Para ministro da Secretaria de Aviação Civil, Moreira Franco, infraestrutura não é único problema dos aeroportos: é preciso começar a tratar aviação como transporte coletivo
Aeroporto de
Brasília: um dos que foi concedido à iniciativa privada, além dos de
Campinas e Guarulhos. Galeão, no Rio, e Confins, em Belo Horizonte, são
os próximos
Rio de Janeiro - "Não é que eu não me preocupe com a Copa do Mundo, mas
estou preocupado mesmo é em melhorar o atendimento dos passageiros no
dia a dia", afirmou o ministro-chefe da Secretaria de Aviação Civil,
Moreira Franco, a uma plateia de empresários no 4º EXAME Fórum de Infraestrutura, que ocorre hoje na capital fluminense.
O ministro garantiu que os aeroportos brasileiros não terão problemas em atender a demanda durante a Copa do Mundo, mas que é preciso fazer uma revolução cultural para atender bem e de forma cotidiana os passageiros.
"Nós temos dificuldade é no dia a dia, porque a operação dos aeroportos
ainda é estruturada como se os aeroportos fossem uma forma de
transporte de elite e não de transporte coletivo, como de fato é", disse
Franco.
Segundo ele, esse é um grande avanço que será promovido pelas concessões dos aeroportos: acabar com a cultura do monopólio e dos privilégios.
"Não tem cabimento ficar chamando passageiro ausente pelo sistema de
auto-falante, você já viu isso em rodoviária, por acaso? Essa mudança
cultural tem que ser promovida na operação do aeroporto", defendeu.
Nesse sentido, o ministro afirmou que a Infraero também vai ter que mudar seu papel, pois não estará mais sozinha no mercado.
Experiência nova
Moreira Franco afirmou que essa onda de concessões representa uma nova
fase para o país. "Nós temos que ter a consciência de que estamos
vivendo uma experiência nova do ponto de vista técnico, político e
ideológico. Não temos nem 15 anos de experiência com concessões",
disse.
O ministro disse que o Brasil viu sua infraestrutura se degradar nos
últimos 30 anos e que agora precisa correr atrás. E o único jeito de se
fazer isso na velocidade necessária é em parceria com o capital
privado.
"Não há mais preconceito contra o capital privado, hoje tem-se consciência da necessidade de aumentar a capacidade de investimento do país, e que o capital privado é necessário nesse processo", disse.
"Não há mais preconceito contra o capital privado, hoje tem-se consciência da necessidade de aumentar a capacidade de investimento do país, e que o capital privado é necessário nesse processo", disse.
Segundo ele, a grande dificuldade agora está na qualidade dos projetos
apresentados. "Perdemos uma geração inteira de engenheiros com a
estagnação dos investimentos, a experiência nesta área de infraestrutura
não se acumulou, nem se transferiu", afirmou o ministro.
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