Você considera que a sua
empresa promove a inovação? O termo é usado excessivamente por
companhias e é um modo de mostrar que estão na vanguarda, seja lá do que
for: da tecnologia, da medicina, da moda, dos cosméticos. Virou moda
exibir diretores de inovação, equipes de inovação, estratégias de
inovação, etc.
Não significa, no entanto, que a empresa
esteja realmente inovando em alguma coisa. Embora o termo remeta a uma
transformação monumental, o progresso sendo descrito volta e meia é bem
ordinário. E a maioria das empresas diz que é inovadora na esperança de
levar o investidor a crer que há crescimento onde não há.
Uma busca em informes de resultados
anuais e trimestrais apresentados à agência reguladora do mercado aberto
nos Estados Unidos, a SEC, revela que empresas citaram alguma variação
do termo “inovação” 33.528 vezes em 2013, alta de 64% em relação a cinco
anos antes. E mais de 250 livros com o termo “innovation” no título
foram lançados em um trimestre do ano — a maioria na seção de
administração, segundo pesquisa na Amazon.com.
A febre da inovação fez nascer toda uma
indústria de consultoria. Empresas do ranking das cem maiores da revista
“Fortune” pagam a consultores de inovação entre US$ 300.000 e US$ 1
milhão para a colaboração em um único projeto, o que pode chegar a US$ 1
milhão e US$ 10 milhões ao ano, estima a consultoria de estratégia de
inovação americana Booz & Co. Além disso, quatro de cada dez
executivos dizem que sua empresa hoje tem um diretor de inovação. A
maioria deles admitiu que sua empresa ainda não tem uma estratégia de
inovação clara para respaldar o posto.
Informações: The Wall Street Journal
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