terça-feira, 15 de dezembro de 2015

Brasil está entre os 60 piores países do mundo para mulheres




Germano Lüders / EXAME
Andrea Menezes (Standard Bank), Marise Barroso (Masisa), Adriana Machado (GE), Claudia Sender (TAM), Luiza Helena Trajano (Magazine Luiza), Sylvia Coutinho (UBS), Chieko Aoki (Blue Tree) e Andrea Marquez (Bunge)
Mulheres de sucesso ainda são exceção; na foto Andrea Menezes (Standard Bank), Marise Barroso (Masisa), Adriana Machado (GE), Claudia Sender (TAM), Luiza Helena Trajano (Magazine Luiza), Sylvia Coutinho (UBS), Chieko Aoki (Blue Tree) e Andrea Marquez (Bunge)
 
 
 
São Paulo – Além de erradicar a pobreza, mitigar a fome e melhorar serviços de educação e saúde, os estudos do Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) da ONU procuram também o empoderamento feminino e a igualdade de gênero como forma de desenvolvimento social.

Na edição publicada ontem (14) de “O Trabalho como Motor do Desenvolvimento Humano”, o Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD) traz também o Índice para o Desenvolvimento de Gênero, que elenca indicadores de IDH separados entre homens e mulheres, buscando as lacunas que ainda os distanciam, em especial em educação e renda.

Ao contrário do IDH, o Índice para o Desenvolvimento de Gênero deve ser próximo de zero para ser considerado satisfatório. Entram números de caráter reprodutivo (natalidade na juventude, mortalidade de mães, etc), saúde, capacitação educacional e presença no mercado de trabalho.

Lidera a lista a Eslovênia, com 0,016 de índice, seguido por Suíça, Alemanha, Dinamarca e Áustria.
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O Brasil vai mal e é apenas o 97º lugar, com 0,457, dos 155 países com indicadores para pontuar no ranking. Nas últimas colocações estão Chade (0,706), Níger (0,713) e Iémen (0,744).
Veja abaixo a situação do Brasil em comparação com alguns países que compõe o ranking em diferentes categorias.

PNUD: DESIGUALDADE DE GÊNERO, SEGUNDO A ONU

O "IDH DE GÊNERO"

O Índice para o Desenvolvimento de Gênero deve ser próximo de zero para ser considerado satisfatório. Entram números de saúde, capacitação educacional e presença no mercado de trabalho.
1º – Eslovenia10º – Itália30º – Croácia71º – Turquia97º – Brasil130º – Índia155º – Iémen01002003004005006007000,0160,0680,1490,3590,4570,5630,744

MATERNIDADE ADOLESCENTE

Índice leva em conta o número de nascimentos por mulher de 15 a 19 anos. Brasil está em 114º lugar de 156 possíveis e tem 70 nascimentos a cada 1.000 mulheres.
200180160140120100806040200EsloveniaItáliaCroáciaTurquiaÍndiaIémenBrasilNicaráguaNíger0,6412,730,932,84770,8100,8204,8Nascimentos por mulher de 15 a 19 anos

MULHERES NO PARLAMENTO

Esta é a representatividade feminina em alguns países ranqueados pela ONU. O Brasil é apenas o 134º lugar em maior participação feminina no Poder Legislativo. O primeiro lugar fica com Ruanda onde 57,5% das cadeiras são ocupadas por mulheres. Dos países mensurados, Catar e o Reino de Tonga não tem representante feminina. 
Mulheres
Homens

AS MAIS ESTUDIOSAS

Considerando como formação escolar, ao menos, Ensino Médio, Finlândia, Áustria, Luxemburgo, Canadá e Estônia destacam-se com 100% de atendimento para mulheres com 25 anos ou mais. O Brasil é apenas o 85º lugar no ranking de 155 países, com 54,6% de mulheres neste grupo. Burkina Faso é o lanterna, com impressionantes 0,9% de mulheres que concluíram Ensino Médio.
AlemanhaRússiaFrançaEmirados Árabes UnidosVenezuelaBrasilHaitiMoçambique0102030405060708090100
Com Ensino Médio
Incompleto

O MELHOR DO BRASIL

Não enche os olhos, mas o melhor índice brasileiro é o de percentagem de mulheres no mercado de trabalho. No Brasil, 59,4% das mulheres com 15 anos ou mais está presente na força de trabalho do país. Trata-se do 45º lugar no ranking de 155. Os três melhores são Tanzânia, Ruanda e Moçambique, todos com mais 85% das mulheres em atividade.
8007006005004003002001000TanzâniaRuandaChinaSuíçaBrasilEstados UnidosAlemanhaJapãoSudãoArábia SauditaSíria88,186,463,961,859,456,353,648,831,320,213,5
FONTE: UNDP – Human Development Report 2015.

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