Balança comercial registrou em setembro o segundo melhor resultado mensal do ano, com superávit de US$ 2,147 bilhões
Brasília - A balança comercial
brasileira registrou em setembro o segundo melhor resultado mensal do
ano, com superávit de 2,147 bilhões de dólares, levemente acima da
expectativa do mercado, refletindo em parte a desvalorização do real
ante o dólar, O resultado do mês também foi favorecido por embarques
maiores de soja e o aumento da cotação do minério de ferro, disse o
Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior nesta
terça-feira.
Mas apesar do superávit no mês, a balança continua registrando déficit
no acumulado do ano de 1,6 bilhão de dólares --o pior resultado para o
período de janeiro a setembro em 15 anos. No mesmo período do ano
passado, a balança acumulava superávit de 15,7 bilhões de dólares.
As exportações brasileiras
somaram 20,9 bilhões de dólares no mês passado, queda de 5 por cento
pela média diária em relação ao mesmo período de 2012. Em relação a
agosto, contudo, as exportações subiram 2,7 por cento.
Já as importações totalizaram 18,85 bilhões de dólares em setembro,
queda de 2,2 por cento em relação a agosto e a setembro do ano passado,
também pela média diária.
O desempenho do mês passado veio um pouco acima do esperado pela
mediana das estimativas dos especialistas consultados pela Reuters, com
projeção de superávit de 2 bilhões de dólares.
Ajudaram no desempenho das exportações o aumento de 66 por cento no
valor arrecadado com o embarque de soja em grão em relação a média
diária de setembro de 2012 e a valorização de 9,4 por cento nos preços
internacionais do minério de ferro na mesma comparação.
Segundo o secretário de Comércio Exterior (Secex), Daniel Godinho, o
câmbio desvalorizado começou a melhorar as vendas dos produtos
brasileiros, ajudando a elevar, por exemplo, em 60 por cento as
exportações de automóveis feitas no mês passado.
No lado das importações, o dólar mais caro foi determinante na redução
em 11 por cento nas compras no exterior de bens de consumo não duráveis.
"A tendência é de redução das importações de bens de consumo duráveis", disse o secretário.
O dólar registra alta de 11,35 por cento ante o real desde o início de maio, quando a perspectiva de mudança na política monetária dos Estados Unidos levou os investidores saírem de mercados emergentes e buscarem ativos mais seguros.
"A tendência é de redução das importações de bens de consumo duráveis", disse o secretário.
O dólar registra alta de 11,35 por cento ante o real desde o início de maio, quando a perspectiva de mudança na política monetária dos Estados Unidos levou os investidores saírem de mercados emergentes e buscarem ativos mais seguros.
Conta Petróleo Deficitária
A despeito da melhora do saldo comercial em setembro, o resultado acumulado nos nove primeiros meses mostra uma balança comercial castigada pela retração do comércio internacional, pelo avanço das importações e pelo alto déficit na conta petróleo.
Nos novo primeiros meses do ano, as exportações somaram 177,7 bilhões de dólares, queda de 1,6 por cento pela média diária frente a igual período do ano passado, enquanto as importações subiram 8,7 por cento, para 179,3 bilhões de dólares.
Entre janeiro e setembro a conta petróleo registrou déficit de 16,5 bilhões de dólares-- mais de 570 por cento superior ao déficit de 2,4 bilhões de dólares no mesmo período do ano passado.
Apesar desse resultado ruim, para Godinho, a tendência dos próximos meses é que a produção interna de petróleo e derivados aumente, levando à ampliação das exportações desses insumos e redução no saldo negativo na conta.
"O resultado da balança no fim do ano depende da conta petróleo e do câmbio", disse.
A dinâmica ruim das operações de comércio exterior levou o Banco Central a fazer uma drástica redução para 2 bilhões de dólares ante 7 bilhões de dólares na previsão anterior de superávit comercial para 2013.
Exportações fracas e importações em alta foram, também, um dos motivos que levaram o BC a reduzir para 2,5 por cento ante 2,7 por cento a previsão de expansão da economia este ano.
A despeito da melhora do saldo comercial em setembro, o resultado acumulado nos nove primeiros meses mostra uma balança comercial castigada pela retração do comércio internacional, pelo avanço das importações e pelo alto déficit na conta petróleo.
Nos novo primeiros meses do ano, as exportações somaram 177,7 bilhões de dólares, queda de 1,6 por cento pela média diária frente a igual período do ano passado, enquanto as importações subiram 8,7 por cento, para 179,3 bilhões de dólares.
Entre janeiro e setembro a conta petróleo registrou déficit de 16,5 bilhões de dólares-- mais de 570 por cento superior ao déficit de 2,4 bilhões de dólares no mesmo período do ano passado.
Apesar desse resultado ruim, para Godinho, a tendência dos próximos meses é que a produção interna de petróleo e derivados aumente, levando à ampliação das exportações desses insumos e redução no saldo negativo na conta.
"O resultado da balança no fim do ano depende da conta petróleo e do câmbio", disse.
A dinâmica ruim das operações de comércio exterior levou o Banco Central a fazer uma drástica redução para 2 bilhões de dólares ante 7 bilhões de dólares na previsão anterior de superávit comercial para 2013.
Exportações fracas e importações em alta foram, também, um dos motivos que levaram o BC a reduzir para 2,5 por cento ante 2,7 por cento a previsão de expansão da economia este ano.
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