sexta-feira, 31 de julho de 2015

Em crise, consumidor troca carro por roupa, diz Renner






Germano Lüders / VOCÊ RH
Loja da Renner
A Renner quer atrair consumidores que deixam de comprar um carro ou um eletrodoméstico para comprar uma roupa
 
 
 
São Paulo - A crise econômica não abalou os resultados da Renner, que apresentou lucro de 158,2 milhões de reais no segundo trimestre, avanço de 33,5% em relação ao mesmo período do ano passado. Pelo contrário, tem ajudado a varejista a negociar os aluguéis e com seus fornecedores, além de atrair mais consumidores.

Com a situação econômica instável, a empresa espera captar mais clientes que estão em busca de economizar seus gastos. “Há clientes que estão migrando de um consumo de roupas de preços mais elevados para a Renner”, afirmou José Galló, presidente da companhia.

Para ele, a Renner também atrai consumidores que deixam de comprar um carro ou um eletrodoméstico para comprar uma roupa. “O consumidor não vai deixar de comprar”, mesmo em ano de crise, afirmou.
Com a situação econômica instável, a Renner tem conseguido negociar aluguéis de suas lojas em shopping, tanto em lojas novas quanto nas já existentes, das marcas Camicado e Youcom. “Em lojas novas, estamos conseguindo negociações melhores”, disse o presidente.

Para se proteger do impacto das variações cambiais, todas as operações de 2015 até o primeiro semestre de 2016 estão com uma taxa cambial fixa e travada.

“Os preços do algodão e tecidos sintéticos também caíram, efeitos que ajudam a mitigar a alta do dólar”, afirmou Laurence Gomes, CFO e diretor de Relações com Investidores.

Além disso, a empresa ampliou o seu escritório na China, para ampliar os seus fornecedores no exterior. Com um volume maior de compras feitas no exterior, a companhia consegue ter mais força para negociar os preços. 

No caso de fornecedores locais, “o mercado doméstico mais fraco pode ajudar também a flexibilizar o custo de produtos nacionais”, afirmou o executivo.

Operadora Abertis prepara aquisições nas Américas




shansekala/Thinkstock
 
Estrada
Estrada: companhia disse que está estudando a aquisição de oito estradas
 
Da REUTERS


Madri - A operadora espanhola de estradas Abertis disse nesta quarta-feira que usou parte do caixa obtido com a listagem de sua unidade de telecomunicações Cellnex para fazer baixa contábil de ativos e que agora está se preparando para novos acordos e aquisições.

A companhia disse que está estudando a aquisição de oito estradas na Espanha, Itália, Chile, Brasil, Estados Unidos e Porto Rico por um valor total de até 9 bilhões de euros.

A empresa, que ganhou 2,7 bilhões de euros com a listagem da divisão, aprovou uma provisão de 769 milhões de euros relacionada à rodovia espanhola AP-7 após o governo do país entrar com recurso contra um acordo de 2006 para compensar a Abertis pela queda no tráfego.
Tendo reduzido a dívida, a companhia disse que agora vai impulsionar as ações em tesouraria usando 963 milhões de euros para recomprar 6,5 por cento de suas próprias ações a 15,70 euros cada, acrescentando que está pronta para usar o montante em potenciais acordos corporativos.

A companhia sediada em Barcelona teve lucro líquido de 1,68 bilhão de euros, ante 308 milhões no mesmo período do ano passado. Excluindo efeitos não recorrentes, o lucro líquido subiu 5 por cento na comparação anual.

Crise e caso Petrobras afetam fusões na América Latina


Paulo Whitaker/Reuters
 
 
Logotipo da Petrobras visto em refinaria em Cubatão
Logotipo da Petrobras visto em refinaria em Cubatão
 
Da EFE


São Paulo - A crise política no Brasil e o gigantesco escândalo de corrupção na Petrobras afetam o processo de fusões e aquisições de empresas na América Latina, segundo um estudo divulgado nesta quinta-feira em São Paulo.

O relatório da empresa de consultoria Intralinks sobre tendências e previsões para níveis de atividades futuras em fusões e aquisições prevê um recorde global em 2015, com um crescimento de 8% no segundo semestre e de 11% para este ano, ambos em comparação com os mesmos períodos de 2014.

