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Segundo a Receita, dentre os principais fatores para o recuo na
arrecadação no 1º semestre está a queda de 6,25% na produção industrial
Wellton Máximo, da AGÊNCIA BRASIL
Brasília - O fraco desempenho da economia e as desonerações fizeram a arrecadação federal atingir o pior resultado para o primeiro semestre em quatro anos.
Segundo a Receita Federal,
o governo arrecadou R$ 607,208 bilhões de janeiro a junho. O montante
representa queda de 2,87% em relação ao mesmo período do ano passado,
descontada a inflação oficial pelo Índice Nacional de Preços ao
Consumidor Amplo (IPCA).
A arrecadação é a menor para os primeiros seis meses do ano desde 2011.
Em junho, a arrecadação federal somou R$ 97,091 bilhões, queda de 2,44%
em relação a junho do ano passado e o pior resultado para o mês desde
2010, também em valores corrigidos pelo IPCA.
Apesar do desempenho negativo, foi registrada leve melhora em relação a
maio, quando a queda pela comparação mensal chegou a 4,03%.
De acordo com a Receita, os principais fatores para o recuo na
arrecadação nos seis primeiros meses do ano foram a queda de 6,25% na
produção industrial, que impactou a receita de Imposto sobre Produtos
Industrializados (IPI), e a redução de 5,09% na venda de bens e
serviços, que diminuiu a arrecadação do Programa de Integração Social
(PIS) e da Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social
(Cofins), tributos ligados ao faturamento.
O crescimento da massa salarial abaixo da inflação contribuiu para a
queda de 3,34% na receita da Previdência Social, descontado o IPCA.
A redução da lucratividade das empresas fez a arrecadação do Imposto de
Renda Pessoa Jurídica e da Contribuição Social sobre o Lucro Líquido
cair 9,11% no primeiro semestre, também descontada a inflação.
As desonerações concedidas nos últimos anos também foram responsáveis
pela queda na arrecadação em 2015, gerando perdas para o governo de R$
54,882 bilhões.
As medidas com maior impacto são a desoneração da folha de pagamento
para 56 setores da economia, que fez a Receita deixar de arrecadar R$
11,2 bilhões, e a inclusão de novos setores no Simples Nacional, que
ocasionou a perda de R$ 5,8 bilhões neste ano.
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