quinta-feira, 10 de outubro de 2013

Depois da Economist, NY Times descobre que Dilma é ruim de economia


Editorial critica o comando da economia, "pibinho", saúde, educação e Mais Médicos.

 
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Após a Economist dedicar uma capa questionando se o Brasil estaria jogando fora o bom momento forjado nos últimos anos, é a vez do New York Times separar um editorial onde aponta os equívocos cometido pela atual administração.  O texto abre lembrando do crescimento que o Brasil atingiu com o governo Lula, mas ressalta que Dilma vem enfrentando dificuldades para manter a economia ativa. O “pibinho” é destacado como um dos principais sintomas e, mesmo o leve crescimento previsto para 2013 não é aceito como desculpa para uma acerto de prumo.
No último ano, a economia cresceu 0,9% porque o investimento privado desacelerou. Analistas preveem que o crescimento recupere-se para 2,5% este ano, mas isso ainda está muito abaixo dos 7,5% atingidos pelo país em 2010.
(grifos nossos)
Sem citar este termo, diagnosticam que o problema é fruto da velha “lei de oferta e procura”: houve crescimento de renda nas camadas mais pobres, há mais gente interessada numa boa estrutura, estrutura essa que não melhorou. Aumentou a procura, manteve-se a oferta e naturalmente os preços subiram. Temos então inflação e insatisfação popular. Isso teria resultado, segundo a publicação, nos protestos de junho.
Faz sentido, o que é irônico, visto que Dilma foi vendida como a “mãe do PAC”, o projeto que aceleraria o crescimento do Brasil gastando fortunas com uma infraestrutura que ainda aguardamos.
Mas, enquanto os ganhos dos cidadãos mais pobres cresceram mais rápido do que o dos ricos nos últimos anos, a desigualdade de renda mantém-se alta. E a inflação, que corrói o aumento da renda, está sendo um grande fardo aos brasileiros mais pobres. A taxa de inflação do país fechou em 6,09% em agosto, de acordo com o Banco Central, que elevou as taxas de juros diversas vezes este ano.
(grifos nossos)
O editoral também reforça que o descuido explícito de Dilma com a inflação está prejudicando principalmente as camadas mais humildes. Assim como ataca a educação, apontando que, em testes recentes, brasileiros tiveram um rendimento abaixo de economias bem menores, como as do Uruguai, México e Colômbia, o que vem fazendo do nosso mercado pobre em bons profissionais.
O país também precisa reformar seu sistema de ensino, que faz um trabalho pobre no preparo de jovens para empregos qualificados na indústria e no setor de serviços. Em um teste internacional de habilidades de leitura, matemática e ciências com jovens de até 15 anos de idade, os alunos brasileiros obtiveram menores pontuações que seus vizinhos latinos, como Uruguai, México e Colômbia.
(grifos nossos)
O Mais Médicos é citado, mas como um remendo temporário decorrente de um problema crônico. Que a solução, segundo eles, está de fato numa reforma educacional que atinja não só o ensino superior, mas também a base, preparando-a suficientemente bem ou ela não chegará ao topo.
O Brasil é tão cronicamente escasso de profissionais qualificados que o governo está planejando importar médicos de outros países. Isso pode ser uma boa solução temporária, mas o governo precisa construir mais universidades e melhorar o ensino nas escolas primárias e secundárias para certificar-se de que mais alunos consigam atingir o ensino superior.
(grifos nossos)
Resta agora torcer para que a chamada “mídia golpista” nacional também acorde para o fato de que o Brasil voltou a ser o país do futuro do pretérito.

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