quarta-feira, 31 de maio de 2017

Brasil pode ficar estável só com minirreformas, diz Deutsche Bank


Para o banco "não é impossível que Temer continue presidente por vários meses" e Brasil pode manter estabilidade econômica mesmo com reformas superficiais

 








São Paulo – Os mercados internacionais estão dispostos a dar ao Brasil “o benefício da dúvida” para continuar o ajuste fiscal, de acordo com um relatório lançado hoje pelo Deutsche Bank.

Com inflação em queda e uma situação confortável na balança de pagamentos, a avaliação dos investidores é que as margens de ganho são suficientes para cobrir o risco atual do país.

A avaliação do time de pesquisa do banco é que a situação do presidente Michel Temer permanece “muito frágil” após a crise política disparada pela delação de executivos da JBS.

No entanto, os partidos ainda não chegaram a um consenso sobre um possível sucessor. Por isso, “se não houver novos desenvolvimentos implicando Temer ainda mais no escândalo, não é impossível que ele continue sendo presidente por vários meses”.

Ainda assim, o banco considera que as reformas econômicas estão em risco e vê dois cenários básicos em relação à reforma da Previdência.

No primeiro, o governo focaria em passar apenas a fixação de uma idade mínima de aposentadoria, um dos pilares da proposta, e que exige uma Emenda Constitucional.

Isso tem pouco impacto fiscal no curto prazo, mas garantiria metade da economia prevista pela reforma em 10 anos, segundo cálculos de Paulo Tafner, pesquisador Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas da Universidade de São Paulo (Fipe/USP).

A segunda opção seria usar medidas provisórias para passar pedaços da reforma que não precisam entrar na Constituição, como mudanças nas pensões ou no tempo mínimo de contribuição.

A vantagem é que essas partes teriam impacto fiscal já no curto prazo e a desvantagem é que não atacam os problemas estruturais do sistema e não mudam a trajetória de gastos no longo prazo.

O governo reafirma que o cronograma sofrerá apenas um pequeno atraso, que não há “plano B” e que o objetivo segue sendo o de aprovar a PEC já apresentada e negociada.

De qualquer forma, o Deutsche considera que a reforma da Previdência sempre foi condição “necessária, mas não suficiente” para a estabilização da dívida.

Nada faria o país escapar de subir impostos e cortar mais gastos para conseguir um superávit primário até 2020.

Essa necessidade só vai crescer se o governo só conseguir aprovar uma minirreforma, mas não seria o fim do mundo:

“Supondo a continuidade de um ambiente internacional benigno (especialmente taxas de juros baixas nos Estados Unidos) e a ausência de choques domésticos adicionais, o Brasil pode se safar e manter a estabilidade econômica implementando apenas reformas superficiais antes das eleições de 2018”, diz o texto.


Janot: sem restrição de foro, STF atingirá esgotamento em breve


O procurador defendeu que seja mantido no Supremo somente processos relacionados a crimes que estejam estritamente relacionados ao exercício do cargo




O procurador-geral da República, Rodrigo Janot, afirmou hoje (31), em sustentação oral no plenário do Supremo Tribunal Federal (STF), que, se não for dada uma nova interpretação mais restrita ao texto da Constituição sobre o foro privilegiado, a Corte atingirá em breve um esgotamento de sua capacidade processual.

“Se não houver mudanças de paradigma neste julgamento de hoje, não tenho dúvidas de que o Supremo em breve retornará ao tema, mas não mais por razões principiológicas, mas por imperativo prático. O aumento exponencial de demandas penais irá inviabilizar o regular funcionamento da Corte em curto espaço de tempo”, disse.

Janot defendeu que seja mantido no STF somente processos relacionados a crimes que estejam estritamente relacionados ao exercício do cargo e enquanto o investigado ou réu ocupar o posto.

Hoje, são automaticamente remetidos à Corte qualquer caso que envolva presidentes de Poder, ministros de Estado e membros do Congresso Nacional, mesmo os cometidos anteriormente e sem nenhuma relação com o cargo.

O STF iniciou na tarde de hoje o julgamento que vai decidir se o foro privilegiado será restringido.
A sessão começou com a leitura do voto do ministro Luís Roberto Barroso, relator do caso, e um pedido de vista não está descartado.

Além do relator, 10 ministros devem votar.

Montanha-russa processual


Para o procurador-geral da República, a atual interpretação provoca uma verdadeira “montanha-russa processual”, ao permitir repetidas subidas e decidas de processos entre as instâncias inferiores e o STF, a depender da nomeação ou eleição do investigado ou réu a cargos com prerrogativa de função.

Ele argumentou que o constituinte teve como objetivo proteger o exercício do cargo, e não a pessoa que o ocupa.

“A prerrogativa de foro tem uma razão de ser, o constituinte a criou para atender a determinados valores”, disse Janot.

“O que sobejar [ultrapassar] esse paradigma é intolerável proteção à pessoa e não a suas relevantes funções”, acrescentou.

Moody’s altera perspectiva de bancos brasileiros e da bolsa


A agência de classificação de risco alterou de estável para negativa a perspectiva dos ratings de 19 bancos brasileiros e da B3

 


A agência de classificação de risco Moody’s alterou a perspectiva dos ratings de 19 bancos brasileiros e da B3 (novo nome da BM&FBovespa) de estável para negativa. Os ratings foram mantidos.

Em comunicado divulgado nesta quarta-feira, 31, a Moody’s afirma que as ações de rating seguem-se à alteração da perspectiva da nota soberana do Brasil, revisada na sexta-feira, de estável para negativa.

Segundo a agência, qualquer desaceleração na recuperação econômica brasileira, que deveria ganhar força no segundo semestre, prolongará a pressão sobre a capacidade de reembolso e poderá levar a um aumento dos riscos de ativos para os bancos do país, quando esses riscos pareciam ter atingido o seu pico.

A Moody’s diz, ainda, que deve haver um aumento das inadimplências, o que exigirá que os bancos criem provisões adicionais, que podem prejudicar os lucros, “que deveriam começar a melhorar, graças à retomada do crescimento dos empréstimos e à queda dos custos de financiamento”.


