Alexandre Macieira/ Riotur
São Paulo - O Brasil terá o segundo pior resultado de crescimento em 2016 dentre as 93 economias pesquisadas pela Bloomberg.
Com recessão projetada de 2,5%, a economia brasileira fica atrás apenas da venezuelana, que deve contrair 3,3%.
"A projeção de PIB
do Brasil em 2016 combinada com a queda do ano passado coloca o país em
sua recessão mais profunda desde pelo menos 1901. Duas grandes agências
de rating já rebaixaram a dívida soberana do país para o status
'junk'", diz a Bloomberg em matéria ilustrada pelo Cristo Redentor no
Rio de Janeiro.
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A pesquisa foi feita entre outubro e dezembro e o resultado divulgado é a mediana.
O último Boletim Focus do Banco Central, lançado hoje com previsões de economistas, projeta contração de 2,99% para a economia brasileira em 2016.
O ano também deve ter quedas do PIB na Grécia (-1,8%), Rússia e Equador
(-0,5% cada). Mesmo alguns países com projeção de crescimento anual
também continuam sob o risco de recessões transitórias, segundo a
agência.
É o caso da Ucrânia: depois de dois anos terríveis economicamente após
conflitos internos e disputas com a Rússia, o país tem a previsão de
crescer 1,2% em 2016, mas ainda com chance de 60% de dois trimestres
seguidos de contração.
É o mesmo risco de recessão identificado na Argentina, onde o primeiro
ano de mandato do presidente Mauricio Macri tem previsão de crescimento
zero e deve ser marcado por ajustes fiscais, liberação do câmbio e
reformas liberais.
Completando a lista dos piores resultados do ano, mas já com
crescimento, estão Japão (1%), Finlândia (1%), Croácia (1,1%) e Suíça
(1,2%).
Em Taiwan, a chance de recessão é de 55% mesmo com a mediana prevendo
crescimento de 2%. Na outra ponta, com os melhores resultados esperados
para 2016, estão Índia (7,4%), Vietnã (6,6%), Bangladesh (6,6%) e China
(6,5%).
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