Resultado positivo no índice de gerentes de compras sinaliza um avanço maior do que o esperado para economia chinesa em 2013
Por Keila CÂNDIDO
A notícia de que a China apresentou melhora em seu crescimento
animou os mercados nesta quinta-feira 24. O índice Nikkei, da Bolsa de
Tóquio, que passou boa parte do pregão em baixa, encerrou o pregão em
alta de 0,4%. Isso porque o resultado preliminar do Índice dos Gerentes
de Compras (PMI), que mede o nível da atividade econômica, apuradopelo
HSBC, avançou para 50,9 pontos em outubro, em comparação com
50,2 pontos, em setembro. Foi maior nível em sete meses. "A China
fechará 2013, no mínimo, igual a 2012", diz o economista Paulo
Feldmann, da FEA-USP. "O mundo está reagindo à crise e isso se reflete
na economia chinesa." No ano passado, o gigante chinês cresceu 8,7%.
ZONA PORTUÁRIA: crescimento chinês não será baseado apenas em exportação
O especialista se refere principalmente aos países europeus, que
são o maior mercado para os chineses, e estão apresentando melhora.
Nesta quarta-feira 23, a Espanha foi destaque no noticiário por ter
saído de nove trimestres de recessão. "Os investidores estão percebendo a
melhora na China porque a o mundo também está tendo resultados
positivos", afirma Feldmann. Segundo o relatório do HSBC, o resultado
indica que o crescimento industrial da China está ganhando ímpeto para
4º trimestre. O PIB da China fechou o terceiro trimestre com avanço de
7,8%. "Se a economia mundial não se recuperar, a China vai manter essa
faixa de crescimento", diz Rubens Sawaya, professor de economia da
PUC-SP.
A economia chinesa está em fase de transição, passando de um modelo
focado no investimento, para o consumo interno. Na avaliação dos
especialistas, a mudança não significará arrefecimento no crescimento do
país. "A economia chinesa é organizada e planejada, e isso permite que
não ocorram desequilíbrios", diz Sawaya.
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