terça-feira, 25 de novembro de 2014

Agora vai!

A presidente Dilma Rousseff anunciará a equipe econômica do segundo mandato na quinta-feira. Joaquim Levy está confirmado no comando do Ministério da Fazenda; Nelson Barbosa, no Planejamento; e Alexandre Tombini, permanece no Banco Central (BC) por mais quatro anos. 

Claudia Safatle apurou que os futuros presidentes do Banco do Brasil e da Caixa devem ser apresentados também na quinta. Fonte do Palácio do Planalto informou que Levy e Barbosa devem anunciar alguns dos seus secretários no mesmo dia. Com este (imenso) passo dado, a presidente falará das diretrizes econômicas do Dilma 2. E deve assumir um compromisso com o “controle rígido de gastos”. Paralelamente a essas decisões, mas parte de um arranjo ampliado, A Comissão Mista de Orçamento aprovou, ontem à noite, alteração na LDO 2014 proposta pelo governo e a Democracia Socialista (DS), conquistou dois postos no primeiro escalão do governo.

O relatório do projeto que altera a Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) de 2014, o que permite ao Executivo abandonar a meta fiscal este ano, ao descontar do resultado os investimentos com o Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) e as desonerações de tributos concedidas ao longo do ano. O projeto segue para o plenário do Congresso, mas será votado após a decisão dos parlamentares sobre vetos da presidente que trancam a pauta de votação.

Nesta segunda-feira, de desalento no mercado financeiro ao longo do dia com o silêncio do Planalto a respeito da futura equipe econômica, a principal corrente de esquerda do PT, a Democracia Socialista (DS), conquistou dois postos no primeiro escalão do governo. Um dos coordenadores da campanha de reeleição, o ex-ministro do Desenvolvimento Agrário Miguel Rossetto deverá assumir a Secretaria-Geral da Presidência, no lugar de Gilberto Carvalho. Rossetto fará a interlocução com os movimentos sociais. A DS continuará no Desenvolvimento Agrário com Carlos Mário Guedes de Guedes, atual presidente do Incra, relata César Felício, do Valor.

Raymundo Costa afirma em sua coluna política publicada nesta terça-feira, no Valor, que é possível atribuir a vários motivos o adiamento do anúncio dos nomes dos novos ministros na sexta-passada. Lembra que é visível o dedo do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva na formação da equipe. Mas a presidente também saiu das eleições presidenciais de outubro convencida de que precisava fazer uma aliança para acalmar um setor refratário a seu governo. O PT não deve constituir problema para a nova equipe econômica em situação parecida com a de 2003, quando o presidente Lula assumiu o primeiro mandato e delegou a Antonio Palocci o ajuste necessário a ser feito na economia.

O roteiro é o mesmo. A inflexão à ortodoxia do governo Dilma pode dar problemas internos, mas deve ser assimilada, especialmente se projetar a perspectiva de que a presidente possa entregar resultados positivos em seus dois últimos anos de governo e fazer a transição para um novo governo do PT. Esse é o horizonte também de Lula, que fala em ser candidato em 2018. A sério, segundo ministros do atual governo que se mantêm próximos do ex-presidente.

Em tempo:  A Democracia Socialista (DS) também está representada no primeiro mandato da presidente Dilma Rousseff por Arno Augustin, secretário do Tesouro Nacional desde junho de 2007. 

Antes de assumir este posto, Augustin foi Secretário-Executivo Adjunto do Ministério da Fazenda.

Nenhum comentário:

Postar um comentário