Ueslei Marcelino/Reuters
Presidente da Petrobras, Graça Foster, com o ministro de Minas e
Energia, Edison Lobão: a primeira providência deve ser a demissão de
Lobão
João Domingos, do Estadão Conteúdo
Brasília - Dilma Rousseff está disposta a promover fortes mudanças no setor de energia,
petróleo e gás do governo, conforme disseram ao jornal O Estado de S.
Paulo políticos que conversaram com a presidente sobre a escolha dos
primeiros ministros do segundo mandato.
Essa seria a principal resposta de Dilma à sequência de escândalos de
corrupção na Petrobrás e aos problemas de gestão na Eletrobrás.
A primeira providência deve ser a demissão do ministro de Minas e
Energia, Edison Lobão (PMDB-MA), protegido do senador José Sarney
(PMDB-AP).
A decisão já foi comunicada tanto a Sarney quanto ao presidente do
Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), com o qual Dilma conversou na
segunda-feira.
Outra providência que poderá ser adotada é a troca da direção da
Petrobrás, apesar de Dilma ser amiga pessoal de Graça Foster, presidente
da estatal.
Para o lugar de Lobão a presidente estaria trabalhando com dois nomes
de sua inteira confiança: o chefe de Gabinete Giles Azevedo, que foi um
dos coordenadores da campanha à reeleição, e a ministra do Planejamento,
Miriam Belchior, que cederá o lugar para o ex-secretário executivo da
Fazenda Nelson Barbosa.
Os dois, conforme os políticos que conversaram com Dilma, obedeceriam
cegamente às instruções da presidente, que foi ministra de Minas e
Energia nos três primeiros anos do primeiro mandato do ex-presidente
Luiz Inácio Lula da Silva.
Para a presidência da Petrobras, em substituição a Graça Foster, Dilma
chegou a pensar no governador da Bahia, Jaques Wagner (PT), mas
desistiu. Ela o quer num ministério. Depois, falou-se na possibilidade
de nomeação de Alexandre Tombini, que deixaria o Banco Central para
assumir a Petrobras.
A justificativa é que o presidente de uma estatal que trabalha com
commodities, como a Petrobras, teria de ser alguém que conhece o
mercado.
Agora, de acordo com interlocutores de Dilma, ela pensa em Luciano
Coutinho para a estatal. Coutinho é o atual presidente do Banco Nacional
de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).
As informações são do
jornal O Estado de S. Paulo.
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