quinta-feira, 17 de dezembro de 2015

Federasul projeta economia do Brasil com e sem a presidente Dilma



No primeiro caso, continua a estagflação; no segundo, queda da inflação e retomada do crescimento em 2017

Por Laura D'Angelo
laura.cauduro@amanha.com.br
Federasul projeta economia do Brasil com e sem a presidente Dilma

Nas duas últimas semanas, a pergunta que não quer calar no ambiente político brasileiro é: a presidente Dilma Rousseff cai ou não cai? Sabendo que os acontecimentos políticos interferem diretamente no andamento da economia, a Federação das Associações Comerciais e de Serviços do Rio Grande do Sul (Federasul) resolveu levar em conta essa indagação ao traçar as perspectivas para 2016. No tradicional evento de final do ano, no qual apresenta as projeções para o setor e para a macroeconomia, a entidade esboçou dois cenários econômicos possíveis: com ou sem Dilma.

No caso da permanência da presidente no cargo, André Azevedo, economista da entidade, acredita na manutenção da taxa básica de juros em 14,25% e na intervenção no câmbio para manter o real próximo dos R$ 4 na relação com o dólar. Nas contas públicas, Azevedo imagina que o alcance do superávit primário seria perseguido através do aumento de impostos e do contingenciamento das despesas. O resultado disso tudo seria a continuidade do quadro de estagflação e perda do grau de investimento por mais uma agência de classificação risco. Como foi possível confirmar minutos depois da afirmação de Azevedo, a última previsão não demorou a acontecer (leia aqui). Ao saber que a Fitch havia rebaixado o grau do Brasil, Azevedo reconheceu: “Temos de refazer as projeções. 

Provavelmente serão piores, pois as coisas estão acontecendo mais rápido do que imaginávamos.” 

No cenário projetado para a economia sem a presença de Dilma Rousseff no governo federal, o economista entende que haveria uma elevação da taxa básica de juros para 15% e menor interferência do Banco Central no câmbio, somente evitando grandes flutuações. O real cairia abaixo de R$ 3,50 na relação com dólar. Azevedo especula ainda a implementação de um “mini-choque fiscal” para aumentar o superávit primário. A mudança de comando alteraria também as expectativas dos agentes de mercado, crê o economista, o que influenciaria na queda da inflação, no primeiro momento e, mais adiante, em 2017, a retomada do crescimento da atividade econômica.  

Independentemente do cenário político que se avizinha e de quem estará na presidência do Brasil, o país não conseguirá evitar mais um ano de PIB negativo em 2016. “O agravamento da crise institucional do governo dificultou e dificulta que as medidas fiscais sejam colocadas em prática e que nos indiquem um caminho de crescimento no futuro”, lamenta Ricardo Russowsky (foto), presidente da Federasul. A entidade calcula uma queda de 2,5% no próximo ano. O recuo será menor que o 3,7% previsto para este ano. De acordo com Azevedo, isso se explica pela desvalorização do real. Após um ano de adaptações, as empresas tenderão a exportar mais e importar menos, o que amenizará os demais resultados negativos esperados para economia nacional no ano que vem, como o crescimento do nível de desemprego e do déficit primário. “Estamos na iminência de viver a maior recessão, em termos de duração e intensidade, da história do Brasil”, constata Azevedo.



abriu seu discurso desejando um “Feliz 2016” já antevendo que 2015 seria um ano perdido. Dessa vez, a cautela parece ser a melhor conselheira tendo em vista que a entidade não se arrisca a afirmar quando, realmente, a felicidade voltará ao bolso do brasileiro.  - See more at: http://www.amanha.com.br/posts/view/1570#sthash.M4GzieSu.dpuf
Varejo gaúcho
 

Dentro dessa conjuntura, o varejo brasileiro não sairá ileso – e muito menos o gaúcho. Se, na opinião da Federasul, 2015 tem de ser esquecido, o próximo ano também não deverá ficar na memória dos comerciantes gaúchos. Azevedo considera que a má situação financeira do Rio Grande do Sul deve interferir nos resultados do setor novamente. “O atraso de salários do funcionalismo público dá a percepção às empresas e aos consumidores do tamanho da crise do Estado. Isso reduz as perspectivas positivas e, consequentemente, o consumo”, detalha o economista. 

O aumento do ICMS também afetará os preços dos produtos, induzindo maior contenção de gastos do consumidor. Azevedo prevê uma queda de 3% do PIB gaúcho no ano que vem. Diante das nada animadoras projeções estaduais e nacionais, Russowsky resolveu se despedir dos presentes apenas com um “Feliz...!” sem revelar o ano previsto para que se realize o desejo. Em dezembro de 2014, o mesmo Russowsky abriu seu discurso desejando um “Feliz 2016” já antevendo que 2015 seria um ano perdido. Dessa vez, a cautela parece ser a melhor conselheira tendo em vista que a entidade não se arrisca a afirmar quando, realmente, a felicidade voltará ao bolso do brasileiro. 


