quinta-feira, 27 de novembro de 2014

Dilma planeja mudanças no setor de energia e petróleo


Ueslei Marcelino/Reuters
Presidente da Petrobras, Maria das Graças Foster, com o Ministro de Minas e Energia, Edison Lobão, durante comemoração ao aniversário da estatal no Congresso Nacional
Presidente da Petrobras, Graça Foster, com o ministro de Minas e Energia, Edison Lobão: a primeira providência deve ser a demissão de Lobão
 
João Domingos, do Estadão Conteúdo


Brasília - Dilma Rousseff está disposta a promover fortes mudanças no setor de energia, petróleo e gás do governo, conforme disseram ao jornal O Estado de S. Paulo políticos que conversaram com a presidente sobre a escolha dos primeiros ministros do segundo mandato.

Essa seria a principal resposta de Dilma à sequência de escândalos de corrupção na Petrobrás e aos problemas de gestão na Eletrobrás.

A primeira providência deve ser a demissão do ministro de Minas e Energia, Edison Lobão (PMDB-MA), protegido do senador José Sarney (PMDB-AP).

A decisão já foi comunicada tanto a Sarney quanto ao presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), com o qual Dilma conversou na segunda-feira.

Outra providência que poderá ser adotada é a troca da direção da Petrobrás, apesar de Dilma ser amiga pessoal de Graça Foster, presidente da estatal.

Para o lugar de Lobão a presidente estaria trabalhando com dois nomes de sua inteira confiança: o chefe de Gabinete Giles Azevedo, que foi um dos coordenadores da campanha à reeleição, e a ministra do Planejamento, Miriam Belchior, que cederá o lugar para o ex-secretário executivo da Fazenda Nelson Barbosa.

Os dois, conforme os políticos que conversaram com Dilma, obedeceriam cegamente às instruções da presidente, que foi ministra de Minas e Energia nos três primeiros anos do primeiro mandato do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

Para a presidência da Petrobras, em substituição a Graça Foster, Dilma chegou a pensar no governador da Bahia, Jaques Wagner (PT), mas desistiu. Ela o quer num ministério. Depois, falou-se na possibilidade de nomeação de Alexandre Tombini, que deixaria o Banco Central para assumir a Petrobras. 

A justificativa é que o presidente de uma estatal que trabalha com commodities, como a Petrobras, teria de ser alguém que conhece o mercado.

Agora, de acordo com interlocutores de Dilma, ela pensa em Luciano Coutinho para a estatal. Coutinho é o atual presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). 


As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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