sábado, 19 de outubro de 2013

Confecção brasileira de bordados CDZ quer vender abayas ao Oriente Médio



 
 
Há 12 anos trabalhando com moda, Camila de Zorzi, estilista e proprietária da confecção CDZ, com sede no Rio de Janeiro, cria bordados para marcas famosas no Brasil, como Animale e Osklen. Agora ela decidiu expandir seu mercado, e para bem longe. Quer criar abayas e exportá-las para o Oriente Médio.“Sou apaixonada pelo mundo árabe. Fui para Dubai e Abu Dhabi (nos Emirados Árabes Unidos) e vi que as abayas poderiam ter detalhes melhores. Já estava pensando neste mercado há algum tempo e vi que pode ter um grande potencial”, explica a estilista. A abaya é um robe negro que muitas mulheres usam sobre a roupa, principalmente na região do Golfo. 
 
A viagem para conhecer o mercado no qual pretende entrar aconteceu em junho. Ela conversou com donas de lojas e também com mulheres comuns para conhecer seus gostos. “Eu procurava ficar perto de mulheres nas filhas dos táxis. Falei com aquelas que eu sentia abertura”, revela. E o que ela descobriu? “Elas têm preferência por tecidos que não amassem e gostam muito de brilho”, conta.
 
A ideia de Zorzi não é apenas bordar abayas e sim produzir peças inteiras para vender às mulheres árabes. Para diferenciar seu produto, ela pretende trabalhar com outros tecidos, diferentes dos usados na maioria das abayas.“Elas usam muito poliéster, mas por ter um clima muito quente (na região), achei que dá para introduzir tecidos naturais. Pensei em entrar com um mix de viscose com poliéster ou algodão”, explica.Zorzi conta que pretende criar duas linhas de abayas, uma para o dia e outra, com brilho, para a noite. “As duas linhas serão para o mercado de luxo, porque trabalho com confecções de primeira. São para pessoas ligadas em moda e coisas boas”, afirma.

Contato
CDZ BordadosTel.: +55 21 2545-9699E-mail: cdzbordados@gmail.com
A estilista gaúcha ainda está estudando a melhor forma de entrar com suas abayas no mercado árabe. Para isso, conta com o apoio da Câmara de Comércio Árabe Brasileira. “Vou começar a confeccionar, fazer uma mini coleção, com 20 peças e ver como fica. Também vou criar um site. Devo ir a São Paulo (sede da Câmara) apresentar as peças e começar a trabalhar (para exportar)”, completa.   

 

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