Federasul projeta economia do Brasil com e sem a presidente Dilma

No primeiro caso, continua a estagflação; no segundo, queda da inflação e retomada do crescimento em 2017

Por Laura D'Angelo

laura.cauduro@amanha.com.br
Federasul projeta economia do Brasil com e sem a presidente Dilma
Nas duas últimas semanas, a pergunta que não quer calar no ambiente político brasileiro é: a presidente Dilma Rousseff cai ou não cai? Sabendo que os acontecimentos políticos interferem diretamente no andamento da economia, a Federação das Associações Comerciais e de Serviços do Rio Grande do Sul (Federasul) resolveu levar em conta essa indagação ao traçar as perspectivas para 2016. No tradicional evento de final do ano, no qual apresenta as projeções para o setor e para a macroeconomia, a entidade esboçou dois cenários econômicos possíveis: com ou sem Dilma.
No caso da permanência da presidente no cargo, André Azevedo, economista da entidade, acredita na manutenção da taxa básica de juros em 14,25% e na intervenção no câmbio para manter o real próximo dos R$ 4 na relação com o dólar. Nas contas públicas, Azevedo imagina que o alcance do superávit primário seria perseguido através do aumento de impostos e do contingenciamento das despesas. O resultado disso tudo seria a continuidade do quadro de estagflação e perda do grau de investimento por mais uma agência de classificação risco. Como foi possível confirmar minutos depois da afirmação de Azevedo, a última previsão não demorou a acontecer (leia aqui). Ao saber que a Fitch havia rebaixado o grau do Brasil, Azevedo reconheceu: “Temos de refazer as projeções. Provavelmente serão piores, pois as coisas estão acontecendo mais rápido do que imaginávamos.”
No cenário projetado para a economia sem a presença de Dilma Rousseff no governo federal, o economista entende que haveria uma elevação da taxa básica de juros para 15% e menor interferência do Banco Central no câmbio, somente evitando grandes flutuações. O real cairia abaixo de R$ 3,50 na relação com dólar. Azevedo especula ainda a implementação de um “mini-choque fiscal” para aumentar o superávit primário. A mudança de comando alteraria também as expectativas dos agentes de mercado, crê o economista, o que influenciaria na queda da inflação, no primeiro momento e, mais adiante, em 2017, a retomada do crescimento da atividade econômica.
Independentemente do cenário político que se avizinha e de quem estará na presidência do Brasil, o país não conseguirá evitar mais um ano de PIB negativo em 2016. “O agravamento da crise institucional do governo dificultou e dificulta que as medidas fiscais sejam colocadas em prática e que nos indiquem um caminho de crescimento no futuro”, lamenta Ricardo Russowsky (foto), presidente da Federasul. A entidade calcula uma queda de 2,5% no próximo ano. O recuo será menor que o 3,7% previsto para este ano. De acordo com Azevedo, isso se explica pela desvalorização do real. Após um ano de adaptações, as empresas tenderão a exportar mais e importar menos, o que amenizará os demais resultados negativos esperados para economia nacional no ano que vem, como o crescimento do nível de desemprego e do déficit primário. “Estamos na iminência de viver a maior recessão, em termos de duração e intensidade, da história do Brasil”, constata Azevedo.
Varejo gaúchoDentro dessa conjuntura, o varejo brasileiro não sairá ileso – e muito menos o gaúcho. Se, na opinião da Federasul, 2015 tem de ser esquecido, o próximo ano também não deverá ficar na memória dos comerciantes gaúchos. Azevedo considera que a má situação financeira do Rio Grande do Sul deve interferir nos resultados do setor novamente. “O atraso de salários do funcionalismo público dá a percepção às empresas e aos consumidores do tamanho da crise do Estado. Isso reduz as perspectivas positivas e, consequentemente, o consumo”, detalha o economista. 
O aumento do ICMS também afetará os preços dos produtos, induzindo maior contenção de gastos do consumidor. Azevedo prevê uma queda de 3% do PIB gaúcho no ano que vem. Diante das nada animadoras projeções estaduais e nacionais, Russowsky resolveu se despedir dos presentes apenas com um “Feliz...!” sem revelar o ano previsto para que se realize o desejo. Em dezembro de 2014, o mesmo Russowsky abriu seu discurso desejando um “Feliz 2016” já antevendo que 2015 seria um ano perdido. Dessa vez, a cautela parece ser a melhor conselheira tendo em vista que a entidade não se arrisca a afirmar quando, realmente, a felicidade voltará ao bolso do brasileiro. 
- See more at: http://www.amanha.com.br/posts/view/1570#sthash.M4GzieSu.dpuf

Diretora-gerente do FMI é processada na França


Charles Platiau/Reuters
Diretora geral do Fundo Monetário Internacional (FMI), Christine Lagarde
Christine Lagarde: logo após a divulgação do processo, o Fundo Monetário Internacional (FMI) confirmou sua confiança nela
 
Da AFP


A diretora-gerente do Fundo Monetário Internacional (FMI), Christine Lagarde, será processada no Tribunal de Justiça da República na França por seu papel em uma controversa arbitragem em 2008, quando era ministra, que beneficiou o empresário Bernard Tapie, informou uma fonte judicial à AFP.
Lagarde havia sido interrogada, acusada de negligência no caso.