Veja abaixo a lista dos bancos afetados:


Banco ABC Brasil S.A.
Banco Alfa de Investimento S.A.
Banco BBM S.A.
Banco Bradesco S.A.
Banco Bradesco S.A., Grand Cayman
Banco Cooperativo Sicredi S.A.
Banco Daycoval S.A.
Banco do Brasil S.A.
Banco do Brasil S.A. (Cayman)
Banco do Estado de Sergipe S.A.
Banco do Nordeste do Brasil S.A.
Banco Industrial do Brasil S.A.
Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES)
Banco PSA Finance Brasil S.A.
Banco Safra S.A.
Banco Safra S.A. (Ilhas Cayman)
Banco Santander Brasil S.A.
Banco Santander Brasil S.A. (Ilhas Cayman)
Banco Sofisa S.A.
Banco Votorantim S.A.
Banco Votorantim S.A. (Nassau)
B3 (novo nome da BM&FBovespa S.A.)
Caixa Econômica Federal (CAIXA)
Itaú Unibanco Holding S.A.
Itaú Unibanco Holding S.A. (Ilhas Cayman)
Itaú Unibanco S.A.
Itaú Unibanco S.A. (Ilhas Cayman)
Banco BBM S.A.
Banco Daycoval S.A.
BNDES Participações S.A. – BNDESPAR
Itaúsa – Investimentos Itaú S.A.

Kraft Heinz investirá R$ 380 mi em nova fábrica no Brasil

 

 

Trata-se da primeira planta a ser construída desde que a Kraft e Heinz anunciaram a combinação de seus negócios

 







São Paulo – A Kraft Heinz – gigante de alimentos que tem como acionistas a 3G, dos bilionários brasileiros Jorge Paulo Lemann, Beto Sicupira, Marcel Telles, e o americano Warren Buffet, da Berkshire Hathaway – deve anunciar hoje a construção de uma nova fábrica no Brasil.

A unidade será erguida na cidade de Nerópolis, em Goiás, com investimentos de R$ 380 milhões. Ao Estado, Pedro Drevon, presidente do grupo no Brasil, disse que a nova planta deverá entrar em operação em abril do próximo ano e vai consolidar a expansão da companhia no País.

A nova unidade vai produzir as linhas da Heinz e da Quero Alimentos, como ketchup, mostarda, maionese e molhos de tomate. É a primeira planta que será construída desde que a Kraft e Heinz anunciaram a combinação de seus negócios, em 2015.

“Será uma fábrica independente da nossa unidade já em operação”, disse Drevon. O grupo já possui uma fábrica também no município de Nerópolis, que foi adquirida quando a Heinz comprou Quero Alimentos, em março de 2011.

Embora fique no mesmo município, a segunda fábrica será erguida em local diferente. “A escolha por Goiás foi em função de o Estado ser conhecido como a “casa do tomate”. Faz todo sentido fazer o investimento lá”, disse o executivo. Mas a motivação não é só essa: o grupo terá a garantia benefícios fiscais do programa estadual Produzir. A expectativa é criar 500 vagas, entre empregos diretas e indiretas. Atualmente, o grupo gera 2 mil empregos.


Ampliação


A fábrica que já está em operação vai receber investimentos de R$ 100 milhões para a modernização e ampliação. “A nossa nova unidade será construída para ser sustentável, com sistema de tratamento de água e energia renovável”, disse Drevon.

A Kraft Heinz faturou quase R$ 1 bilhão no País em 2016. Drevon prevê expansão em vendas neste ano, mas evita fazer previsões. Os produtos do vasto portfólio da companhia, segundo ele, têm demanda para atender a todos os tipos de consumidores – desde classe A e B, que consumem a marca Heinz, até a classe média baixa, mais afetada pela crise, que busca produtos da Quero.

A atual unidade produz 23 mil toneladas de produtos por mês. A segunda fábrica começará com capacidade para 15 mil toneladas/mês, segundo o executivo.

 

Mais popular


De olho no consumidor de renda mais baixa, a companhia está relançando o suco em pó Ki-Suco, com nova fórmula, e também já colocou no mercado um macarrão instantâneo, do tipo lámen.

Segundo Drevon, há espaço no mercado brasileiro para todos os tipos de produtos e marcas. Segundo ele, o Ki-Suco terá sua produção inicialmente terceirizada, mas poderá ser produzida nas unidades da Kraft Heinz no futuro, mas essa decisão ainda não foi tomada.

A atual crise não pesou contra a decisão da companhia de fazer o investimento no País. Em 2015, quando a Kraft anunciou sua fusão com a Heinz, o novo grupo mapeou onde precisava fazer expansões pelo mundo.

O presidente da Kraft Heinz no País, que iniciou sua carreira no 3G, do trio de bilionários brasileiros, reporta-se diretamente ao executivo Bernardo Hees, que discutiu com os principais acionistas globais a importância do mercado no Brasil.

 

Complementar


Para o especialista em alimentos e bebidas, Adalberto Viviani, a decisão da Kraft Heinz em investir no Brasil em um momento de recessão é acertada.

“Em períodos de incertezas da economia, empresas com marcas regionais, sem capital de giro são as mais afetadas. Nesse caso, se você tem capital para investir, o melhor a fazer é apostar nos mercados já consolidados, que têm demanda firme”, disse.

Segundo Viviani, as diferentes marcas da Kraft Heinz são complementares. Para ele, o fato de a classe média querer manter o padrão de consumo abre oportunidade para aumento de vendas das linhas de negócio do grupo.

Para Drevon, o potencial de demanda pelos produtos da companhia e as vendas efetivas serão o termômetro para que a Kraft Heinz continue investindo no País. 

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

UE aprova aquisição da Telecom Italia pela Vivendi com condições


Para concluir a aquisição, a operadora de telecomunicações italiana deverá vender sua participação na operadora de rede digital terrestre Persidera

 






Bruxelas – O regulador antitruste da União Europeia aprovou hoje a aquisição da Telecom Italia pela Vivendi, sob a condição de que a operadora de telecomunicações italiana venda sua participação na operadora de rede digital terrestre Persidera.

A Vivendi tem uma significativa fatia minoritária na Mediaset, que também atua no mercado de acesso no atacado a redes de televisão digital terrestre dedicadas à transmissão de canais de TV, segundo a UE.

Na avaliação da UE, após a transação, a Vivendi teria um incentivo para elevar preços cobrados de canais de TV nesse mercado.

Persidera é uma joint venture entre a Telecom Italia e o Gruppo Editoriale L’Espresso.


