A
Foton, fabricante chinesa de caminhões, fará do Brasil, a partir de sua unidade
de Guaíba, Rio Grande do Sul, base de exportação para a América Latina
e África. No mercado doméstico, a montadora vai direcionar esforços para
veículos menores (entre 2,5 e 3,5 toneladas). Com cerca de R$
337 milhões de investimentos na fábrica de Guaíba, a Foton Aumark do
Brasil aposta na tendência de restrição da circulação de grandes caminhões
em entros urbanos.
"Este
é o segmento com maior potencial de crescimento no Brasil", afirmou o
vice-presidente da empresa, Orlando Merluzzi. O executivo destaca que
a faixa que abrange os caminhões semileves e semipesados representa 73% do
mercado brasileiro. "Entraremos na briga com o diferencial de
oferecer veículos premium", diz Merluzzi. Ele explica que os caminhões
Foton virão com ar condicionado de série, por exemplo.
A
fábrica terá capacidade inicial de 21 mil unidades em um turno, podendo
chegar e 32 mil unidades em dois turnos. A planta deve começar a
operar em meados de 2016. "Por enquanto, estamos formando nossa
rede de concessionárias, pois sem elas não há como ter produção
local", diz Merluzzi.
De
acordo com o executivo, o Brasil, além da base de exportação da companhia
para a América Latina, a Foton expolica porque vai exportar para a África
parte da produção brasileira. "Estamos em uma localização estratégica;
é só cruzar o Atlântico", diz Merluzzi. Segundo ele, a Foton é a
maior montadora de caminhões do mundo em volumes. A média
anual de produção da companhia nos últimos sete anos é de 670 mil
toneladas.
A
Foton espera atingir o índice mínimo de 65% de conteúdo local em cerca de
quatro anos. Os motores dos caminhões da marca serão da Cummins e, a
transmissão, da ZF, duas marcas instaladas em solo nacional. "Já
estamos trabalhando com o processo de nacionalização dos componentes
com fornecedores", destaca Merluzzi.
O
executivo afirma saber que os seus concorrentes são muito fortes.
"Cerca de 85% do mercado de caminhões estão concentrados nas mãos de
apenas seis montadoras. Mas nossa meta de 5% de market share nos
próximos 12 anos deve nos garantir o posto de sétima maior do setor",
diz Merluzzi. Ele ressalta ainda que a Foton está negociando com
bancos chineses para alternativas ao financiamento do Banco Nacional de
Desenvolvimento
Econômico e Social (BNDES), o Finame.
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