Na América Latina, apesar de um incremento após uma inatividade desde o final de 2013, o crescimento de fusões e aquisições em fase inicial foi de 0,5% no primeiro semestre deste ano e as previsões não dão sinais de avanço em curto prazo.
"Por ser a principal economia da região, o Brasil afeta substancialmente os resultados da América Latina", comentou Claudio Yamashita, diretor-geral da Intralinks Brasil.

Yashimata apontou que a América Latina "já sofre com os preços baixos das matérias-primas e a alta cotação do dólar e as atuais crises econômica e política brasileiras, somadas ao escândalo de Petrobras, só servem para agravar o descrédito e impactar as atividades de fusões e aquisições".

O Fundo Monetário Internacional (FMI) prevê que o crescimento econômico na América Latina não deve passar de 1% em 2015 e dar sinais de recuperação em 2016, com exceções em países como Chile, México e Peru, que superam a média na região.

A região no mundo com maior crescimento de fusões e aquisições em 2015, segundo o estudo, será a da Ásia-Pacífico com um avanço de 16%, seguida da América do Norte, Europa, Oriente Médio e África, todas com 10% de aumento. 

Petrobras recupera R$ 139 milhões desviados por corrupção


Ueslei Marcelino/Reuters
 
 
Ex-diretor da Petrobras Paulo Roberto Costa

Do dinheiro devolvido hoje, R$ 70 milhões foram entregues pelo ex-diretor de Abastecimento da Petrobras, Paulo Roberto Costa
 
Da EFE


Rio de Janeiro - A Petrobras recebeu de volta nesta sexta-feira R$ 139 milhões que fazem parte dos cerca de R$ 6,2 bilhões desviados da empresa pela rede de corrupção que atuava na estatal há pelo menos uma década.

O dinheiro foi entregue pelo Ministério Público, responsável pela repatriação dos recursos desviados, após os acordos aos quais chegou com dois dos acusados para que devolvessem a fortuna e colaborassem nas investigações em troca de reduções de suas futuras penas.

Os recursos recuperados foram devolvidos à Petrobras em cerimônia realizada na sede da empresa, no Rio de Janeiro, na qual participaram o presidente da companhia petrolífera, Aldemir Bendine, e o procurador-geral da República, Rodrigo Janot.
"Este é um ato simbólico para reverter esse cenário negativo e permitir que tenhamos novamente orgulho. O que fizeram foi, além de saquear barbaramente os recursos da empresa, retirar o orgulho que a sociedade brasileira sentia pela estatal", afirmou Janot.

Do dinheiro devolvido hoje, R$ 70 milhões foram entregues pelo ex-diretor de Abastecimento da Petrobras, Paulo Roberto Costa, um dos principais envolvidos no escândalo.

Os outros R$ 69 milhões foram repatriados de contas na Suíça abertas por Pedro Barusco, que durante muitos anos foi gerente de serviços da estatal.

Esta foi a segunda ocasião em que o Ministério Público entregou à Petrobras parte dos recursos recuperados.

No último mês de maio a empresa recebeu R$ 157 milhões entregues por acusados que admitiram sua responsabilidade e concordaram devolver o que foi desviado.

Bendine disse hoje que tem esperanças que a Petrobras recupere todos os recursos desviados, que, segundo os próprios cálculos da empresa, chegam a R$ 6,2 bilhões.

O presidente da estatal também anunciou novas medidas para reforçar os controles internos, garantir a transparência das contas da companhia petrolífera e evitar novos casos de desvios.

Entre as medidas anunciadas se destaca a que impede que decisões importantes sejam adotadas individualmente e as condiciona à aprovação de um colegiado.

A Petrobras também decidiu dar maior autonomia aos órgãos internos de investigação para que possam receber denúncias dos funcionários e determinou que todos seus prestadores de serviços e abastecedores se comprometam com seu código de ética.

Atualmente há 32 empresas proibidas de participar de licitações da estatal, incluindo várias das grandes construtoras do país, que poderão reverter esse veto quando se comprometerem com as medidas de transparência da Petrobras.

Tais empresas são investigadas justamente por participar da rede de corrupção que desviava recursos da estatal. 