Fonte: Dow Jones Newswires.

Brookfield segue em busca de ativos no Brasil, diz diretor

O executivo minimizou o cenário político instável do momento, pois avaliou que para quem tem visão de longo prazo, as crises não abalam o interesse







São Paulo – A Brookfield segue em busca de ativos para trazer mais capital para o Brasil, mesmo após realizar duas grandes aquisições no País, a Nova Transportadora do Sudeste (NTS), da Petrobras, e a Odebrecht Ambiental, afirmou o sócio-diretor da empresa, Luiz Maia.

“Estamos olhando outros negócios, mais oportunidades no Brasil.”

Ele lembrou que nos dois casos, a Brookfield buscou co-investidores estratégicos. “Queremos trazer mais”, disse, durante apresentação no Fórum de Investimentos Brasil 2017, que se realiza até amanhã em São Paulo.

“O Brasil precisa importar mais capital e concorremos com distribuição de capital com outros países, como China e Índia. O Brasil precisa ter ambiente para conseguir atrair esse capital”, afirmou.

Ele minimizou o cenário político instável que o País atravessa no momento, pois avaliou que para quem tem visão de longo prazo, as crises não abalam o interesse.

“Quem está aqui há 117 anos e nunca saiu já viu coisas piores, guerras e regimes. Sempre olhamos o horizonte de longo prazo”, afirmou.

Apesar de uma de suas últimas compras ter sido de uma empresa com problemas financeiros graves e necessidade de capital, Maia disse que pagou preço de mercado pelo ativo.

“Não existe galinha morta, não existem ativos em liquidação, você paga a preço de mercado. Estamos comprando a preço justo, acreditando que vai valer mais no futuro porque o País vai estar melhor”, comentou, fazendo referência à compra da Odebrecht Ambiental.

O executivo salientou que o setor de saneamento é atrativo para a companhia tendo em vista o apoio que o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) tem dado ao segmento e o potencial de crescimento desta área, já que atualmente apenas 40% da população brasileira têm acesso a tratamento de esgoto, e 80% têm acesso a água tratada.

Ele explicou que a companhia sempre busca ativos que gerem caixa e com uma plataforma que possa ser expandida, e salientou que a ideia é assumir controle e operar diretamente.

“Queremos negócios simples de serem tocados, nada high tech, mas com potencial”, resumiu.

Empresas evitam grandes fusões e aquisições, diz Goldman Sachs


No geral, a atividade de novos acordos pareceu melhor durante o último mês do que estava no começo do ano, disse Solomon

 




Nova York – Incertezas acerca de políticas tributárias e eventos políticos, como eleições na Europa, estão impedindo que companhias busquem grandes transações de fusões e aquisições, disse nesta quarta-feira o presidente e co-chefe operacional do Goldman Sachs, David Solomon.

No geral, a atividade de novos acordos pareceu melhor durante o último mês do que estava no começo do ano, disse Solomon durante evento organizado pelo Deutsche Bank em Nova York.

“Dado o ambiente em que estamos, desconsiderando choques de mercado e volatilidade, continuaremos a ver um ritmo razoável de fusões e aquisições”, disse.

No geral, a atividade de compra e venda de empresas acumula alta de cerca de 6 por cento sobre o ano anterior, afirmou o executivo.

Fundo mantido com a China terá US$ 20 bi para investir no Brasil




Projetos de infraestrutura devem ser os mais beneficiados pelo mecanismo, que não vai receber recursos públicos

 


Lu Aiko Otta, O Estado de S.Paulo




BRASÍLIA - Anunciado há dois anos, durante visita do presidente da China, Xi Jinping, ao Brasil, o fundo binacional para financiar empreendimentos no Brasil começa a funcionar em 1.º de junho, disse ao Estado o secretário de Assuntos Internacionais do Ministério do Planejamento, Jorge Arbache. Mas, em vez dos US$ 50 bilhões prometidos à época, o valor inicial será de US$ 20 bilhões, a serem aportados na proporção de um dólar do Brasil para cada três da China.

O Fundo China será lançado no dia 30, durante o Brasil Investment Forum, evento que contará com a presença do presidente Michel Temer e CEOs de grandes grupos internacionais. Na ocasião, será anunciada uma lista de 30 projetos candidatos a serem financiados pelo mecanismo. A Ferrogrão, ferrovia ligando Sinop (MT), um centro produtor de grãos, até o porto de Miritituba (PA) é um exemplo. A infraestrutura é um ponto central do fundo, mas ele também financiará projetos em agronegócio, tecnologia e manufatura.



Xi Jinping
Xi Jinping, presidente da China Foto: Edgard Garrido/Reuters
 
Os chineses têm pressionado para incluir na lista a Ferrovia Bioceânica, projeto orçado em US$ 80 bilhões, prioritário para eles. A ideia de uma ferrovia ligando o Atlântico ao Pacífico foi anunciada também na visita do presidente chinês. Porém, o Brasil é contra, segundo fontes da área técnica. Além do custo elevado, há dúvidas quanto à viabilidade do projeto.
O fundo terá três conselheiros de cada lado, que selecionarão projetos de interesse comum e recomendarão aos bancos participantes que os financiem. “A China tem 15 fundos de investimento, mas esse é o único em que as decisões são paritárias”, disse o secretário. 

Não haverá aporte de recursos públicos. Do lado brasileiro, o dinheiro sairá preferencialmente da Caixa, que poderá utilizar o fundo de investimento do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FI-FGTS), e do BNDES. O Banco do Brasil já demonstrou interesse em participar, segundo o secretário. Do lado chinês, quem vai operar é o Claifund, o fundo para financiamento na América Latina. Os recursos virão 85% das reservas internacionais e 15% do Banco de Desenvolvimento da China.


 http://economia.estadao.com.br/noticias/geral,fundo-mantido-com-a-china-tera-us-20-bi-para-investir-no-brasil,70001784473

Governo promove o PR CEOs Investment Meeting


Investidores estrangeiros conhecerão o novo programa Paraná Competitivo

 

Da Redação

 

redacao@amanha.com.br
Governo promove o Paraná CEOs Investment Meeting, em São Paulo

O Paraná, quarta economia do Brasil, recebeu nos últimos cinco anos cerca de R$ 40 bilhões em investimento direto de mais de 400 grandes grupos empresariais. Grande parte desse aporte foi possível graças ao Paraná Competitivo, programa que será apresentado para investidores estrangeiros na quinta (1), em São Paulo. O Paraná CEOs Investment Meeting , iniciativa do governo do Estado em conjunto com a Agência Paraná de Desenvolvimento, discutirá desafios e oportunidades de investimentos no Brasil e no Paraná.

