quinta-feira, 10 de outubro de 2013

Vale terá melhor trimestre desde 2011, aposta Citi


Receita de 12,9 bilhões de dólares e lucro líquido de 3 bilhões estão entre números esperados

Denis Balibouse/Reuters
Logo da Vale do lado de fora do escritório comercial central em Sain-Prex, perto de Genebra

Vale: aumento das exportações e a alta do preço do ferro indicam bom desempenho

São Paulo – Com a proximidade da temporada de balanços, as corretoras começam a revelar suas expectativas.. Mesmo com os 20% de desvalorização de seus papéis desde janeiro, a Vale deve anunciar bons números no terceiro trimestre. Pelo menos, essa é a aposta da Citi. Em relatório assinado por Alexander Hacking e Thiago Ojea, a corretora afirma que espera que a companhia apresente "resultados fortes" para o período.

"Esperamos um trimestre forte, o melhor desde 2011", afirmam os analistas no informe. De acordo com as previsões da Citi, a receita da Vale de julho a setembro deve ser de 12,9 bilhões de dólares e o lucro líquido da companhia deve ficar na casa dos 3 bilhões de dólares. Entre as razões para isso, estariam o aumento nas exportações do minério de ferro e a alta do preço da commodity.

Hoje, a tonelada do ferro está sendo negociada por aproximadamente 103 dólares – quatro a mais do que no mesmo período do ano passado. Para completar a boa fase, a Citi ainda aposta que as vendas da Vale vão crescer 11% em relação ao segundo trimestre e 2% em comparação com a mesma época do ano passado.


Riscos


O relatório divulgado pela Citi enumera também alguns riscos que podem prejudicar o desempenho da Vale no futuro. Um deles é o próprio preço do minério de ferro – que poderia cair em função do aumento da oferta da commodity na Austrália. Outros perigos são a flutuação do câmbio e possíveis mudanças nas políticas regulatória e tributária.

Mas a grande pedra no sapato da companhia é um acordo fiscal que está sendo costurado entre a Vale e o governo. As negociações dizem respeito aos impostos sobre os lucros obtidos pela empresa no exterior. 

Com vencimento previsto para novembro, a dívida poderá ser paga de duas formas: à vista, por 22 bilhões de reais, ou a prazo, com uma entrada de 7 bilhões e outros 27 bilhões pagos nos próximos 10 anos.

"A 2ª opção é mais atrativa para a Vale devido ao impacto menor sobre o fluxo de caixa no curto prazo", afirma o relatório. Segundo um executivo da companhia, a empresa não espera volatilidade nos preços do minério de ferro e vislumbra uma fase de equilíbrio entre oferta e procura do produto em 2014.

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