O cavalinho branco ganha o mundo






Saiba como nasceu a Renner Herrmann, case de “100 Marcas do Rio Grande”




No final dos anos 1950, a Renner Herrmann S/A, fabricante das Tintas Renner, buscava uma imagem que pudesse ser utilizada como logotipo, o símbolo maior de um negócio que visava fabricar tintas, criado havia três décadas, em 1927, com a razão social Renner Koepcke, no bairro Navegantes, em Porto Alegre. Mas qual imagem? A resposta veio de uma pequena coincidência: o nome Renner, em alemão, significa “corredor”. E foi justamente essa a ideia que levou a empresa a apostar na figura – que depois faria história na propaganda gaúcha – do cavalo branco em plena disparada. Como convém aos bons logos, este acabou simbolizando muito mais do que um simples corredor. Na força e altivez do cavalo branco sobre um quadro vermelho, na simplicidade e pureza dos traços, ela resumiu e ajudou a dar personalidade a uma das mais sólidas marcas corporativas da história do Rio Grande do Sul.

Desde muito cedo, a Renner, transformada em Renner Herrmann a partir de 1941, mostrou vocação para desbravar mercados. Naquele mesmo ano, a empresa quase deixou de existir sob uma grande enchente que varreu suas instalações, então à beira do Rio Guaíba. Mas, com muita força de vontade e ânimo de seus líderes, a empresa se reergueu, mudando-se para a região do Passo D’Areia, também em Porto Alegre. Um pouco antes, ela já dava bons sinais de dinamismo. Durante a Grande Depressão de 1929 e a dificuldade de acesso a bens de consumo, a Renner percebeu que seria viável contar com uma própria unidade de fabricação de latas – que foi fundada em 1933. Assim, com capacidade para embalar suas próprias tintas, ganhou mais competitividade e credibilidade.

No início, o foco da Renner eram apenas as tintas decorativas – aquelas utilizadas para pintar residências e edifícios. Por isso, durante muitos anos, as Tintas Renner se comunicaram com o mercado por meio de veículos de massa. Quando a televisão chegou ao Rio Grande do Sul, em meados de 1959, a Renner logo despontou como um grande anunciante. As ações publicitárias também englobavam inserções em rádio, materiais de ponto de venda e até patrocínio de clubes de futebol – quem não lembra daquele lendário time do Grêmio que conquistou a Copa Libertadores da América (1995), o Campeonato Brasileiro (1996) e a Copa do Brasil (1997), entre outros títulos, sempre levando consigo a marca Renner na camiseta? E o Grêmio não foi o único. A Renner chegou a patrocinar, ao mesmo tempo, dez clubes em diferentes estados e países.

No final dos anos 1950, a empresa adotou um jingle que faria história, sendo imediatamente lembrado pelos consumidores na hora de escolher suas tintas. Em ritmo de samba, a peça dizia Em matéria de pintura, quem dá as tintas é a Renner – o que se tornaria um dos slogans mais bem-sucedidos da publicidade brasileira. Era a primeira campanha de caráter institucional e massivo, adotada na comemoração de 30 anos da empresa, com o objetivo de reposicionar sua imagem. O jingle acabou puxando uma estratégia de comunicação que se estendeu pelo país inteiro e reforçou a expansão nacional da empresa.

Foi na década de 1960 que a Renner começou a buscar espaço no centro do país, com a construção de fábricas em São Paulo e na Bahia. Nos anos de 1970 até meados de 1980, o processo se intensificou com a aquisição de várias empresas. Algumas delas eram tão grandes quanto a própria Renner – casos da Ideal, da Polidura e da Oxford/Luxforde, ambas de São Paulo. Nesse período, a Renner adquiriu o controle de uma empresa paulista que, embora pequena, mostrava-se muito promissora. Focada no fornecimento de tintas e vernizes de alto desempenho para a indústria moveleira, a Sayerlack se tornaria, nas décadas seguintes, um dos pilares do crescimento e da internacionalização da marca Renner.  

Internacionalização que deslancharia, mesmo, nos anos 1990. Primeiro, no Uruguai, com a construção da planta da Pinturas Renner Uruguay. Depois, pela ordem, com a compra da Pamex na Argentina – transformada em Pinturas Renner Argentina – e da Blundell, no Chile – que foi rebatizada como Pinturas Renner Chile. Logo depois, veio a Pinturas Renner Paraguay, que operava um centro de distribuição naquele país. A marca Renner desbravava, assim, um espaço estratégico em todos os países do Mercosul. 