O Ministério Público já pediu sua demissão, mas a comissão de instrução decidiu não seguir a recomendação, de acordo com a fonte.

Logo após a divulgação do processo, o Fundo Monetário Internacional (FMI) confirmou sua confiança em Christine Lagarde.
Publicidade
</div> <div id='passback-wb0a324cb58'></div>

O Conselho de Administração do FMI, que representa seus 188 Estados-membros, "continua confiando na capacidade da diretora-gerente para assumir eficazmente suas funções", disse um porta-voz da instituição.

STF manda soltar Esteves e mantém prisão do senador Delcídio



Chris Ratcliffe/Bloomberg
O presidente-executivo do BTG Pactual, André Esteves
Justiça: Esteves terá de se sujeitar a medidas cautelares, como uso de tornozeleira eletrônica e restrições para deixar o país


Brasília - Apesar de ter revogado a prisão do banqueiro André Esteves, o ministro Teori Zavascki, do Supremo Tribunal Federal (STF) estabeleceu medidas restritivas contra ele. 

Esteves será obrigado a comparecer em juízo, quando necessário, precisa de autorização para se locomover e usará tornozeleira eletrônica. Além disso, está proibido de exercer qualquer atividade pública ou econômica.

Zavascki revogou nesta quinta-feira, 17, a prisão de Esteves, do BTG Pactual, mas manteve as prisões do senador Delcídio Amaral (PT-MS) e do assessor dele, Diogo Ferreira. 

Os três são suspeitos de planejar a fuga do ex-diretor da Petrobras Nestor Cerveró a fim de que ele não fizesse acordo de delação premiada.

Fusão de Dow e DuPont mira grande economia com impostos


Bill Pugliano/Getty Images
Dow Chemical
Dow Chemical: isso ressalta o crescente uso de fusões e aquisições como forma de cortar a conta tributária
 
Greg Roumeliotis e Mike Stone, da REUTERS


Nova York - O tratamento livre de impostos das cisões que a Dow Chemical e a DuPont pretendem realizar após a fusão de seus negócios é um dos principais catalisadores do acordo, potencialmente economizando dezenas de bilhões de dólares, segundo especialistas do setor.

A fusão de 120 bilhões de dólares, anunciada na semana passada, vem menos de um mês depois de a farmacêutica Pfizer afirmar que usará sua aquisição de 160 bilhões de dólares da Allergan como uma maneira de cortar seus impostos.

Isso ressalta o crescente uso de fusões e aquisições como forma de cortar a conta tributária de empresas norte-americanas.

"Toda a estrutura disso é muito, muito eficiente tributariamente e uma das razões pelas quais estamos fazendo isso desta maneira, é muito benéfico desse ponto de vista aos acionistas", disse o presidente-executivo da DuPont, Ed Breene, a analistas na sexta-feira.

"Quando olhei para qualquer outra opção estratégica para a DuPont, nada chegava perto disso".

Diferente do acordo de Pfizer e Allergan, no qual as economias são resultado da troca do domicílio da Pfizer para a Irlanda, onde a Allergan é baseada, em uma chamada inversão, as economias no caso Dow-DuPont se relacionam à estruturação da transação como uma fusão de iguais.

É um evento raro que exige companhias do mesmo tamanho e escopo dispostas a negociar, segundo especialistas tributários. Ambas as companhias agora estão avaliadas em cerca de 60 bilhões de dólares cada.

"É relativamente raro", disse Robert Willens, consultor corporativo de tributos e contabilidade. É pouco usual que companhias mais ou menos do mesmo tamanho no mesmo setor negociem um acordo assim, disse.

Tipicamente, empresas que passaram por mudança de controle devem pagar taxas sobre ganhos de capital nas cisões subsequentes, sob a seção 355 do Código Interno de Receita dos Estados Unidos. Se ambas as companhias, contudo, não passarem formalmente por uma mudança de controle, as cisões podem ser livres de impostos.

Após sua fusão, Dow e DuPont planejam criar três negócios publicamente negociados, focando em agricultura, matérias-primas e produtos especializados.

Elas pretendem argumentar que uma mudança de controle não terá ocorrido devido à estruturação do acordo inicial como uma fusão de iguais. Corrobora a sua visão de que uma mudança de controle não ocorre o fato de que ambas as empresas têm muitos acionistas em comum.

AstraZeneca comprará fatia majoritária na Acerta por US$4 bi




Paul Thomas/Bloomberg
AstraZeneca
AstraZeneca: farmacêutica ainda terá a opção de comprar os 45% restantes da Acerta no futuro por US$ 3 bilhões
 
 
 
São Paulo - A farmacêutica AstraZeneca, do Reino Unido, anunciou nesta quinta-feira (17) que comprará uma fatia de 55% na empresa de biotecnologia Acerta Pharma, baseada na Holanda e Estados Unidos. O valor da transação será de 4 bilhões de dólares.

Inicialmente, será paga uma parcela no valor de 2,5 bilhões de dólares. A quantia restante, de 1,5 bilhão de dólares, será entregue em 2018 ou após as aprovações regulatórias do remédio acalabrutinib (contra câncer no sangue) nos EUA, o que acontecer primeiro.