O encontro também compartilhará cases de empresas investidoras. Entre os executivos convidados, estarão Antonio Guetter, presidente da Copel; Antonio Megale, diretor de relações governamentais da Volkswagen; Cristiano Teixeira, diretor geral da Klabin, e Olivier Murguet, Chairman Americas do Grupo Renault. Volks, Klabin e Renault investiram, juntas, mais de R$ 14 bilhões no Paraná. Mauro Ricardo Costa, secretário da Fazenda, explicará os detalhes do novo programa de incentivos. O evento será encerrado pelo governador Beto Richa (foto).


 http://www.amanha.com.br/posts/view/4063

Odebrecht e Cade negociam 12 acordos de leniência


Segundo fontes com acesso às negociações, o conselho mantém conversas em todos os casos em que a Odebrecht relatou conluio entre empresas







O Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) negocia com a Odebrecht pelo menos 12 acordos de leniência no âmbito da Lava Jato, pelo qual a empresa denuncia cartéis em troca de penas menores ou mesmo perdão de multas.

De acordo com fontes com acesso às negociações, o conselho mantém conversas em todos os casos em que a Odebrecht relatou conluio entre empresas na delação premiada de executivos com o Ministério Público Federal (MPF).

Os cartéis já delatados pela Odebrecht envolvem as obras das hidrelétricas de Santo Antônio e Jirau (Rio Madeira, em Rondônia), reforma do aeroporto Santos Dumont (Rio de Janeiro), obras viárias em São Paulo e a construção da Cidade Administrativa em Minas Gerais, entre outros.

Em abril, veio a público a delação de executivos da Odebrecht, que atingiu de deputados a ex-presidentes. Agora, as conversas continuam com o Cade na esfera concorrencial.

O conselho é responsável por analisar se houve práticas como acordos para fraudar licitação, divisão de mercados e exclusão de concorrentes. Se condenadas, as empresas e os executivos envolvidos ficarão sujeitos a multas bilionárias.

A expectativa é que os casos delatados ao MPF gerem novos acordos de leniência com o Cade, espécie de delação premiada das empresas. O órgão tem acesso a todas as provas apresentadas pela empreiteira ao Ministério Público e o entendimento é que os depoimentos e documentos entregues pelos delatores formam um rol probatório robusto.

Ao contrário dos acordos de colaboração premiada, às vezes aceitos com vários delatores no mesmo caso, pelas regras do Cade somente uma empresa pode fechar acordo de leniência em determinado caso de cartel e pleitear imunidade total.

O leniente pode se livrar de pagar qualquer multa ou punição – o tribunal decide o tamanho do “desconto” ao final do processo. A primeira empresa a fechar o acordo leva essa vantagem na negociação, mas outras podem eventualmente colaborar num caso em que já foi fechado acordo. Só que, neste caso, o desconto varia de 25% a 50% da multa.

 

Fraudes


A delação da Odebrecht com o MPF desvendou uma série de combinações feitas entre empresas para fraudar licitações. Um dos acertos revelados por executivos foi para fraudar licitações para obras “de 10 a 12 aeroportos”. Mas a empreiteira listou na delação apenas as obras nos aeroportos Santos Dumont (RJ) e de Goiânia (GO).

Procurada, a Odebrecht disse que está colaborando com a Justiça nos países em que atua e “já reconheceu os seus erros, pediu desculpas públicas, assinou acordo de leniência no Brasil, Estados Unidos, Suíça e República Dominicana, e está comprometida a combater e não tolerar a corrupção em quaisquer de suas formas”.

Citadas na delação da Odebrecht (ver quadro ao lado), a Andrade Gutierrez disse que colabora com as investigações e tem o compromisso de “esclarecer e corrigir todos os fatos irregulares ocorridos no passado”, e a Camargo Corrêa disse ter sido a primeira grande empresa do setor a firmar um acordo de leniência com a Justiça e que segue colaborando com as autoridades.

Também citados, José Roberto Arruda e a OAS não se posicionaram. A reportagem não localizou Delta, Oriente e a Dersa. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
  
 
 

Governo do RS deve realizar plebiscito sobre estatais


Assembleia terá de autorizar pleito de 15 de novembro

Da Redação

redacao@amanha.com.br
Governo do RS deve realizar plebiscito sobre estatais

O líder do governo na Assembleia Legislativa do Rio Grande do Sul, deputado Gabriel Souza, apresentou requerimento de retirada da Proposta de Emenda Constitucional (PEC 259/2016), que cancelava a necessidade de plebiscito para alienação de estatais, como a Companhia Estadual de Energia Elétrica (CEEE), a Companhia  Riograndense de Mineração (CRM) e a Companhia de Gás do Estado do Rio Grande do Sul (Sulgás), na sessão plenária desta terça-feira (30). Souza apelou para a oposição e ofereceu acordo, em nome do governo, para a retirada da proposta, e se comprometeu a encaminhar, à Assembleia, um Projeto de Decreto Legislativo (PDL), para que os deputados autorizem a convocação de plebiscito sobre o mesmo tema, ainda este ano.

O PDL atende às normativas do Tribunal Regional Eleitoral (TRE) para que o pleito seja realizado em 15 de novembro, tradicional data de consulta à população. Neste sentido, a tramitação no Legislativo deve obedecer às normativas na Assembleia até 15 de junho. Caso contrário, o plebiscito só ocorrerá em 2018, com as eleições gerais. A ideia do governo é permitir que a população decida o tamanho do Estado que deseja, ainda na data sugerida pelo TRE.

O governador José Ivo Sartori declarou, em vídeo, que a população é que dirá qual é o tamanho do Estado que deseja. "É a população que vai dizer o Estado que queremos. Ou um Estado voltado para poucos, ou um Estado voltado para todos. Ou um Estado que mantém empresas sem sustentação gerencial e financeira, ou um Estado que se volte ao que realmente importa para as pessoas, especialmente para os mais humildes. Ou um Estado voltado para o passado, ou um Estado voltado para o futuro", enfatizou o governador.