Em 2007, a Renner Herrmann deu uma guinada em sua estratégia de crescimento: buscando setores mais rentáveis dentro de sua especialidade de empresa tinteira, a empresa desinvestiu sua divisão de tintas decorativas. E passou, assim, a investir firmemente em outros setores de tintas e revestimentos, como o de tintas industriais de alta performance e tintas para a indústria moveleira.  Na Itália, foram adquiridas duas fábricas – que deram origem à Renner Itália. Vieram, ainda, a Renner Sayerlack Chile e a Renner USA, com planta na Carolina do Norte, além dos centros de distribuição na Espanha e no México. Tudo isso centrado nas tintas para a indústria moveleira das marcas Sayerlack, líder no setor na América do Sul, e Renner, atuante no resto do mundo. Hoje, a Renner Sayerlack é uma das mais importantes fabricantes de tintas para indústria moveleira no mundo, com distribuidores em mais de 70 países.

Em tintas industriais de alta performance – como tintas anticorrosivas, marítimas e para pintura de bens de capital e consumo –, a divisão Renner Coatings opera uma planta no Brasil e duas no Chile, com foco e metas em âmbito continental. Ao mesmo tempo, a marca Renner continua presente no dia-a-dia das casas e dos pintores de tintas decorativas e arquitetônicas do Brasil, via o licenciamento da marca Renner por parte de Renner Herrmann ao comprador daquela divisão, no negócio ocorrido em 2007.

Embora tenha nas tintas, vernizes e revestimentos sua história, crescimento e fonte de maiores investimentos, o grupo Renner Herrmann ainda investe em outras atividades com relevância. A Metalgráfica Renner, com sede em Gravataí (RS), fabricante de embalagens metálicas para a indústria química e alimentícia, é reconhecida nacionalmente por sua qualidade e inventividade, tendo colhido prêmios internacionais por seu desempenho. A Flosul, com sede em Capivari do Sul (RS) e mais 40 anos de tradição, é o braço produtor de madeira para o mercado nacional e exportação, com foco na indústria moveleira e postes para eletrificação. Já a Relat Laticínios, com planta industrial inaugurada em 2010 e sede em Estação (RS), transforma soro de leite em pó para indústrias como as de massas, biscoitos e iogurtes, tanto do mercado nacional quanto internacional.

Hoje, a Renner Herrmann segue investindo firmemente no futuro, olhando o mercado com a juventude de seus mais de 85 anos. O mundo talvez tenha mudado ao longo de todo esse tempo, mas o que não mudou foi a promessa de Renner Herrmann e de sua marca do cavalinho branco – de entregar ao mercado produtos de qualidade e durabilidade, com alta capacidade de desenvolvimento tecnológico e inovação.

A devoção a essa promessa é total. A cada dez anos, em média, o grupo submete seu logotipo a um processo de modernização. Mas as mudanças são sempre delicadas e cuidadosamente estudadas – afinal, ninguém quer interferir na força que o cavalinho branco acumulou em tantos anos. Como a marca é forte e seu conceito está muito associado à qualidade dos produtos, a Renner Herrmann entende que é preciso preservá-la. Trata-se de uma cultura institucional poderosa, construída ao longo de mais de 85 anos e que, ainda hoje, abre portas no Brasil e no mundo. E o melhor: sem jamais perder suas raízes gaúchas.


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Salário a conta-gotas




Em meio à crise financeira, governo do RS confirma parcelamento da folha do funcionalismo público

Por Laura D'Angelo

laura.cauduro@amanha.com.br



O governo do Rio Grande do Sul, através do secretário da Fazenda Giovani Feltes, confirmou o parcelamento do salário de 48,2% dos funcionários públicos do Estado em coletiva na manhã desta sexta-feira (31). Profissionais da educação, da segurança, do Executivo e pensionistas receberam R$ 2.150. 

O governo estima que, até 25 de agosto, os servidores que possuem um salário superior ao pago hoje, receberão o restante do valor. A medida não era adotada desde o governo Yeda Crusius, em 2007.

Conforme Feltes, o Estado teve uma queda de recursos em tributos estaduais e em transferências da União em julho. No total, foram R$ 70 milhões a menos no caixa. Para equilibrar as finanças públicas e cumprir a integralidade da folha salarial, o Estado postergou, novamente, o pagamento da dívida da União assim como os repasses e pagamentos a fornecedores. Também fez uso de R$ 200 milhões dos depósitos judiciais e de R$ 50 milhões disponíveis no caixa único. Mesmo assim, segundo Feltes, o déficit estadual é de R$ 360 milhões. “Mostra a ‘agudeza’ da situação atual, e o esforço que fizemos nos meses anteriores para pagar em dia e fazer nossa obrigação”, complementou.