O acordo também dá à AstraZeneca a opção de adquirir os 45% restantes da Acerta no futuro, por aproximadamente 3 bilhões de dólares.

"O investimento é coerente com o nosso foco no crescimento a longo prazo. Estamos impulsionando uma área importante no nosso portfólio de oncologia com uma droga em avançado estágio de desenvolvimento, que pode revolucionar o tratamento a pacientes com diversos tipos de câncer", disse o presidente da AstraZeneca, Pascal Soriot, em nota.

A expectativa é de que o medicamento, depois de aprovado, atinja vendas de 5 bilhões de dólares globalmente.
 
"A AstraZeneca também seria beneficiada com a substancial expertise em cânceres hematológicos oferecida pelos cerca de 150 funcionários da Acerta", disse a companhia, no comunicado.
 

Avon vende participação e negócio nos EUA por US$ 605 mi




Scott Eells/Bloomberg
Produtos da Avon
Avon: além de 80,1% da subsidiária, a Cerberus também adquiriu 16,6% da matriz Avon Products
 
 
São Paulo - A divisão norte-americana da Avon, uma das mais problemáticas do grupo, foi vendida para a Cerberus Capital Management LP, empresa de investimentos privados com sede em Nova York. Além de 80,1% da subsidiária, a Cerberus também adquiriu parte da matriz Avon Products. 

O acordo deve ser finalizado no primeiro semestre de 2016. Em comunicado, a empresa de cosméticos afirma que a parceria estratégica firmada com a companhia de investimentos tem dois componentes principais.

A Cerberus comprou 16,6% da companhia Avon Products por um valor de 435 milhões de dólares. Esse total será pago em ações, precificadas em 5 dólares, valor 46% superior à média de 30 dias.

Em segundo lugar, a divisão norte-americana da Avon será dividida e passará a ser controlada pela Cerberus. Ela irá pagar 170 milhões de dólares por 80,1% da empresa.

O objetivo, segundo a Avon, é “conduzir a um foco maior nos mercados internacionais da Avon, revitalizar o negócio norte-americano e entregar valor de longo prazo a seus acionistas”. 

“Também acreditamos que a parceria irá acelerar crescimento dos lucros no portfólio restante da Avon, que representou aproximadamente 86% das vendas nos nove primeiros meses do ano, até setembro”, disse Sheri McCoy, presidente da Avon.

Segundo o acordo, a divisão norte-americana irá assumir cerca de 230 milhões de dívidas de longo prazo da Avon, que serão pagas parcialmente por uma contribuição de 100 milhões de dólares vinda da própria Avon.

O segmento, que atua nos Estados Unidos, Canadá e Porto Rico, tem cerca de 400.000 consultoras de vendas. Segundo a companhia, a Cerberus irá reforçar esse time.

No terceiro trimestre deste ano, a fabricante de cosméticos teve prejuízo líquido de 697 milhões de dólares.

Bloqueio no Brasil tira WhatsApp do ar na Argentina e Chile


Rawderson Rangel/Wikimedia Commons
Santiago, no Chile
Santiago: usuários do Chile ficaram sem acesso ao WhatsApp após proibição do Brasil
 
 
 
São Paulo – O bloqueio do WhatsApp no Brasil está afetando também outros países. Veículos de imprensa da América do Sul relatam que usuários de países vizinhos, principalmente Argentina e Chile, estão sem acesso ao aplicativo de mensagens.

O Diario Financeiro, do Chile, explica que isso acontece por conta de uma empresa que presta serviços a operadoras, a Level 3. Ela usa cabos submarinos e terrestres para levar a conexão até o Chile.

A Level 3 é responsável pela conexão internacional para operadoras chilenas como Entel, GTD e VTR. A solução foi recorrer a outras prestadoras de serviço que não apresentavam problemas.

Usuários da Argentina e Uruguai também foram afetados. Alguns sites relatam reclamações por parte de diversos usuários desses países. As causas, aqui, são as mesmas relacionadas à interrupção do serviço no Chile.
Publicidade
</div> <div id='passback-wb09d64dd5d'></div>

Alguns usuários da Venezuela compartilharam em redes sociais que estão tendo problemas para usar o WhatsApp. Não existe nenhuma confirmação até agora de que a causa do problema seja a decisão da Justiça de São Paulo.

No Brasil, o WhatsApp está fora do ar desde a 0h desta quinta-feira. A decisão partiu da Justiça de São Paulo, mas atingiu a todo o país.


Juíza do DF agiliza negociação via WhatsApp, e audiência demora 10 minutos


Alessandra Modzeleski
Colaboração para o UOL, em Brasília
  • Arquivo pessoal
    Juíza mediou a conciliação via WhatsApp Juíza mediou a conciliação via WhatsApp
A Justiça do Distrito Federal usou o WhatsApp pela primeira vez em um processo trabalhista. 

Poderia levar três meses para marcar a primeira audiência de conciliação, calcula a juíza Tamara Gil Kemp, responsável pela iniciativa na 1ª Vara do Trabalho do Gama. Com o uso da tecnologia, a audiência demorou poucos minutos. 