Sartori destacou que o Rio Grande do Sul vive um momento histórico de travessia e que é preciso mais eficiência na prestação de serviços públicos. Defendeu que o Estado deve estar voltado às pessoas, e não para si mesmo. E que, em vez de fazer tantas coisas, cuide mais e melhor do que é prioritário à sociedade: segurança, saúde, educação, infraestrutura e assistência social. "Não é mais hora de pensar nas próximas eleições, mas nas próximas gerações. Não é mais hora de pensar apenas em grupos e seus interesses, mas em toda a sociedade. Nossos filhos, netos e sucessores merecem um Estado equilibrado, moderno, com capacidade de investir e prestar um serviço público de qualidade", afirmou.

 http://www.amanha.com.br/posts/view/4068

JBS pode ser multada em até R$ 31 bilhões por irregularidades


A cifra supera o valor de mercado do frigorífico e também é três vezes maior que o volume de recursos em caixa

 






Após as delações que revelaram as fraudes cometidas pelos irmãos Joesley e Wesley Batista, a JBS tem pela frente uma maratona de processos e investigações que pode culminar na cobrança de mais de R$ 31 bilhões da empresa no Brasil – resultado da aplicação de potenciais sanções, multas e ressarcimentos, além de dívidas fiscais.

A cifra supera o valor de mercado do frigorífico, de R$ 21 bilhões, e também é três vezes maior que o volume de recursos em caixa, de R$ 10,7 bilhões.

Nessa conta estão R$ 10,3 bilhões acordados na noite desta terça-feira, 30, com o Ministério Público Federal para fechar o acordo de leniência com a empresa. Há também três casos sob investigação cuja penalidade, entre multas e devoluções aos cofres públicos, pode chegar a R$ 16,9 bilhões.

O frigorífico é investigado por ganhos com a valorização do dólar após a divulgação das delações e também por sonegação fiscal com a suposta geração de ágio artificial na fusão com o grupo Bertin. 

Além disso, é alvo de investigação do Tribunal de Contas da União (TCU) por empréstimos obtidos no BNDES.

O cálculo feito pelo Estadão/Broadcast toma como base as sanções máximas previstas pelos órgãos responsáveis pelas investigações – Comissão de Valores Mobiliários (CVM), Receita Federal e TCU. Ficaram de fora dessa conta as possíveis indenizações a investidores que podem entrar com ações coletivas contra a JBS e a fatura a ser entregue pelo Departamento de Justiça dos EUA, onde está a principal operação do grupo.

A cifra pode subir ainda mais, caso outros órgãos da administração pública decidam investigar as fraudes cometidas pelos irmãos Batista. No entendimento de procuradores e advogados consultados, o acordo de leniência em negociação com o MPF ajuda a atenuar, mas não livra a empresa de penalidades por outros órgãos.

Segundo um advogado especializado em direito penal empresarial, caso sejam comprovadas todas as práticas e ilícitos, as novas sanções poderão facilmente duplicar os R$ 10,9 bilhões. Analistas de grandes bancos têm recomendado a seus clientes evitar as ações da JBS, porque ficou praticamente impossível estimar o passivo da companhia. Ontem, as ações do frigorífico caíram 3,9%.

Os passivos em potencial da JBS se estenderam para a esfera estadual. Os executivos admitiram o pagamento de propina a governadores em troca de favores relacionados ao Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS).

Por isso, pelo menos seis Estados disseram que estão passando um pente-fino sobre os incentivos fiscais concedidos à empresa. Em três deles, o valor fiscal discutido soma R$ 3,3 bilhões, considerando apenas dados abertos. 

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Como destravar os investimentos no Brasil?

"Vocês têm uma das maiores economias e há gente com trilhões de dólares nos bolsos procurando projetos para investir", disse o CEO mundial do Santander

 






São Paulo — Superar a instabilidade política, melhorar o trabalho das agências regulatórias, assegurar retorno e previsibilidade aos investidores e tornar as regras de licenciamento ambiental mais eficientes.

Esses são alguns dos desafios que o Brasil deve enfrentar para destravar investimentos, na visão de Hélio Magalhães, diretor do Citi Brasil, de José Antônio Alvarez, CEO mundial do Santander, de Ricardo Ramos, diretor do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e de Jorge Familiar, vice-presidente do Banco Mundial para América Latina e Caribe.

Os quatro participaram de um debate promovido pelo Fórum de Investimentos Brasil, do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), realizado em São Paulo nesta quarta-feira. 

Os problemas não são pequenos. Por mais que os indicadores econômicos mostrem pequenas melhoras e a promessa de reformas como a trabalhista e a previdenciária encha os olhos do mercado, ainda falta aos investidores a sensação de segurança.

“O que eles esperam é que haja mais transparência”, disse Magalhães, do Citi. “Eles esperam saber como vai funcionar o processo e ter a certeza de que as regras serão mantidas no longo prazo.”

Se parte disso for resolvido, asseguraram, o percentual de investimentos no país, que no ano passado foi de menos de 20% do PIB (baixo para o padrão de países emergentes), deve aumentar.

“É verdade que as dificuldades brasileiras são grandes, mas áreas como a de infraestrutura continuam sendo interessantes para os investidores”, disse Alvarez, do Santander. “Comparando a outros países, é muito difícil você encontrar algum que reúna características como as encontradas por aqui. Vocês têm uma das maiores economias e há gente com trilhões de dólares nos bolsos procurando projetos para investir.”

Para que esses recursos cheguem ao país, a atuação do governo não deve ser dispensada. A grande questão, debatida por eles, é qual espaço deve ser ocupado por ele.

“O ideal é que recursos públicos só sejam utilizados para financiamentos quando o privado não for opção”, defendeu Familiar, do Banco Mundial.

O papel do BNDES também precisa mudar, disseram. Para Magalhães e Alvarez, o banco de fomento deve abandonar a ideia de financiar totalmente os projetos e focar na assessoria das companhias e na divisão de riscos com as instituições privadas.

“Por muito tempo, o governo ocupou lugares errados, se excedendo nos financiamentos”, disse Magalhães. Além de causar prejuízos financeiros, disse ele, isso asfixiou o próprio desenvolvimento do mercado de capitais.

