Divulgação / Polícia Federal
Agentes da Polícia Federal em ação da Operação Lava Jato
São Paulo - Presos na Operação Lava Jato, presidentes, vice-presidentes e diretores de grandes empreiteiras têm enfrentado um dia-a-dia de privações na carceragem da Polícia Federal em Curitiba, segundo mostra reportagem publicada pela revista Veja.
De acordo com o texto, parte dos executivos é obrigada a dormir no chão, uma vez que não há camas suficientes para todos.
A restrição ao cigarro também tem incomodado os presos. Segundo a
reportagem, quatro deles estão usando adesivos de nicotina para
apaziguar os sintomas da abstinência.
Veja a seguir dez detalhes que mostram como é a vida dos executivos na prisão, segundo a reportagem de Veja:
Camas
Sem camas suficientes para todos, parte dos presos dorme no chão. São
três beliches para ao menos 12 presos. O critério para decidir quem
teria um sono mais confortável foi a idade: mais velhos nas camas e mais
novos no chão.
Lounge
Assim que acordam, os presos empilham os colchões do lado de fora das
celas, para que sirvam de sofás. É nesse lounge improvisado que eles
passam a maior parte do dia.
Paletó
Segundo a reportagem, nenhum dos executivos usa uniforme. A maioria
passa o dia de chinelos, jeans e camisa polo. No entanto, o presidente
da Camargo Corrêa, Dalton dos Santos Avancini, faz questão de passar o
dia de paletó.
Desentupidor
A revista conta que, num fim de semana, um dos três banheiros usados
pelos executivos entupiu. Quem resolveu o problema foi o
diretor-presidente da Galvão Engenharia, Erton Medeiros Fonseca.
Banho de sol
De acordo com a publicação, os presos pediram mudanças no horário do
banho de sol. Queriam que fosse mais tarde, já que o pátio ainda é frio
nos horários programados: das 8h às 10h e das 10h às 12h. O pedido foi
negado. Os dois turnos são para evitar que Alberto Youssef tenha contato
com os outros presos, já que muitos foram detidos após delação do
doleiro.
Abstinência
Quatro presos estão usando adesivos de nicotina para aliviar a
abstinência. O presidente da UTC, Ricardo Pessoa, é um dos que vem
sofrendo com a falta do cigarro, proibido inclusive no pátio.
Choro
Apontado como coordenador do clube das empreiteiras, Ricardo Pessoa é o
mais abatido dentre os presos. Em alguns momentos, quando está sozinho,
o executivo chora.
Água Evian e chocolate belga
A PF não permite entrada de refeições vindas de fora. A exceção é para
biscoitos, chocolates e outros produtos em embalagens fechadas. A única
bebida autorizada é água. Segundo a reportagem, os presos aproveitam com
podem a permissão, e já receberam chocolate belga e água da marca
francesa Evian.
Parlatório
Todas as visitas são recebidas no parlatório, onde os presos falam com
parentes e advogados por telefone, separados por um vidro. Das três
cabines, só duas estão disponíveis, pois o doleiro Youssef quebrou o
vidro de uma delas durante uma discussão com um visitante.
Jogatina
Encontrar formas de passar o tempo também parece ser um desafio para os
executivos. Segundo a reportagem, advogados tentaram entregar baralhos e
fichas aos presos. A PF não autorizou.
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