Oscar Cabral/VEJA
Obras na Refinaria Abreu e Lima, em Pernambuco
São Paulo – Mais de 4.000 trabalhadores da Alumini Engenharia, que prestavam serviços nas obras da refinaria Abreu e Lima da Petrobras, em Ipojuca, Pernambuco, pediram na Justiça a rescisão indireta de seus contratos de trabalho na última semana.
Os trabalhadores alegam não receber salários
e outros benefícios básicos, como alimentação servida nos alojamentos
das obras. Eles também correm o risco de serem despejados do local.
A crise na refinaria Abreu e Lima começou no final de setembro, quando
cerca de 80 trabalhadores foram dispensados e não receberam suas verbas
rescisórias. Em outubro, outras 120 pessoas foram demitidas nas mesmas
condições. Todos estão até hoje aguardado o acerto de contas.
Segundo Sindicato dos Trabalhadores das Indústrias de Construção de
Estradas, Pavimentação e Obras de Terraplenagem em Geral no Estado de
Pernambuco, (Sintepav-PE), a Petrobras já foi acionada judicialmente
sobre o caso e tinha até ontem para resolver o problema dos
trabalhadores demitidos e dos outros 4000 que pediram rescisão indireta
de contrato de trabalho – o que não ocorreu.
“Entendemos que a Petrobras gerenciou mal os contratos de suas obras.
Foi omissa na fiscalização dos projetos”, afirmou uma fonte próxima ao
assunto, que prefere ter ser nome preservado.
Procurada, até a publicação desta reportagem, a Petrobras não se manifestou sobre o assunto.
A Alumini, por meio de nota, afirmou estar empenhando todos os esforços
no sentido de solucionar o mais rapidamente possível a situação dos
trabalhadores da Abreu e Lima.
“Estamos permanente em tratativa com o contratante da obra para que os
pagamentos sejam liberados a fim de que todos os trabalhadores tenham
seus direitos assegurados”, disse a empresa.
As obras na refinaria Abreu e Lima são orçadas em 18,5 bilhões de dólares. Segundo informações da Folha de S. Paulo, desta terça-feira, a dívida da Petrobras não paga à Alumini é de 1,2 bilhão de reais.
Nenhum comentário:
Postar um comentário