Sobre a atuação do BNDES, Ramos disse que o banco procura diminuir sua participação em projetos e melhorar a situação do mercado de capitais.

“Recentemente, aprovamos uma linha para garantir a liquidez de debêntures. A gente por um período, se houver um default [calote], pode pagar juros e principal para aumentar a segurança do investidor. Tomamos uma série de medidas para que o BNDES tenha um papel de estruturador e não só de financiador”, disse Ramos.

Ramos entrou de forma interina no lugar de Maria Silvia Bastos Marques e deixará o posto amanhã (01), dando lugar a Paulo Rabello de Castro, atual diretor do IBGE.

“O BNDES tem que ser como um pai que ajuda a caminhar e também sabe soltar a bicicleta”,  


Brasil só ganha de Mongólia e Venezuela em competitividade


Brasil caiu 23 posições desde 2010 no ranking da escola de negócios suíça IMD e agora está no 61º lugar entre 63 países

 






São Paulo – O Brasil só é mais competitivo do que Mongólia e Venezuela, de acordo com um ranking da escola de negócios suíça IMD divulgado hoje.

“É esperado que esses países ocupem estas posições por tudo o que acompanhamos nos noticiários sobre as questões políticas atuais. Mas estas questões estão na raiz da má eficiência dos governos, e isso diminui as posições no ranking”, diz Arturo Bris, diretor do Centro Mundial de Competitividade do IMD.

Ficamos na 61ª posição entre 63 países, atrás de Índia, Turquia, Bulgária, Grécia e Argentina.

A queda brasileira é de 4 posições em relação ao ano passado e de 23 posições em relação a 2010, quando o país atingiu sua melhor posição (38º).

O Brasil obteve, em 2017, 55.829 pontos no índice agregado. Foi um avanço de 4.153 pontos em relação a 2016, mas insuficiente para gerar avanços no ranking geral.

Em competitividade, não é preciso apenas melhorar, mas melhorar mais do que os outros. Se o mundo avança rapidamente, correr atrás do prejuízo não é suficiente.

Ainda assim, “a queda apresentada pelo Brasil em 2017 não é apenas relativa, mas também absoluta se observada no longo prazo”, explica um dos autores, o professor Carlos Arruda, da Fundação Dom Cabral, que faz o levantamento da parte brasileira.

Hong Kong e Suíça lideram pelo segundo ano consecutivo e os Estados Unidos saíram do top 3 pela primeira vez em uma década.

Os 10 primeiros lugares são, na ordem: Hong Kong, Suíça, Singapura, Estados Unidos, Holanda, Irlanda, Dinamarca, Luxemburgo, Suécia e Emirados Árabes Unidos.


Metodologia


O ranking é publicado desde 1989 e tem quatro pilares: performance econômica, eficiência do governo, eficiência empresarial e infraestrutura.

Dos 260 indicadores utilizados, dois terços são dados estatísticos e um terço vem de uma pesquisa de opinião com 6.250 executivos de alto escalão.

No Brasil, esse levantamento foi feito entre fevereiro e março, antes da crise política disparada pelas denúncias que enfraqueceram o presidente Michel Temer, em um momento em que os índices de confiança do empresariado estavam em forte alta.


Resultados


A recessão profunda e prolongada levou a uma queda acentuada do Brasil no pilar “Desempenho Econômico”, com perda de 23 posições em um ano no item “Emprego”.

O desemprego no país ficou em 13,6% no trimestre até abril, segundo números divulgados hoje pelo IBGE, contra 11,2% no mesmo período de 2016.

“A recessão é algo que explicita e afeta nossa capacidade de concorrer com outros”, diz Ana Burcharth, professora e pesquisadora do Núcleo de Inovação e Empreendedorismo da Fundação Dom Cabral e uma das autoras do estudo.

O país também caiu 5 posições em um ano no pilar de “Infraestrutura”. A infraestrutura científica, por exemplo, teve impacto da queda de recursos e de pessoas empregadas em pesquisa e desenvolvimento. No momento da crise, as empresas estão mais preocupadas em sobreviver do que em novar.

“Em um contexto político abalado e extremamente incerto, é um desafio mover pessoas e recursos em prol de um projeto de nação”, diz Carlos Arruda.

Outros problemas citados são a dificuldade em atrair talentos de fora e as questões trabalhistas, assim como a baixa eficiência no uso de recursos.

Nosso gasto em educação, por exemplo, é compatível com nosso nível de renda e está na média de países comparáveis, mas nossos indicadores de qualidade ficam muito aquém na comparação.

Para Arturo, os países que conseguiram subir no ranking adotaram uma agenda de produtividade, melhora de ambiente de negócios e abertura para o comércio internacional. Ana diz que falta ao Brasil essa visão mais estratégica e consistente:

“Muitas vezes a gente fica refém de questões conjunturais, economia volátil e instabilidade institucional. Os países que conseguem melhorar e sustentar competitividade são aqueles que pensam em investimentos de longo prazo”, resume.


Comissão do Senado aprova PEC das eleições diretas


CCJ aprovou o texto original da PEC que prevê eleições diretas em caso de vacância da Presidência

 






São Paulo – A Comissão de Constituição e Justiça do Senado aprovou o texto original da PEC 67/2016, do senador José Reguffe (sem partido-DF), que prevê eleições diretas se a Presidência da República ficar vaga em até três anos de mandato.

O texto aprovado determina que as regras eleitorais só podem ser alteradas no mínimo um ano antes da eleição.

O relator da PEC, Lindbergh Farias, tinha apresentado um substitutivo no qual as novas regras não teriam que cumprir a anualidade, mas a proposta foi rejeitada.

Na prática, isso significa que, se a PEC for aprovada e Michel Temer cair até outubro deste ano, haverá uma eleição direta antes do calendário oficial.

O texto ainda segue para ser votado em plenário, por todos os senadores. Depois, deve passar pela Câmara dos Deputados.

 

Caminho


De acordo com a Constituição e com o Regimento Interno do Senado Federal, uma PEC originada no Senado deve primeiro ser apreciada na CCJ.

Depois, é incluída na ordem do dia do Plenário e precisa ser discutida, em primeiro turno, durante cinco sessões deliberativas consecutivas. Nessas sessões, podem ser apresentadas emendas, que devem ser assinadas, cada uma, por um terço dos senadores.