No início do ano, o governo estadual tentou o parcelamento, mas foi impedido por ações judiciais que, inclusive, ainda são válidas. “A situação é insuperável. Falta dinheiro, não vontade ou compromisso”, argumentou Feltes. Questionado sobre a possibilidade de não pagar a parcela de R$ 280 milhões referente à dívida com a União, o secretário afirmou que o Estado não está em condições financeiras de enfrentar as rigorosas regras de contrato que o não-pagamento imputaria, como o represamento de recursos federais. 

“O volume de recursos do Tesouro é bem maior do que a dívida. Teríamos prejuízo”, explicou.
A previsão é que, no dia 13 de agosto, mais R$ 1 mil seja depositado ao funcionalismo. Assim, 70% dos servidores estariam com seus salários integrais em dia. O complemento será possível devido aos recursos do ICMS. Sem entrar em detalhes, Márcio Biolchi, chefe da Casa Civil, disse que “projetos estruturais” serão encaminhados para votação da Assembleia Legislativa a partir da próxima semana. Ao que tudo indica, serão três pacotes que vão tratar desde a revisão de benefícios a funcionários públicos até medidas econômicas e fiscais, que devem incluir o aumento de impostos. “Todos vão sofrer um pouco. Não se trata só de alíquotas, pois precisamos fazer medidas visando o longo prazo”, apontou Biolchi. Professores e Brigada Militar já anunciaram que vão fazer paralisações na próxima segunda-feira (3).

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quinta-feira, 30 de julho de 2015

Você é parte da classe média global? Faça o cálculo


Fernando Frazão/ Agência Brasil
Consumidores na região do Saara no Rio de Janeiro
Consumidores na região do Saara no Rio de Janeiro
São Paulo - A classe média mundial foi de 7% para 13% da população entre 2001 e 2011, de acordo com uma análise recente do Pew Research Center com 111 países.

Todos os números melhoraram: a porcentagem de pobres foi foi de 29% para 15%, a de renda baixa foi de 50% para 56%, a de renda média-alta foi de 7% para 9% e a de ricos foi de 6% para 7%.

"A primeira década do século viu uma redução histórica da pobreza no mundo e quase dobrou a quantidade de pessoas que podem ser consideradas com rendimento médio, mas o surgimento de uma classe média continua sendo mais uma promessa do que uma realidade", destaca o texto.
O centro também criou uma calculadora que mostra onde você fica nessa pirâmide: basta colocar seu país, sua renda e quantas pessoas ela sustenta.

Um brasileiro que ganha 9 mil reais por mês para sustentar ele e mais duas pessoas, por exemplo, está entre os 16% mais ricos do país e é considerado de renda média-alta no mundo.

Já um americano que sustenta 3 pessoas com 15 mil dólares mensais é rico na comparação mundial, mas é acompanhado por 55% da população do seu país neste status. 
 

Critérios


A grosso modo, é classe média global pelos dados do Pew quem ganha entre 10 e 20 dólares por dia (de US$ 14.600 a US$ 29.200 por ano para uma família de 4 pessoas).

Os pobres ganham US$ 2 ou menos por dia, os de renda baixa ganham entre US$ 2,01-US$ 10, os de renda média-alta ganham entre US$ 20,01-us$ 50 e os ricos são aqueles que levam mais de 50 dólares por dia para casa.

Todos os dados são de 2011, ajustados para 2014 pela inflação e baseados em paridade de poder de compra, uma medida que ajusta as taxas de câmbio de acordo com o preço real dos bens e serviços em cada país.

Vale lembrar que as definições de classe média não são universais. O governo brasileiro, por exemplo, considera que estão neste grupo indivíduos com renda mensal per capita entre R$ 291 e R$ 1.019.

Governo central tem déficit primário de R$8,206 bi em junho



Agência Brasil
Notas de real
Notas de real: no acumulado do ano até o mês passado, a economia feita para o pagamento de juros ficou negativa em R$ 1,598 bilhão
 
Da REUTERS


Brasília - O governo central (Tesouro, Banco Central e Previdência Social) registrou déficit primário de 8,206 bilhões de reais em junho, pior resultado para esse mês, abatido pela fraca arrecadação em meio ao cenário econômico e político conturbado.

Com isso, no acumulado do primeiro semestre, a economia feita para pagamento de juros fechou negativa em 1,598 bilhão de reais, informou o Tesouro Nacional nesta quinta-feira, primeiro déficit neste período desde o início da série histórica, em 1997.

