Combinação entre investimentos do governo, pesquisas do exército e excelência universitária cria um ambiente propício ao empreendedorismo e já faz da capital israelense a segunda no mundo em número de startups
São Paulo - Conhecida como a nação startup, Israel
tem mais startups per capita do que qualquer outro país do mundo e já
ameaça o reinado absoluto do Vale do Silício como lugar preferido dos
empreendedores da tecnologia.
Uma pesquisa da Startup Genome, empresa que rastreia essas empresas, colocou
Tel Aviv como a segunda melhor cidade para as startups. E não é sem
motivos: a metrópole tem cerca de 4.800 destas empresas, mais que
qualquer outro país fora dos Estados Unidos, de acordo com dados da
Israel Venture Capital Research Centre.
Tudo isso fez com que Israel chegasse ao posto de segundo país
estrangeiro (atrás da China) com mais empresas listadas na Nasdaq, a
bolsa de valores americana para empresas de tecnologia.
Nos últimos cinco anos, a cidade viu o surgimento de uma nova geração de startups, colocando Tel Aviv de volta nos radares na indústria da alta tecnologia.
De volta porque nos anos 1990, Israel viveu, junto com o mundo, o
boom das empresas de tecnologia, e sofreu junto quando a “bolha das
pontocom” levou ao desaparecimento de grande parte delas.
Agora, a cidade compete com outros centros de tecnologia como Moscou,
Londres, Nova York e Berlim pelo posto de novo Vale do Silício.
O que difere Tel Aviv de seus competidores globais, como conta uma reportagem do Mashable,
é a energia que exala da cidade. “Todo mundo parece ser o fundador de
um novo empreendimento e eventos de networking acontecem todos os dias”,
diz o jornalista especializado na cobertura de startups, Monty Munford.
O empreendedor de Tel Aviv é, em geral, jovem e recém-saído do
exército – em Israel, o serviço militar é obrigatório por 3 anos para os
homens e por 2 para as mulheres.
De acordo com uma reportagem da BBC,
além das unidades militares regulares, os jovens também são designados
para unidades de desenvolvimento de tecnologia, em que os recrutas são
estimulados a desenvolver ideias inovadoras para as áreas de segurança
da informação, criptografia, comunicações e guerra eletrônica.
Quando voltam ao mundo real, parece natural a esses jovens usar a
experiência adquirida para se lançar no mercado das startups.
Além disso, Israel é líder mundial em termos gastos do governo com
pesquisa e desenvolvimento e tem muitas escolas de engenharia de
primeira classe, como a Universidade Hebraica de Israel, ou institutos
de tecnologia, como o Tecnion.
A combinação entre os investimentos do governo, as pesquisas do
exército e o ensino universitário cria um ambiente propício ao
empreendedorismo.
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