A juíza criou um grupo no WhatsApp reunindo os advogados das duas partes. De um lado, a defesa da cobradora Lilia Alves de Oliveira, 46; do outro, o representante da empresa de ônibus Cootarde. 

No lugar do nome do grupo, usou o número do processo judicial.

Os advogados fizeram toda a negociação pelo celular em cerca de cinco horas, segundo Wagner Pereira da Silva, representante da empresa. A juíza mediou a negociação.

No dia seguinte, as duas partes se encontraram em uma audiência presencial apenas para assinar os papéis. Em dez minutos, o processo estava finalizado.

A trabalhadora saiu de lá com o acordo feito e já podendo sacar o valor ao qual tinha direito.

 

Experiência não foi planejada, segundo juíza


"A maior vantagem é a rapidez, porque a Justiça é muito burocrática. Além disso, não fica aquele clima pesado de uma audiência, e as partes podem pensar antes de escrever. Não precisa ser algo imediato", disse a juíza. A ideia surgiu após ver uma iniciativa semelhante na Justiça em Campinas (SP).

A experiência não foi planejada, mas a magistrada pretende repeti-la.

"No que depender de nós, vamos aplicar em novos processos. Vamos estudar uma logística para que isso aconteça sem prejudicar os andamentos da Vara".

Skype e Facebook também são usados

Segundo a juíza, a Justiça usa outros recursos tecnológicos em negociações, como Facebook e Skype. Para ela, no entanto, o WhatsApp é o mais prático.

"No caso do Skype, alguns juízes usam para atender advogados, sem que ele saia do escritório, mas imagem requer tempo e preparação. O Facebook também está ao nosso lado, principalmente para produzir provas", explicou.

O advogado da empresa diz que repetiria a experiência. "A maior vantagem foi o tempo e possibilidade dos advogados poderem ponderar com os clientes de maneira mais direta e apresentando os prós e contras das propostas de acordo". 

Ele diz que a iniciativa poderia ser replicada em outras esferas da Justiça, como em juizados especiais e na área da defesa do consumidor. "Eu só não concordaria se fosse feito no juizado criminal. É imprescindível a presença da vítima ou órgão acusado e do réu."

Para a advogada da cobradora, Iara Janaína do Vale Barbosa, a proposta foi corajosa e muito eficaz por parte da magistrada. "Quando ajuizamos uma ação, o desgaste para resolvê-la administrativamente foi grande, e o que a parte quer é a solução do problema o mais rápido e satisfatório possível. Se pudermos conciliar rapidez com aplicação do direito, melhor."

Segundo a advogada da cobradora, a ação contra a Cootarde foi motivada porque a empresa teria fechado as portas sem pagar aviso prévio, férias vencidas e proporcionais e o 13º salário dos funcionários.

A ação decidiu que a Cootarde deve pagar R$ 11 mil à ex-funcionária e expedir alvará para que ela possa sacar o FGTS e dar entrada no seguro-desemprego. 

87% dos médicos no Brasil usam WhatsApp com pacientes



GettyImages
Médico e estetoscópio
Saúde: 82% dos médicos brasileiros também usam a velha e boa mensagem de texto
 
Fernando Nakagawa, do Estadão Conteúdo

Londres - Nove de cada dez médicos do Brasil usa o aplicativo WhatsApp para se comunicar com os pacientes.

Isso deu aos médicos brasileiros o título de usuários mais frequentes do aplicativo em todo o mundo, revela pesquisa de uma consultoria britânica do setor de saúde. No Reino Unido, só 2% dos médicos usa o aplicativo para falar com pacientes.

A pesquisa da consultoria britânica Cello Health Insight que entrevistou 1.040 médicos em oito países - Reino Unido, França, Alemanha, Itália, Espanha, Estados Unidos, China e Brasil - revelou que 87% dos brasileiros usaram o WhatsApp nos 30 dias anteriores à entrevista para a comunicação com pacientes. O número é muito superior ao de outros países.

Em segundo lugar, a Itália teve 61%. Na China, 50% dos médicos disse ter usado o WeChat, uma versão local do aplicativo. A pesquisa foi divulgada em novembro.
Publicidade
</div> <div id='passback-wb2352551b0'></div>

"França, Estados Unidos e Reino Unido estão muito atrás de outros países no uso do WhatsApp. Médicos nos países do sul da Europa, China e Brasil estão usando essa plataforma para comunicação com colegas, pacientes e representantes da indústria farmacêutica", destaca a pesquisa.

Segundo o estudo, só 2% dos médicos britânicos usa o aplicativo para se comunicar com pacientes e o índice é de 4% entre os norte-americanos.

Em um dia em que o Brasil acordou sem WhatsApp, a boa notícia é que a pesquisa também mostrou que 82% dos médicos brasileiros também usam a velha e boa mensagem de texto para trocar informações com os pacientes. Na média mundial, 30% dos médicos usa o canal de comunicação.

"No Brasil e na China, os dados sugerem que os médicos abraçaram os smartphones e tablets, o que gera uma interessante oportunidade para a indústria farmacêutica para alcançar esses profissionais", nota a pesquisa que cita que 87% dos médicos brasileiros e 76% dos chineses usam celulares e tablets para pesquisas relacionadas ao trabalho.