"O quadro é claro: o ciclo econômico tem afetado a arrecadação", disse o secretário do Tesouro, Marcelo Saintive.

Com forte queda na arrecadação e gastos em nível elevado, o governo anunciou na semana passada redução drástica da meta de superávit primário do setor público consolidado --governo central, Estados, municípios e estatais-- a 0,15 por cento do Produto Interno Bruto (PIB) e incluiu uma cláusula que permite abatimentos.

Na ocasião, anunciou também corte adicional de gastos de 8,6 bilhões de reais, ampliando para 78,6 bilhões de reais o bloqueio de verbas do orçamento federal no ano para reforço do ajuste fiscal. No mês passado, a arrecadação federal teve queda real de 2,44 por cento, fechando a primeira metade de 2015 com recuo real de 2,9 por cento em consequência do fraco nível de atividade.

Em junho, o Tesouro registrou déficit primário de 1,915 bilhão de reais, enquanto a Previdência Social e o Banco Central apresentaram saldos negativos de 6,267 bilhões de reais e de 23,9 milhões de reais, respectivamente.

Ainda segundo o Tesouro, as receitas líquidas somaram 81,138 bilhões de reais em junho, com alta de 3,4 por cento em relação a junho de 2014, mas com queda real (descontada a inflação) de 5 por cento. Já as despesas avançaram num ritmo bem maior, ficando em 89,343 bilhões de reais em junho, alta de 11,1 por cento sobre um ano antes, e com alta real de 2,1 por cento no período.

Nesta semana, a agência de classificação de risco Standard & Poor's sinalizou que pode tirar o selo de bom pagador do Brasil, em meio ao cenário fiscal e político conturbado, abalado pelas denúncias de corrupção dentro da operação Lava Jato.


Comissão Europeia aprova compra da Alcatel-Lucent pela Nokia




Dado Ruvic/Reuters
Silhueta de um homem usando um celular contra o logo da Nokia
Nokia: órgão acrescentou que a Nokia tem forte presença na Europa
 
Da REUTERS


Bruxelas - A Comissão Europeia disse nesta sexta-feira que aprovou a aquisição da Alcatel-Lucent pela Nokia uma vez que as duas não são concorrentes próximas e ainda vão enfrentar fonte de competição global.

"A comissão determinou que, apesar de a empresa combinada ter fatias de mercado acima ou por volta de 30 por cento em diversos tipos de equipamentos, as sobreposições entre as atividades das companhias são limitadas", disse a comissão em comunicado.

O órgão acrescentou que a Nokia tem forte presença na Europa, onde a Alcatel-Lucent é pequena, com as posições invertidas na América do Norte.
A Nokia anunciou em abril um acordo totalmente em ações valendo 15,6 bilhões de euros para comprar sua rival francesa, estruturando seu negócio de equipamento de telecomunicações para competir com a líder de mercado Ericsson. [nL2N0XC0E9] (Por Philip Blenkinsop).


Ainda estamos na disputa, diz Santander sobre compra do HSBC




Getty Images
Santander
“Fizemos uma boa oferta e estamos na disputa” pelo HSBC, afirmou o presidente do Santander no Brasil, Jesús Zabalza


São Paulo - O Santander afirmou que continua interessado na aquisição do HSBC Brasil e que se mantém na disputa.

“Fizemos uma boa oferta e estamos na disputa”, afirmou hoje, 30, o presidente do Santander no Brasil, Jesús Zabalza, em conferência com a imprensa sobre a divulgação dos resultados financeiros do segundo trimestre de 2015.

A última informação divulgada era que o Bradesco negociava a divisão brasileira do HSBC com exclusividade.
O banco teria feito oferta vinculante por toda a operação no país acima do patrimônio líquido do conglomerado, de cerca de R$ 12 bilhões.

Sobre a exclusividade do Bradesco na disputa, o presidente do Santander afirmou que “não falamos sobre terceiros, mas ainda temos interesse e estamos no processo”. Segundo ele, “até que a transação seja fechada, ainda estamos no negócio".

“Queremos crescer de forma orgânica e sustentável, mas isso não significa que não estejamos atentos a oportunidades que possam surgir, desde que atendam aos nossos níveis de retorno de investimento”, afirmou o presidente.

O resultado da negociação deverá sair até agosto, segundo Goldman Sachs, que assessora o processo.

