Caribe", disse Peter J. Hotez, reitor da
Escola Nacional de Medicina Tropical da Baylor College of Medicine ao
NYT. "Mas não podemos esperar nove meses para agir, quando defeitos
congênitos começarem a aparecer nos partos e nas salas de cirurgia."
Segundo o jornal, a decisão sairia até o final dessa semana, mas nada
foi oficialmente informado. Os Estados Unidos registraram na semana
passada um caso de paciente no Texas infectado com o ZIka vírus, mas
tratava-se de alguém que retornava de viagem.
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