Entenda por que o WhatsApp foi bloqueado no Brasil


Brent Lewin/Bloomberg
Tela de smartphone com ícone do WhatsApp
WhatsApp: Justiça brasileira determinou o bloqueio do app por 48 horas
 
 
 
São Paulo – A justiça brasileira bloqueou o WhatsApp em todo o Brasil por 48 horas desde a 0h desta quinta-feira (17). O motivo é um caso que envolve o PCC e tráfico de drogas.

O processo que culminou no bloqueio do app no território nacional investiga um homem preso em 2013 pela Polícia Civil. Ele é acusado dos seguintes crimes: latrocínio, trazer cocaína da Colômbia e Maconha do Paraguai, e associação com o PCC (Primeiro Comando da Capital), organização criminosa de São Paulo.

Ele foi preso preventivamente por dois anos e liberado pelo Supremo Tribunal Federal, por meio de um Habeas Corpus. Condenado a 15 anos e dois meses de reclusão, ele teve o direito de responder em liberdade concedido pelo STF, mas só até o trânsito em julgado, de acordo com o Conjur

A decisão judicial de soltura previa que o homem deveria informar seu endereço em caso de uma eventual mudança do local onde morava, bem como atender a chamados da justiça. 
Publicidade
</div> <div id='passback-wbfe51b1e87'></div>

Por conta dessa investigação, o WhatsApp foi bloqueado no Brasil. A justiça pediu dados dos usuários do aplicativo ao Facebook. Como a empresa não os forneceu, a 1ª Vara Criminal de São Bernardo do Campo determinou o bloqueio do aplicativo por dois dias em todo o país.

 

Bloqueio exagerado?


Na visão de Adriano Mendes, sócio do escritório de advocacia Assis e Mendes, informou, em nota a EXAME.com, que considera o caso do bloqueio um exagero. "Muito provavelmente o que a juíza pediu são informações ou dados que o WhatsApp não guarda e que não é obrigado a guardar. Salvo legislação específica e prévia, nenhuma empresa é obrigada a guardar informações que não sejam necessárias ao seu negócio", declarou Mendes.

Seu argumento é que os Termos de Uso do app não determinam que todas as mensagens podem ser resgatadas ou identificadas por autoridades policiais. "Em mais uma analogia, querer condenar o WhatsApp seria o mesmo que prender o dono de um restaurante porque ele não sabe se um dos 50 clientes que pediu salmão comeu o prato inteiro. É realmente absurdo!", afirmou Mendes, que crê na cassação da decisão judicial ainda hoje.

Quanto ganharão os advogados de 11 áreas em 2016

Thinkstock/seb_ra

O que 2016 reserva para os advogados brasileiros?

São Paulo - O mercado de trabalho para advogados no Brasil está em fase de mudanças - muitas delas decorrentes da crise econômica que o país atravessa.

De acordo com um novo relatório da consultoria Robert Half, cada vez mais profissionais seniores estão sendo substituídos por plenos nas empresas.
Outra tendência é o acúmulo de funções. Executivos em cargos de destaque devem incluir cada vez mais atividades sob o seu guarda-chuva, cuidando simultaneamente de compliance e jurídico, por exemplo. 

Já os escritórios procuram se defender da crise fechando o foco em áreas com maior demanda de mercado. Bancas mais especializadas têm feito parcerias e associações para ampliar seu escopo de atuação. 

Os advogados mais solicitados são os mais experientes - sobretudo no que se refere ao contato com o cliente. Não por acaso, profissionais com olhar empreendedor e fortes habilidades comerciais são os preferidos pelos escritórios. 

Com a perspectiva de retomada de fusões e aquisições em 2016, também se espera a expansão de oportunidades para escritórios que oferecem serviços nessa área. Nesse contexto, o inglês será cada vez mais solicitado, já que grande parte das operações se dará com investidores estrangeiros.

Quanto aos salários para a área, o relatório informa que alguns cargos deverão receber reajustes. A bonificação pode alcançar até quatro salários, dependendo da senioridade de cada profissional.

Ainda sob o ângulo da remuneração, a maior valorização será para o cargo de advogado pleno da área consultiva tributária. Em empresas de pequeno porte, o salário para a posição deverá crescer 11,1% no ano que chega.

Navegue pelas imagens a seguir para ver os salários projetados para 2016 em 11 áreas jurídicas no Brasil. À exceção dos bancos, as informações estão organizadas de acordo com o porte do empregador: 

  




http://exame.abril.com.br/carreira/noticias/quanto-ganharao-os-advogados-de-11-areas-em-2016#3












   

quarta-feira, 16 de dezembro de 2015

Flytour e Gapnet criam 2ª maior empresa de turismo no Brasil


Peshkova/Thinkstock
Executivo no aeroporto
Flytour e Gapnet: o grupo, com volume de vendas de 5,5 bilhões de reais, terá como foco as viagens corporativas 


 
São Paulo - A Flytour e a Gapnet anunciaram hoje, 16, uma fusão que irá criar o segundo maior grupo de turismo no Brasil, atrás apenas da CVC.
 
