Grife estuda atrair investimento externo para melhorar os números da empresa e ter mais força no mercado de luxo
São Paulo – Famosa por seu design despojado e por atrair celebridades de peso como consumidores, a marca italiana de luxo, Versace, poderá vender uma fatia de até 20% dos negócios para investidores.
A medida será tomada para que a grife consiga fundos para investir em
projetos e coleções. Dessa forma, a empresa estima diminuir diferença na
receita líquida que a marca abriu com os concorrentes, após o fundador,
Gianni Versace, ter sido assassinado em 1997.
O anúncio da possível venda já está atraindo o interesse de investidores de peso. Segundo publicação do The Wall Street Journal, BX Blackstone Group e KKR & Co já se mostraram favoráveis a negociar com a grife.
No momento, bancos de investimentos contratados pela Versace estão
elaborando uma lista curta de candidatos, a qual deverá ficar pronta na
próxima semana. Ainda de acordo com o a publicação americana, Permira
Advisers Holdings; Clessidra e Ardian também poderão sondar a grife.
Para que a Versace aceite a transação, o investidor deverá desembolsar
cerca de 338 milhões de dólares e compactuar com a atual estratégia de
gestão.
A marca ficou consagrada por ter clientes como Angelina Jolie e Lady Gaga. Nos últimos anos, atingiu o auge com Gian Giacomo Ferraris como um dos principais executivos,
o qual elevou as vendas em até 50% e alcançou o primeiro lucro
operacional no comando em 2009, através da compra de licenças e demissão
de um quarto de funcionários.
Em 2012, a Versace obteve lucro operacional de 45 milhões de euros e
receita líquida de 409 milhões de euros. O desempenho da grife de luxo,
no entanto, não chegou perto do valor arrecadado pelas concorrentes,
como o da francesa Louis Vuitton, por exemplo, que registrou 13,7 bilhões de euros na receita líquida do primeiro semestre de 2013.
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