SÃO PAULO - Um
dos grandes desafios das empresas hoje é garantir que seus melhores
talentos não deixem a companhia – e, para muitos, a falta de
comprometimento é a marca das gerações mais jovens.
Mas um novo estudo
de professores das escolas de negócios Wharton, nos Estados unidos, e IE
Business School, da Espanha, indica que membros do alto escalão como
CEOs e vice-presidentes executivos estão entre os mais dispostos a ir
atrás de um novo emprego quando confrontados com a oportunidade.
Com base nos dados de dois mil altos executivos do mercado financeiro
americano, os professores analisaram as respostas dadas a headhunters
que os procuraram para oferecer uma chance de participar do processo
seletivo para uma vaga em outra empresa. Mais da metade (52%) aceitaram
se tornar candidatos no contato inicial dos recrutadores, quando ainda
não tinham muitas informações sobre a vaga. Para o professor da Wharton e
diretor do Centro de Recursos Humanos da escola, Peter Capelli, o
número é "maior do que o esperado", colocando os comandantes entre os
menos engajados nas organizações.
Os pesquisadores também descobriram que os cargos mais altos entre
os participantes do estudo – CEOs, vice-presidentes executivos e
vice-presidentes seniores – estavam entre os mais propensos a aceitar
uma proposta de um headhunter. Além disso, aqueles com experiência mais
variada, como passagens em diversas cidades, países ou áreas da empresa,
também estavam mais dispostos a ir atrás das novas oportunidades. "Com a
mobilidade, os executivos não desenvolvem laços fortes com a
organização, e ir embora se torna mais fácil para eles", sugere Capelli.
(Letícia Arcoverde | Valor)
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