A Comissão de Relações Exteriores e Defesa Nacional (CRE) aprovou,
quinta-feira passada (30/10), sete requerimentos de audiências públicas
apresentados pelo presidente do colegiado, senador Ricardo Ferraço
(PMDB-ES). Um dos temas a serem discutidos é a situação dos imigrantes
no Brasil. Ferraço disse que vai tentar realizar todas as audiências
ainda este ano.
Ferraço quer saber o nível de preparação do país para lidar com o
aumento expressivo no número de estrangeiros em território nacional. O
senador sugeriu a presença do secretário nacional de Justiça, Paulo
Abraão Pires Júnior, e do diretor do Departamento de Estrangeiros do
Ministério da Justiça, João Guilherme Lima. Também devem ser convidados o
chefe da Procuradoria Federal dos Direitos do Cidadão, Aurélio Veiga
Rios, e a professora de Relações Internacionais da USP Rossana Rocha
Reis.
- Nos últimos anos o nosso país vem sendo destino de muitos
imigrantes, não apenas da América do Sul, mas de outros continentes. Há
necessidade de o Estado brasileiro se organizar, se estruturar em torno
dessa questão, porque não apenas acolher, mas dar um caminho seguro a
essas pessoas que buscam em nosso país uma alternativa de vida – disse
Ferraço.
A senadora Ana Amélia (PP-RS) pediu a presença de uma entidade que
represente os imigrantes e da Polícia Federal para dar informações sobre
a fiscalização de fronteiras. O senador Eduardo Suplicy (PT-SP) sugeriu
convidar o padre Paolo Parise, que, em São Paulo, trabalha com a
Pastoral do Imigrante.
- Ele é justamente o pároco da principal igreja católica em São Paulo
que tem recebido e acolhido, inclusive foi feito um entendimento junto à
prefeitura municipal de São Paulo, para melhor acolher os haitianos,
senegaleses, angolanos – justificou Suplicy.
O senador Sérgio Petecão (PSD-AC) falou de sua preocupação com a entrada de imigrantes no Acre.
- Penso que seria prudente que o governo brasileiro reforçasse a
fiscalização, o tratamento na área de saúde, para que nós possamos dar
tranquilidade à população brasileira. O número de imigrantes é grande,
as condições em que eles chegam ao nosso país são as piores possíveis –
afirmou.
Marilia Coêlho
(Senado Notícias – 30/10/2014)
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