“O expresso é a lente de aumento de um café”, diz a barista Tabatha Creazo, do Octavio Café. É na xícara do café espresso
(nome original em italiano; em português, a grafia é expresso) que
todas as características do produto se acentuam: o que há de bom e de
ruim na bebida.
Feito por meio da passagem da água quente sob alta
pressão, o expresso extrai dos grãos todo o sabor e deixa o café mais
consistente. A bebida surgiu na Itália, no início do século passado, mas
tornou-se popular no mundo inteiro. A partir dela, surgiram alguns
derivados - ele pode ser usado, por exemplo, como base para o
cappuccino, para o macchiato ou para o flat white, que leva leite
vaporizado e é comum na Oceania.
O original italiano é curto, conhecido como ristretto.
Tabatha explica que esse tipo de café costuma ser bastante encorpado,
por ter um contato menor com a água. Na Itália, a xícara traz apenas
15ml do café, bem menos que os 50ml ou 60ml comuns nos cafés
brasileiros.
Se os italianos são referências por criarem novos tipos
de café, em qualidade, eles ficam para trás, diz Tabatha. O café
queimado e amargo é superado pela excelente bebida norueguesa e
dinamarquesa. Os asiáticos também chamam a atenção no setor: Japão e
Coreia do Sul servem expressos mais delicados, mas de qualidade. Na
América do Sul, destaca-se a Colômbia, tradicional produtora.
Ainda que a era do expresso esteja acabando e os cafés
coados sejam cada vez mais populares, segundo Tabatha, há quem aprecie a
bebida já famosa há mais de três décadas. Em qualquer parte do mundo, é
possível encontrar um café expresso. Confira, na galeria acima, quanto
pode custar uma xícara em dez países diferentes.
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