SP rompe contrato com consórcio da linha 4 do metrô




Metrô de São Paulo/ Divulgação
Construção da estação Oscar Freire, linha 4 amarela do metrô
Construção da estação Oscar Freire, linha 4 amarela do metrô: segundo a nota, a empresa diminuiu o ritmo das obras desde o fim do ano passado, ocasionando o não cumprimento dos prazos
 
 


São Paulo - O Metrô de São Paulo entrou ontem (29) com um processo para rescindir unilateralmente os contratos de obras para construção das estações Higienópolis/Mackenzie, Oscar Freire, São Paulo/Morumbi e Vila Sônia, que fazem parte da segunda fase da Linha 4. Somadas, as multas previstas nos contratos podem chegar a R$ 23 milhões.

De acordo com nota enviada pelo governo estadual, o consórcio Isolux Corsan-Corviam foi notificado por não cumprir os contratos assinados em 2012 nos prazos estabelecidos, desistência da execução contratual (abandono da obra), não atendimento das normas de qualidade, segurança do trabalho e meio ambiente, ausência de pagamento das subcontratadas e violação de várias cláusulas contratuais.

Segundo a nota, a empresa diminuiu o ritmo das obras desde o fim do ano passado, ocasionando o não cumprimento dos prazos. “O Metrô notificou a empresa várias vezes e acionou o Banco Internacional para Reconstrução e Desenvolvimento (Bird) – órgão internacional financiador do projeto –, de modo que uma vistoria fosse feita”.
Em março, após visita de missão do banco, governo e empresa assinaram um acordo com a previsão de que os serviços do lote 1, incluindo as estações Oscar Freire, Higienópolis-Mackenzie, pátio e terminal de ônibus de Vila Sônia, deveriam ser retomados até o fim de abril, com 12 meses para conclusão. O contrato para a execução do lote 2, das estações São Paulo-Morumbi e Vila Sônia, seria rescindido.

O governo informou ainda que os operários da Corsan-Corviam retornaram aos canteiros de obras em abril, mas não avançaram no serviço por causa da falta de materiais e equipamentos. Com isso, as cláusulas contratuais foram violadas.

De acordo com o Metrô, os fatos culminaram na abertura de processo administrativo de rescisão unilateral, suspensão temporária do consórcio em participar de novas licitações e impedimento de contratação com a Companhia.

A decisão, tomada em consenso com o Bird, permite a abertura de novos processos licitatórios para contratação das obras.

Também por meio de nota, o consórcio Isolux Corsan-Corviam informou que há cerca de 15 dias encaminhou ao Metrô uma carta em que solicitava a regularização dos aditivos e a entrega de projetos executivos, sem os quais a continuidades das obras tornava-se impossível.

“Como não houve nenhuma manifestação do Metrô, reforçando as limitações gerenciais daquele órgão, a empresa tomou a decisão de pedir a rescisão do contrato e encaminhar a questão para um processo de arbitragem. Isto também significa que nenhuma multa foi aplicada”, acrescentou o consórcio.

A empresa esclareceu que já apresentou ao Metrô um plano de desmobilização das obras, lamentou o desfecho, mas está convencida de que a decisão tomada era a única possível.

Juiz determina suspensão de site que vende dados pessoais de brasileiros

Saiba como identificar sites que podem conter códigos maliciosos (Foto: Reprodução/Zone Hosting)




Empresa que disponibiliza dados pessoais de cidadãos sem autorização de seus titulares viola a Constituição. Isso porque atinge os direitos à intimidade e à vida privada. Essa foi a tese adotada pelo juiz federal Magnus Augusto Costa Delgado, da 1ª Vara Federal de Natal, ao determinar que seja retirado do ar o site Tudo sobre Todos.

A página cobra pela consulta de data de nascimento, nome de parentes e até de vizinhos da pessoa procurada. Alguns dados, como endereço, aparecem gratuitamente. Segundo o próprio site, a fonte das informações são "cartórios, decisões judiciais publicadas, diários oficiais, foros, bureaus de informação, redes sociais e consultas em sites públicos na internet".

O Ministério Público Federal no Rio Grande do Norte entrou com ação na Justiça alegando que o site fere “os direitos básicos dos usuários da internet”, pois “não há qualquer ‘finalidade social’ em se permitir que particulares vasculhem livremente a vida privada uns dos outros”.

