A
China mira os talentos de outros países para se manter no topo do
desenvolvimento global. O país sabe que os mais de 1 bilhão de habitantes não
são suficientes para alcançar aquilo que diferencia as nações
desenvolvidas: o poder de inovação. Além de muitas mãos para produzir,
precisará de mentes para inovar.
Profissionais de qualquer parte do mundo, inclusive do Brasil, podem
candidatar-se, que os chineses estão investindo pesado na procura e
recrutamento de talentos.
A
China, que até a década de 80 se manteve fechada economicamente e hoje é uma
das maiores forças produtivas do mundo, tem a inovação como um dos vértices de
seu modelo de crescimento, que é ambicionado por muitas nações emergentes
e e que faz os EUA dormirem com os dois olhos abertos ante a concorrência
oriental.
Ao
abrir as portas para as melhores cabeças do mundo, o país proporciona a troca
de conhecimentos e atrai novas e diferentes idéias.
Foi
o que disse a economista Ann Lee (foto) no 1º Fórum de Inovação, promovido pela
Federação das Indústrias do Rio Grande do Sul (Fiergs), por meio do
Instituto Euvaldo Lodi (IEL-RS) e realizado em Novo Hamburgo nesta
quarta-feira (23).
“A
China está recrutando ativamente estrangeiros para seus centros de
inovação e universidades. Professores qualificados são estimulados a trabalhar
por lá, com salários
elevados, por exemplo, algo que não acontece na
América Latina”, salientou.
Em
2012, pela primeira vez, o país asiático ultrapassou os EUA em número de
imigrantes.
A
colaboração entre pessoas com diferentes culturas e conhecimentos foi
ressaltada como uma forma de gerar inovação durante a exposição de Roberto
Gomes de LaIglesia, Diretor da c2+i, organização que promove a interação entre
ambientes empresariais e as artes. La Iglesia, que foi palestrante do Fórum,
acredita que o cenário para a inovação mudou, exigindo a cooperação e a
multidisciplinaridade.
“Temos que ser competentes competidores e
cooperativos, sem barreiras entre setores como economia e arte”, destacou.
E
é para este novo mundo que as empresas devem estar preparadas. “Não
buscamos mão de obra, mas sim cérebros criativos e construtivos”, lembrou
Heitor José Müller, presidente da FIERGS.
Fonte:
Revista Amanhã
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