As negociações entre as duas empresas duraram nove meses e a fusão será realizada por meio de troca de ações, mas as participações ainda não estão definidas. O grupo resultante de operações de turismo tem como foco as viagens corporativas. 
 
A empresa já nasce com volume de vendas de 5,5 bilhões de reais - sendo 4,1 bilhões de reais pela Flytour e 1,6 bilhão de reais pela Gapnet.
 
Serão mais de 2.300 colaboradores, 300 pontos de vendas, e uma rede voltada para empresas com mais de 6.500 agências clientes, de acordo com ela.

As empresas sob o comando de cada um dos grupos continuarão a atuar de forma independente, atuando em seus mercados e junto a seus clientes.

“Juntos, os dois grupos vão diversificar e ampliar suas linhas de negócios, o que nos fortalece e nos torna ainda mais competitivos”, afirma o presidente da Fly Tour, Eloi D’Avila de Oliveira, em nota.


Poucas empresas no Brasil adotam benefícios para as mulheres




ThinkStock
Executivas em reunião
Mulheres: apenas um terço das companhias concede licença maternidade estendida às funcionárias no país
 
 
 
São Paulo - No Brasil, ainda é pequeno o número de empresas que adotam pacotes de benefícios exclusivos para ajudar as mulheres a conciliarem carreira e vida pessoal.

É isso o que aponta um estudo divulgado pela consultoria Marsh nesta quarta-feira (16).

A pesquisa avaliou 267 companhias de grande e médio de porte, de 29 segmentos, de janeiro a outubro.

Entre elas, apenas um terço concede licença-maternidade estendida de seis meses e somente 23% promovem campanhas pré e pós-natal.

O número de corporações que declaram ter berçário para recém-nascidos é ainda mais baixo, de 3%.

Os espaços para que as funcionárias coletem e conservem o leite materno também são raros: só existem em 7% das empresas ouvidas.


Aquisições nas Américas Central e do Sul caem 52% em outubro



Thinkstock
Gestão de negócios com foco em relacionamento humano
Acordos: No acumulado do ano até outubro, 414 fusões e aquisições foram realizadas nas Américas Central e do Sul
 
 
 
São Paulo - Em outubro deste ano, apenas 25 fusões ou aquisições foram fechadas nas Américas Central e do Sul, uma queda de 51,9% ante o mesmo mês de 2014.
Essas transações somaram 4 bilhões de dólares, valor 67,7% menor do que o observado em outubro do ano passado.

Os dados são da consultoria Mergermarket em parceria com a Merrill DataSite, desenvolvedora de soluções de data room virtual para o compartilhamento de dados empresarias.

Segundo o levantamento, a principal operação concluída nas Américas Central e do Sul em outubro foi a compra da farmacêutica mexicana Representaciones e Investigaciones Medicas (Rimsa) pela israelense Teva Pharmaceutical Industries, por 2,3 bilhões de dólares.
  
O valor do acordo, de 10,1 vezes a receita da Rimsa, foi o segundo maior já registrado pela Mergermarket entre indústrias de medicamentos da região –  perde apenas para a compra da chilena CFR Pharmaceuticals pela Abbott Laboratories por 3,3 bilhões de dólares, em maio de 2014.

No acumulado do ano até outubro, 414 fusões e aquisições foram realizadas na região. Juntas, elas totalizaram 48,9 bilhões de dólares, uma queda de 57,4% ante os 114,7 bilhões de dólares observados em igual período do ano passado.

A quantia somada dos acordos feitos nos 10 primeiros meses deste ano é a menor já observada desde 2005, quando as transações feitas no mesmo intervalo de tempo chegaram a 34 bilhões de dólares.


Lula culpa colonizadores por 'atrasos na educação do Brasil' e gera polêmica em Portugal


Durante visita à Espanha, Lula também se encontrou com o rei espanhol, Filipe 6º.© Foto: Fornecido por BBC Durante visita à Espanha, Lula também se encontrou com o rei espanhol, Filipe 6º.


O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva provocou polêmica em Portugal ao responsabilizar o período da colonização portuguesa, até 1822, pelos problemas do sistema educacional do Brasil.

“Eu sei que isto não agrada aos portugueses, mas Cristóvão Colombo chegou a Santo Domingo (atual República Dominicana) em 1492, e em 1507 já tinha sido criada uma universidade lá. No Peru em 1550, na Bolívia em 1624. No Brasil, a primeira universidade surgiu apenas em 1922”, afirmou o ex-presidente, para quem essa demora “justifica os atrasos na educação” brasileira.

A declaração de Lula, durante uma conferência em Madri, na noite da última sexta-feira, gerou uma forte reação da imprensa portuguesa quando atravessou a fronteira entre os dois países ibéricos.

O portal Observador, um dos principais de Portugal, ironizou o assunto: “Brasileiro burro? A culpa é do (Pedro) Álvares Cabral, diz Lula”.

“De quem é a culpa pelos atrasos na educação? É dos portugueses, diz Lula”, publicou, por sua vez, o Diário de Notícias, o mais antigo jornal português.
O portal Observador, um dos principais de Portugal, ironizou o assunto.© Foto: Fornecido por BBC O portal Observador, um dos principais de Portugal, ironizou o assunto.