Se ao final da discussão não tiver sido apresentada nenhuma emenda, a PEC pode ser votada em primeiro turno. Se houver emendas, a PEC volta à CCJ para receber parecer sobre elas.

 

Outra proposta


Existem duas propostas em tramitação que dizem respeito às eleições diretas: essa, que acabou de passar pela CCJ do Senado; e a PEC 227/16, que tramita na Câmara dos Deputados.

A proposta da Câmara, que prevê a convocação de eleições diretas faltando até seis meses para o fim do mandato atual, teve a votação adiada pela quinta sessão seguida.

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O Futuro da Agricultura – Cultivando com Inteligência – Por Mauricio Lopes




A concorrida palestra e apresentação feita pelo presidente da Embrapa, Mauricio Lopes, no último dia 19 de abril de 2017 no auditório do IAC – Centro de Cana em Ribeirão Preto e iniciativa da ABAG-RP – Associação Brasileira do Agronegócio da Região de Ribeirão Preto e do IBISA, Instituto Brasileiro para Inovação e Sustentabilidade do Agronegócio, está disponibilizada aos leitores do BrasilAgro.

Para tanto, basta entrar no link na capa do nosso site www.brasilagro.com.br ou então acessar diretamente http://www.brasilagro.com.br/imagens/o-futuro-da-agricultura.pdf para conhecer a visão estratégica de Mauricio Lopes em relação ao futuro da agricultura digital bem como ao protagonismo e as mudanças que ocorrem para transformar o Brasil no maior celeiro mundial de produção de alimentos e energias renováveis.

 (Da Redação, 31/5/17)

 http://www.brasilagro.com.br/conteudo/o-futuro-da-agricultura-cultivando-com-inteligencia-por-mauricio-lopes.html?utm_source=Newsletter&utm_medium=E-mail-MKT&utm_campaign=E-Mkt_RGB/

terça-feira, 30 de maio de 2017

Goldman Sachs defende compra de bônus venezuelanos


No fim de semana, o Wall Street Journal publicou que o banco pagou um total de US$ 865 milhões pelos bônus emitidos pela estatal PDVSA em 2014

 





Nova York – O banco Goldman Sachs defendeu nesta terça-feira sua decisão de comprar US$ 2,8 bilhões em bônus do Banco Central da Venezuela após as críticas recebidas por parte de lideres opositores no país sul-americano.

“Investimos em bônus da Petroleos de Venezuela (PDVSA) porque, como muitos outros neste setor, acreditamos que a situação nesse país deve melhorar com o tempo”, afirmou o banco em comunicado enviado à Agência Efe.

Um porta-voz do Goldman Sachs explicou que esses títulos, emitidos em 2014, foram comprados nos mercados secundários através de um corretor em uma operação na qual não houve interação direta com o governo venezuelano.

“Reconhecemos que a situação é complexa e mudável e que a Venezuela está em crise. E concordamos que a vida (nesse país) tem que melhorar e, em parte, fizemos este investimento porque acreditamos que assim será”, acrescenta a nota.

No fim de semana, o “The Wall Street Journal” publicou que o departamento de gestão de ativos do banco pagou 31 centavos de dólar, ou um total de US$ 865 milhões, pelos bônus emitidos pela estatal PDVSA em 2014 com vencimento em 2022.

O investimento foi feito em meio a uma onda de protestos a favor e contra o governo de Nicolás Maduro, que em algumas ocasiões acabam em violência.

Em quase dois meses, foram contabilizadas 59 mortes ligadas às manifestações, segundo dados do Ministério Público.



Dráuzio Varella vai assessorar programa de Doria na Cracolândia


Além do famoso médico brasileiro, Anthony Wong e Wagner Gattaz também participarão dos programas Recomeço e Redenção no combate ao uso de drogas

 






São Paulo – Os médicos Anthony Wong, Dráuzio Varella e Wagner Gattaz foram os três nomes escolhidos pelo governo de São Paulo e pela Prefeitura para formar o “comitê de notáveis” que vão assessorar os programas estadual Recomeço e municipal Redenção no combate ao uso de drogas, com foco inicial na região da Nova Luz, no centro da capital paulista. O Comitê Superior de Saúde vai acompanhar e auditar as ações governamentais na Cracolândia.

Internação forçada


Nesta segunda-feira, 29, o prefeito João Doria (PSDB) nomeou o psiquiatra Arthur Guerra para o comando do Redenção. Ao assumir o cargo, o especialista sugeriu que a gestão municipal desistisse da autorização judicial para avaliação médica forçada e que aproveitasse o modelo de internações adotado pelo Estado no Recomeço.

Embora a hospitalização forçada já esteja prevista na legislação federal e venha sendo adotada pelo governo estadual há quatro anos em casos excepcionais, a Prefeitura criou polêmica ao entrar com pedido na Justiça para que a autorizasse a fazer busca e apreensão de usuários de drogas nas ruas para avaliação médica sem aval caso a caso.

O Tribunal de Justiça de São Paulo, porém, determinou a extinção do pedido da Prefeitura. O TJ-SP acolheu pedido de recurso da Defensoria Pública e do Ministério Público Estadual (MPE), que destacaram que uma ação municipal do tipo poderia levar a uma “caçada humana”.


Os fabulosos Wesley e Joesley


A delação dos reis da carne, donos do JBS, pode decretar o fim do governo de Michel Temer.

José Batista Sobrinho ajudou a construir Brasília. Em 1957, seu açougue fornecia carne para os refeitórios dos operários que trabalhavam na construção da capital modernista do Brasil. Agora, seus dois filhos mais novos, Wesley e Joesley, estão pondo o lugar abaixo. No comando da empresa fundada pelo pai, rebatizada de JBS em sua homenagem, os dois irmãos estão no centro de um escândalo capaz de fazer com que um presidente brasileiro deixe o cargo antes do tempo pela segunda vez em um ano.

A JBS é a maior exportadora de carne bovina do mundo. Suas receitas, que eram de R$ 3,9 bilhões em 2006, chegaram a R$ 170 bilhões no ano passado, impulsionadas pelo apetite da China e pelo entusiasmo do Brasil por suas “campeãs nacionais”. Entre 2007 e 2015, o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) injetou mais de R$ 8 bilhões em aportes e empréstimos nas empresas dos irmãos Batista. A maior parte desses recursos foi utilizada na aquisição de concorrentes, entre as quais se incluem empresas americanas, como Swift e Pilgrim’s Pride. A holding da família, a J&F, também procurou se diversificar, e hoje é dona, entre outras, da Alpargatas, fabricante das sandálias Havaianas.

