quinta-feira, 27 de novembro de 2014

Empresas querem mostrar inovação


Você considera que a sua empresa promove a inovação? O termo é usado excessivamente por companhias e é um modo de mostrar que estão na vanguarda, seja lá do que for: da tecnologia, da medicina, da moda, dos cosméticos. Virou moda exibir diretores de inovação, equipes de inovação, estratégias de inovação, etc.
Não significa, no entanto, que a empresa esteja realmente inovando em alguma coisa. Embora o termo remeta a uma transformação monumental, o progresso sendo descrito volta e meia é bem ordinário. E a maioria das empresas diz que é inovadora na esperança de levar o investidor a crer que há crescimento onde não há.

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Uma busca em informes de resultados anuais e trimestrais apresentados à agência reguladora do mercado aberto nos Estados Unidos, a SEC, revela que empresas citaram alguma variação do termo “inovação” 33.528 vezes em 2013, alta de 64% em relação a cinco anos antes. E mais de 250 livros com o termo “innovation” no título foram lançados em um trimestre do ano — a maioria na seção de administração, segundo pesquisa na Amazon.com.

A febre da inovação fez nascer toda uma indústria de consultoria. Empresas do ranking das cem maiores da revista “Fortune” pagam a consultores de inovação entre US$ 300.000 e US$ 1 milhão para a colaboração em um único projeto, o que pode chegar a US$ 1 milhão e US$ 10 milhões ao ano, estima a consultoria de estratégia de inovação americana Booz & Co. Além disso, quatro de cada dez executivos dizem que sua empresa hoje tem um diretor de inovação. A maioria deles admitiu que sua empresa ainda não tem uma estratégia de inovação clara para respaldar o posto.

Informações: The Wall Street Journal

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