Marcelo Camargo/Agência Brasil
A presidente Dilma Rousseff: desde que foi deflagrado o processo de
impeachment, Dilma tem optado por participar de eventos onde o público é
majoritariamente a seu favor
Isadora Peron, do Estadão Conteúdo
Congonhas - Três pessoas que protestavam a favor do impeachment da presidente Dilma Rousseff
foram cercadas por militantes e tiveram de deixar o local onde
acontecia a cerimônia de inauguração de um museu na cidade histórica de
Congonhas, em Minas Gerais.
A fala das autoridades foi interrompida quando um dos homens começou a gritar "fora, Dilma".
Em seguida, a claque da presidente foi ao encontro do manifestante. Houve bate-boca e troca de ofensas.
A confusão só terminou quando o trio contrário à petista deixou o local.
Desde que foi deflagrado o processo de impeachment, Dilma tem optado por
participar de eventos onde o público é majoritariamente a seu favor.
Assessores presidenciais ficaram visivelmente incomodados com o fato de
pessoas que não aprovam o governo terem conseguido acessar a cerimônia.
Enquanto esperavam a presidente - que atrasou mais de uma hora para
chegar ao local -, a plateia entoava palavras de ordem como "não vai ter
golpe".
O bordão "Fora, Cunha", em referência ao presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), foi um dos mais ouvidos.
Um dia depois de completar 68 anos, Dilma foi recebida pelo público de cerca de 300 pessoas com um "Parabéns para você".
Ela agradeceu o "carinho" e disse que estava feliz por poder dar um "abraço virtual" em cada um deles.
Ex-ministro e amigo pessoal de Dilma, o governador de Minas, Fernando
Pimentel, não compareceu à cerimônia de inauguração do Museu de
Congonhas, que fica ao lado do Santuário do Bom Jesus de Matosinhos.
O complexo histórico é considerado Patrimônio Cultural Mundial pela
Unesco e abriga as famosas esculturas dos 12 profetas, de Antônio
Francisco Lisboa, o Aleijadinho.
Segundo a assessoria de imprensa da presidente, o petista está em viagem pessoal para fora do País.
Na semana passada, Pimentel também não integrou a comitiva de
governadores que foi a Brasília para manifestar apoio à presidente e
criticar a abertura do processo de impeachment. Na ocasião, a
justificativa foi o nascimento da filha do governador.
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