Germano Lüders / EXAME
Mulheres de sucesso ainda são exceção; na foto Andrea Menezes (Standard
Bank), Marise Barroso (Masisa), Adriana Machado (GE), Claudia Sender
(TAM), Luiza Helena Trajano (Magazine Luiza), Sylvia Coutinho (UBS),
Chieko Aoki (Blue Tree) e Andrea Marquez (Bunge)
São Paulo – Além de erradicar a pobreza, mitigar a fome e melhorar
serviços de educação e saúde, os estudos do Índice de Desenvolvimento
Humano (IDH) da ONU procuram também o empoderamento feminino e a igualdade de gênero como forma de desenvolvimento social.
Na edição publicada ontem (14) de “O Trabalho como Motor do Desenvolvimento Humano”,
o Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD) traz também o
Índice para o Desenvolvimento de Gênero, que elenca indicadores de IDH
separados entre homens e mulheres, buscando as lacunas que ainda os
distanciam, em especial em educação e renda.
Ao contrário do IDH, o Índice para o Desenvolvimento de Gênero deve ser
próximo de zero para ser considerado satisfatório. Entram números de
caráter reprodutivo (natalidade na juventude, mortalidade de mães, etc),
saúde, capacitação educacional e presença no mercado de trabalho.
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O Brasil vai mal e é apenas o 97º lugar, com 0,457, dos 155 países com
indicadores para pontuar no ranking. Nas últimas colocações estão Chade
(0,706), Níger (0,713) e Iémen (0,744).
Veja abaixo a situação do Brasil em comparação com alguns países que compõe o ranking em diferentes categorias.
PNUD: DESIGUALDADE DE GÊNERO, SEGUNDO A ONU
PNUD: DESIGUALDADE DE GÊNERO, SEGUNDO A ONU
O "IDH DE GÊNERO"
O "IDH DE GÊNERO"
O Índice para o Desenvolvimento de Gênero deve ser próximo de zero
para ser considerado satisfatório. Entram números de saúde, capacitação
educacional e presença no mercado de trabalho.
MATERNIDADE ADOLESCENTE
MATERNIDADE ADOLESCENTE
Índice leva em conta o
número de nascimentos por mulher de 15 a 19 anos. Brasil está em 114º
lugar de 156 possíveis e tem 70 nascimentos a cada 1.000 mulheres.
MULHERES NO PARLAMENTO
MULHERES NO PARLAMENTO
Esta é a representatividade
feminina em alguns países ranqueados pela ONU. O Brasil é apenas o 134º
lugar em maior participação feminina no Poder Legislativo. O primeiro
lugar fica com Ruanda onde 57,5% das cadeiras são ocupadas por mulheres.
Dos países mensurados, Catar e o Reino de Tonga não tem representante
feminina.
Ruanda
Bolívia
Croácia
Chile
Brasil
Kuwait
Mulheres
Homens
AS MAIS ESTUDIOSAS
AS MAIS ESTUDIOSAS
Considerando como formação
escolar, ao menos, Ensino Médio, Finlândia, Áustria, Luxemburgo, Canadá e
Estônia destacam-se com 100% de atendimento para mulheres com 25 anos
ou mais. O Brasil é apenas o 85º lugar no ranking de 155 países, com
54,6% de mulheres neste grupo. Burkina Faso é o lanterna, com
impressionantes 0,9% de mulheres que concluíram Ensino Médio.
Com Ensino Médio
Incompleto
O MELHOR DO BRASIL
O MELHOR DO BRASIL
Não enche os olhos, mas o
melhor índice brasileiro é o de percentagem de mulheres no mercado de
trabalho. No Brasil, 59,4% das mulheres com 15 anos ou mais está
presente na força de trabalho do país. Trata-se do 45º lugar no ranking
de 155. Os três melhores são Tanzânia, Ruanda e Moçambique, todos com
mais 85% das mulheres em atividade.
FONTE: UNDP – Human Development Report 2015.
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