Entre os assuntos mais comentados pelos portugueses nas redes sociais nos últimos dias, a declaração de Lula continua rendendo opiniões fortes no país europeu.

Num texto publicado no fim da tarde de segunda-feira no site do semanário econômico Oje, o colunista Diogo de Sousa-Martins diz que “não fica bem” a tentativa de atribuir “o ônus do atraso do sistema de educação brasileiro para uma colonização que abandonou o país há quase 200 anos e que nele inaugurou o ensino superior”.

Apesar de as primeiras universidades brasileiras só terem sido fundadas no começo do século 20, como a Universidade do Paraná, em 1912, e a Universidade do Rio de Janeiro, em 1920, no período colonial existiam instituições de ensino superior no país, como a Real Academia de Artilharia, Fortificação e Desenho, de 1792, e a Faculdade de Medicina da Bahia, criada em 1808.

 

A culpa é de quem?


O doutor em História Social pela USP e professor de História da UFMG Luiz Carlos Villalta discorda de que a responsabilidade sobre os problemas da educação brasileira deva recair apenas sobre os antigos colonizadores.

“O Brasil se tornou independente em 1822, e o governo imperial também não criou universidades em seus 77 anos de existência. A falta de universidades deve-se, sobretudo, aos erros de nossos próprios governos, das elites agrárias que os controlaram no Império e na República”, explica Villalta à BBC Brasil.

Segundo a professora de História Ibérica da USP Ana Paula Torres Megiani, responsabilizar a colonização portuguesa por antigos problemas do Brasil não é um recurso novo, mas uma prática recorrente desde o fim da colonização.

“Desde o século 19, todas as vezes que o Brasil passa por uma crise, política ou econômica, alguém sempre se lembra de culpar os portugueses do passado pelos nossos erros do presente”, afirma Megiani à BBC Brasil.

Dilma pede colaboração das Forças Armadas para um país mais justo e democrático

©
A presidente Dilma Rousseff participou hoje (16) da cerimônia de cumprimento a oficiais generais promovidos em 2015 e de confraternização com militares do Exército, Marinha e Aeronáutica e disse que conta com o comprometimento e a colaboração das Forças Armadas para a construção de um país mais “justo e democrático”.

"O Brasil conta com seu comprometimento. Os senhores serão exemplo e fonte de inspiração para as mulheres e homens que comandarão. Sob sua liderança, nossas Forças continuarão decisivas para a construção de um Brasil mais seguro, mais forte, mais justo e democrático”, disse a presidenta aos novos oficiais generais, em discurso ao lado do vice-presidente Michel Temer.

Esta foi a primeira aparição pública de Dilma ao lado de Temer, depois que ele reclamou da relação com a presidenta em uma carta pessoal repleta de queixas. Os dois passaram a cerimônia um ao lado do outro e sentaram-se na mesma mesa para almoçar. Após o brinde, a presidenta e o vice se cumprimentaram com um beijo no rosto.

Durante o discurso, Dilma destacou que as Forças Armadas têm papel importante “no que se refere à garantia da lei e da ordem” e em “momentos bastante decisivos para a afirmação do papel do nosso país”. A presidenta listou a participação das Forças em atividades como os grandes eventos internacionais sediados pelo Brasil, em situações de emergência ambiental e de defesa civil e destacou a ajuda dos militares no combate ao mosquito Aedes aegypti.

“O Brasil seguirá necessitando [das Forças Armadas] na defesa do povo brasileiro, nosso maior patrimônio. E aqui me refiro ao combate à microcefalia e à grande contribuição que as Forças Armadas estão dando na verdadeira cruzada contra o mosquito da dengue, o Aedes aegypti, e agora tanto ao chikungunya quanto ao vírus Zika.

Na fala aos militares, Dilma disse ainda que conta com as Forças Armadas para dar seguimento à “redução das extremas desigualdades que, ao longo dos últimos 13 anos, viemos lutando para conseguir”.


Apoio


Anfitrião do almoço de confraternização no Clube do Exército, o comandante do Exército, general Eduardo Villas Bôas, disse que as Forças Armadas são “devotadas, fiéis e comprometidas e não afetadas pela busca do protagonismo” e que estão à disposição para contribuir para a estabilidade do país.

Villas Bôas listou atividades em que as Forças Armadas estão envolvidas, desde a segurança das fronteiras à atuação em comunidades do Rio de Janeiro e participação em emergências como a tragédia de Mariana e cobrou investimentos. Segundo ele, o grande espectro de atuação dos militares exige “desenvolvimento de capacidades, atributos e ferramentas”.
 
Dilma se comprometeu com a valorização da carreira militar e disse que, apesar do ajuste da economia, projetos prioritários das Forças Armadas não serão interrompidos. “Mesmo em momento de reequilíbrio fiscal, precisamos olhar que revisões de prazo e adaptações não podem interromper um processo que as Forças tem levado a cabo. Reconheço esse esforço e asseguro que projetos prioritários não serão comprometidos”, disse ela. 
 
Com informações da Agência Brasil.