quinta-feira, 27 de novembro de 2014

Negocios Promissores para 2015



Por João-Francisco Rogowski.*


O Brasil e o mundo vivem um momento dicotômico, curioso até, crise e prenúncio de crise por todo lado, e, em contrapartida, é na crise que surgem muitas e novas oportunidades de sucesso. 

A meu sentir as crises nada mais são do que o romper com paradigmas anacrônicos, é a morte das velhas e desgastadas concepções e estruturas, é o novo forçando a passagem. 

Se por um lado o mercado demonstra apreensão e cautela em relação a novos investimentos, sobretudo, no Brasil, por outra banda há que se reconhecer que a força motriz da vida é irrepresável assim como o tempo também. Como disse o poeta “o tempo não pára!”. O novo vem aí!

Os avanços tecnológicos são estonteantes, as concepções da humanidade, ainda que lentamente estão mudando, o foco começa a se alterar do eu, para o todo, para a visão de vida comunitária, para o conceito de sustentabilidade, cidades inteligentes, transporte público humanizado, uso de energias limpas, etc.

A conclusão é simples, as boas oportunidades de negócios estão nas novas tendências de mercado. Para não me estender em demasia, cito apenas dois exemplos ilustrativos:

I) Planejamento estratégico para minimizar a emissão de gases nocivos na atmosfera, oferta de fontes alternativas de energia e o desenvolvimento de materiais não poluentes.

II) Logística reversa – o comitê orientador para implementação de Sistemas de Logística Reversa formado pelos ministérios do Meio Ambiente, da Saúde, da Fazenda, da Agricultura, Pecuária e Abastecimento e do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, tem definido regras para devolução dos resíduos (aquilo que tem valor econômico e pode ser reciclado ou reutilizado) à indústria, para reaproveitamento, em seu ciclo ou em outros ciclos produtivos. As indústrias precisam urgentemente de prestadores de serviços especializados no descarte e reciclagem dos resíduos.

Talvez eu devesse discorrer ainda sobre energia eólica, solar, e outras fontes, novas tecnologias para construção civil e agricultura, mas não é objetivo deste artigo, em outro momento abordaremos esses temas, todavia, não posso deixar de mencionar as novas oportunidades que se abrem para a área jurídica devido a falência do judiciário, que com sua estrutura paquidérmica, pesada, cara e ineficiente não consegue mais dar as respostas e na celeridade que o jurisdicionado almeja. A situação da justiça brasileira é calamitosa, mas outros países também enfrentam problemas.

Há mais de trinta de anos pesquiso sobre os métodos ou meios alternativos de resolução de litígios, fundei o PRIMEIRO TRIBUNAL DE BAIRRO DO PAÍS no Brasil em 1990 que se revelou já naquela época uma solução exitosa para os conflitos de vizinhança.

Meios alternativos para resolução de litígios são mecanismos que podem ser usados ​​para resolver um conflito, disputa ou reclamação. Apresentam várias vantagens. Por exemplo, muitos processos de resolução de conflitos são mais baratos e mais rápido do que o processo legal tradicional. A simplicidade e a oralidade permite maior participação das partes na busca de uma solução, bem como mais controle sobre o resultado da disputa. Além disso, os processos de resolução de conflitos são menos formais e têm regras mais flexíveis do que os tribunais estatais. 

Alguns procedimentos já são bastante utilizados no Brasil, mas são poucos, como por exemplo o inventário rápido, entretanto, há uma enormidade de possibilidades ainda inexploradas. Inúmeras organizações não governamentais, corporativas, e, sobretudo, as igrejas e instituições de confissão cristã poderiam e deveriam participar desse movimento revolucionário, já que dele emerge uma questão teológica importante.

O Apostolo Paulo já exortava a igreja de Corinto a buscar a solução de conflitos dentro da Igreja e não no mundo (1 Coríntios 6:2-4). No Antigo Testamento também exsurge a preocupação de Deus para com a solução dos litígios entre o povo. (Deuteronômio 1:16-17; 2 Crônicas 19:5-6).

Percebe-se, portanto, a necessidade da criação de assessorias especializadas, câmaras de conciliação, tribunais arbitrais, entre outros.

Vou ficando por aqui, não pretendo me alongar neste artigo cujo objetivo é apenas dar o start, abrir o debate a fim de arejar as ideais e ampliar os horizontes.

Compartilho a seguir matéria da jornalista Camila Lam, de EXAME.com, onde especialistas listaram os setores mais interessantes para quem deseja empreender e investir no ano que vem. 

Boa leitura!



*.  Consultor Jurídico,  Gestor de Bens e Direitos.

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