Há
12 anos trabalhando com moda, Camila de Zorzi, estilista e proprietária
da confecção CDZ, com sede no Rio de Janeiro, cria bordados para
marcas famosas no Brasil, como Animale e Osklen. Agora ela decidiu
expandir seu mercado, e para bem longe. Quer criar abayas e exportá-las
para o Oriente Médio.“Sou apaixonada pelo mundo árabe. Fui
para Dubai e Abu Dhabi (nos Emirados Árabes Unidos) e vi que as abayas
poderiam ter detalhes melhores. Já estava pensando neste mercado há
algum tempo e vi que pode ter um grande potencial”, explica a estilista.
A abaya é um robe negro que muitas mulheres usam sobre a roupa,
principalmente na região do Golfo.
A viagem para conhecer o mercado no
qual pretende entrar aconteceu em junho. Ela conversou com donas de
lojas e também com mulheres comuns para conhecer seus gostos. “Eu
procurava ficar perto de mulheres nas filhas dos táxis. Falei com
aquelas que eu sentia abertura”, revela. E o que ela descobriu? “Elas
têm preferência por tecidos que não amassem e gostam muito de brilho”,
conta.
A ideia de Zorzi não é apenas bordar abayas e sim produzir peças
inteiras para vender às mulheres árabes. Para diferenciar seu produto,
ela pretende trabalhar com outros tecidos, diferentes dos usados na
maioria das abayas.“Elas usam muito poliéster, mas por ter
um clima muito quente (na região), achei que dá para introduzir tecidos
naturais. Pensei em entrar com um mix de viscose com poliéster ou
algodão”, explica.Zorzi conta que pretende criar duas
linhas de abayas, uma para o dia e outra, com brilho, para a noite. “As
duas linhas serão para o mercado de luxo, porque trabalho com confecções
de primeira. São para pessoas ligadas em moda e coisas boas”, afirma.
Contato CDZ BordadosTel.: +55 21 2545-9699E-mail: cdzbordados@gmail.com
A
estilista gaúcha ainda está estudando a melhor forma de entrar com suas
abayas no mercado árabe. Para isso, conta com o apoio da Câmara
de Comércio Árabe Brasileira. “Vou começar a confeccionar, fazer uma
mini coleção, com 20 peças e ver como fica. Também vou criar um site.
Devo ir a São Paulo (sede da Câmara) apresentar as peças e começar a
trabalhar (para exportar)”, completa.
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