Enquanto a JBS comprava empresas, Wesley e Joesley compravam políticos. De R$ 20 milhões em 2006, as doações eleitorais declaradas da JBS passaram para quase R$ 400 milhões em 2014, quando a empresa foi a maior doadora da campanha. Nos últimos dez anos, os dois irmãos apoiaram financeiramente 1.829 candidatos a cargos eletivos.

Com tanta generosidade, ajudaram a eleger um terço do Congresso atual. Na grande maioria dos casos, as doações eram ilegais. Wesley e Joesley confessaram que quase todos os recursos doados oficialmente, além dos milhões distribuídos por baixo do pano, representavam propinas pagas a políticos para que eles atuassem em favor dos interesses da J&F.

No ano passado, as empresas dos Batista foram incluídas em cinco investigações criminais. A mais recente delas tem como foco os negócios da J&F com o BNDES, que financiou a expansão do grupo a mando de políticos que depois teriam embolsado parte dos recursos disponibilizados pelo banco.

Para salvar suas empresas, e a si mesmos, Wesley e Joesley propuseram um acordo de delação premiada aos procuradores que investigam o metastático escândalo de corrupção centrado na Petrobrás. Foi o melhor negócio que a dupla fez até hoje. Em troca de provas de crimes cometidos por importantes figuras políticas – incluindo, possivelmente, o presidente Michel Temer – os dois obtiveram imunidade quase total. Ao contrário de Marcelo Odebrecht, ex-presidente do grupo Odebrecht, não passarão nem um dia na cadeia ou em prisão domiciliar. Livre para deixar o Brasil, Joesley já se mudou para o suntuoso apartamento que tem em Nova York. Ele e o irmão terão de pagar uma multa de R$ 110 milhões cada um – valor que não deve doer muito em seus bolsos bilionários.


Perigos


Os reis da carne não estão totalmente a salvo. É possível que a JBS venha a ser investigada por corrupção nos EUA; e os americanos que investiram em títulos da empresa podem processá-la judicialmente. Além disso, a Comissão de Valores Mobiliários (CVM) investiga a JBS pela prática do crime de “insider trading”.

Semanas antes dos detalhes da delação dos irmãos Batista vazarem para a imprensa, em 17 de maio, os controladores da JBS venderam mais de R$ 300 milhões em ações da empresa; e, no mesmo dia, horas antes da notícia cair como uma bomba no mercado, a J&F comprou grande quantidade de dólares. Wesley e Joesley negam ter manipulado o mercado. Aparentemente, foram abençoados com o mesmo tino comercial do pai 

(The Economist, 29/5/17)

MPF propõe multa de R$ 10,9 bi para acordo de leniência com a J&F


O montante representa 6% do faturamento das empresas do grupo em 2016 que, segundo a própria J&F, foi de 183,244 bilhões

 





Em nova tentativa de selar o acordo de leniência com a holding J&F, controladora da empresa JBS, o Ministério Público Federal (MPF) propôs o pagamento de multa no valor de R$ 10,994 bilhões, em prestações semestrais ao longo de 13 anos.

O montante representa 6% do faturamento das empresas do grupo em 2016 que, segundo a própria J&F, foi de 183,244 bilhões.

Na semana passada, a força-tarefa da Operação Greenfield havia proposto o pagamento de multa de R$ 11,169 bilhões, que não foi aceita pelo grupo econômico, que tem como principais sócios os irmãos Joesley e Wesley Batista.

Já o grupo J&F apresentou cinco propostas: R$ 700 milhões, R$ 1 bilhão, R$ 1,4 bilhão, R$ 4 bilhões e R$ 8 bilhões, todas rejeitadas pela força-tarefa.

Pela nova proposta, os pagamentos serão iniciados em dezembro, com correção pela Selic, e deverão ser feitos exclusivamente pela holding J&F.

Segundo o MPF, a medida tem o objetivo proteger acionistas minoritários.

O dinheiro arrecadado, de acordo com o MPF, deverá ser destinado às entidades públicas e fundos de pensão que foram lesados pela atuação de empresas controladas pela J&F, como a Fundação dos Economiários Federais (Funcef) e a Petros, além do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).

Em nota, o MPF informo que a divisão dos valores se dará da seguinte forma: os fundos de pensão Funcef e Petros, além do BNDES, receberão, cada um, 25% do total a ser pago pela J&F.

O restante (25%) será distribuído entre FGTS (6,25%), Caixa Econômica Federal (6,25%) e União (12,5%).

“Além disso, a proposta prevê que, caso o grupo firme acordos no exterior, 50% do valor pago fora do país sejam destinados às entidades brasileiras, na mesma proporção prevista no acordo de leniência”, diz nota do MPF.

Negociação


O novo valor estipulado pelo MPF leva em conta a gravidade dos delitos e, por isso, a multa foi inicialmente fixada em 20% do faturamento, percentual máximo previsto na Lei Anticorrupção (12.846/13) e no decreto 8.42/15, que regulamentou a norma.

Em seguida, foi aplicado um redutor de 2% em razão da existência de programa de integridade e da colaboração parcialmente espontânea dos crimes.

Os 18% restantes sofreram um abatimento de dois terços em razão da efetiva colaboração. Os principais acionistas do grupo – os irmãos Joesley e Wesley Batista – firmaram acordo de colaboração premiada como o Ministério Público, homologado pelo Supremo Tribunal Federal (STF).

“Também foram mencionados outros indicadores e números que foram considerados na definição do total a ser pago, em decorrência de eventual acordo de leniência. Um deles é o Ebtida (indicador usado para medir o desempenho de uma empresa, a partir de aspectos como lucro operacional, em que se desconsidera impostos e outros efeitos financeiros para medir a eficiência e a produtividade de uma companhia), que no caso do Grupo J&F, está projetado de R$ 17,1 bilhões para 2017. A multa proposta pelo MPF para o acordo de leniência representa 64,11% do valor de projeção do Ebtida. O índice é 10% superior ao aplicado no acordo firmado com a construtora Odebrecht, que foi de 54%”, diz nota do MPF