Paulo Whitaker/Reuters
Logotipo da Petrobras visto em refinaria em Cubatão
Da EFE
São Paulo - A crise política no Brasil e o gigantesco escândalo de corrupção na Petrobras
afetam o processo de fusões e aquisições de empresas na América Latina,
segundo um estudo divulgado nesta quinta-feira em São Paulo.
O relatório da empresa de consultoria Intralinks sobre tendências e
previsões para níveis de atividades futuras em fusões e aquisições prevê
um recorde global em 2015, com um crescimento de 8% no segundo semestre
e de 11% para este ano, ambos em comparação com os mesmos períodos de
2014.
Na América Latina, apesar de um incremento após uma inatividade desde o
final de 2013, o crescimento de fusões e aquisições em fase inicial foi
de 0,5% no primeiro semestre deste ano e as previsões não dão sinais de
avanço em curto prazo.
"Por ser a principal economia da região, o Brasil afeta substancialmente
os resultados da América Latina", comentou Claudio Yamashita,
diretor-geral da Intralinks Brasil.
Yashimata apontou que a América Latina "já sofre com os preços baixos
das matérias-primas e a alta cotação do dólar e as atuais crises
econômica e política brasileiras, somadas ao escândalo de Petrobras, só
servem para agravar o descrédito e impactar as atividades de fusões e
aquisições".
O Fundo Monetário Internacional (FMI) prevê que o crescimento econômico
na América Latina não deve passar de 1% em 2015 e dar sinais de
recuperação em 2016, com exceções em países como Chile, México e Peru,
que superam a média na região.
A região no mundo com maior crescimento de fusões e aquisições em 2015,
segundo o estudo, será a da Ásia-Pacífico com um avanço de 16%, seguida
da América do Norte, Europa, Oriente Médio e África, todas com 10% de
aumento.
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