O juiz concordou com o argumento e concedeu liminar para que empresas brasileiras de internet criem “obstáculos tecnológicos” para inviabilizar o acesso à página, até o julgamento definitivo do processo. Como os servidores do Tudo sobre Todos ficam na Suécia, a decisão determina ainda que o Ministério da Justiça solicite ao governo daquele país a retirada provisória do site.

A ré é a empresa Top Documents LLC, sediada no Seychelles, um arquipélago localizado no Oceano Índico, próximo à costa africana. Além de citar a Constituição, o juiz avaliou que a conduta da empresa descumpre direitos de usuários descritos no Marco Civil da Internet (Lei 12.965/2014) e  na 
 Lei 12.414/2001, que trata da formação de bancos de dados para fins comerciais e exige autorização prévia do potencial cadastrado. 

Com informações da Assessoria de Imprensa do MPF-RN.


Clique aqui para ler a decisão.
Processo: 0805175-58.2015.4.05.8400

RIMOWA apresenta réplica fiel do avião JUNKERS F13 e entra para a história da AVIAÇÃO


A centenária marca de acessórios para viagem surpreende o mercado com anúncio de fabricação em escala da aeronave histórica

A RIMOWA – marca alemã de malas e acessórios para viagem – acaba de entrar também para a história da aviação. Durante a AirVenture em Oshkosh, nos EUA – uma das maiores feiras de aviação do mundo, que encerrou ontem, dia 26 de julho –, a marca apresentou uma réplica fiel da mãe de todas as aeronaves comerciais, o Junkers F13, construído com o apoio da da Ju-Air e da Association of the Friends of Historical Aircraft.


A modelo Alessandra Ambrósio e Dieter Morszeck, CEO da RIMOWA e neto do fundador da empresa.

A modelo Alessandra Ambrósio e Dieter Morszeck, CEO da RIMOWA e neto do fundador da empresa.


Além de trazer de volta à vida a aeronave histórica, a RIMOWA surpreendeu o mercado com o anúncio da fabricação de outras réplicas da aeronave sob encomenda. “Estou extremamente animado com este avião e posso antecipar a demanda por outras cópias no mercado. Já estabelecemos a RIMOWA Flugzeugwerke AG, com sede na Suíça, onde vamos construir o F13 em série, para atender a demanda do mercado”, conta Dieter Morszeck, CEO da RIMOWA e neto de seu fundador.

O preço da aeronave vintage, que acomoda 4 passageiros – além do piloto e mecânico (tripulação) –, é de 2.2 milhões de dólares.

Originalmente lançado em 1919, o Junkers F13 revolucionou a construção de aeronaves. Foi a primeira aeronave feita totalmente em metal com cabine de passageiros fechada e exportada para todo o mundo. Até 1933, mais de 330 unidades foram fabricadas, das quais somente algumas podem ser encontradas em museus – mas nenhuma em condição de voo. A réplica construída pela RIMOWA é a única capaz de voar: pode alcançar 170 km/ hora, tem alcance de 600 km “Nós temos trabalhado neste projeto há muito tempo. Agradeço a toda a equipe por seus esforços incansáveis e paixão. 

Finalmente podemos devolver ao mundo um pedaço de sua herança cultural, que moldou a indústria da aviação, assim como a própria RIMOWA como empresa “, disse o CEO e neto do fundador da RIMOWA, Dieter Morszeck.

A apresentação oficial do Junkers F13 aconteceu em grande estilo, com uma cerimônia para 150 convidados, entre eles a top brasileira Alessandra Ambrósio, garota propaganda da marca e estrela de mais recente catálogo mundial, e o modelo alemão Johahnes Huebl. O ponto mais alto da noite foi quando as grandes cortinas do salão – todo decorado ao estilo dos anos 20 – referência ao novo lookbook da marca – foram abertas, revelando a tão aguardada réplica da aeronave histórica Junkers F13, o F13 RIMOWA. Para encerrar o evento em ótimo tom, a cantora Norah Jones (nove vezes vencedora do Grammy), subiu ao palco e protagonizou uma performance inesquecível, surpresa guardada a sete chaves pela marca até o último momento.

A centenária marca de luxo de bagagens e acessórios para viagem é conhecida mundialmente por sua tecnologia e leveza, e desejada pelos famosos “frisos” de seu design. O que poucos sabem é que os tão cobiçados frisos tem inspiração justamente no avião histórico.

 Vídeo : https://www.youtube.com/watch?v=POqTFLzmGm0


RIMOWA site especial do Projeto : www.RIMOWA-F13.com