Agência Brasil
Brasília – Conhecida pelas opiniões fortes e a simplicidade, a ministra do Supremo Tribunal Federal (STF)
Cármen Lúcia assumiu a presidência da Corte nesta segunda-feira (12).
Ela é a segunda mulher a presidir o STF em 125 anos. A primeira foi
Ellen Gracie, entre 2006 e 2008. Rígida, ela já disse em mais de uma
oportunidade que cortará eventuais extravagâncias do Judiciário.
A posse contou com a presença do presidente Michel Temer, do
ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e do cantor Caetano Veloso,
que cantou o hino nacional durante a solenidade. Lula sentou-se ao lado
do também ex-presidente José Sarney.
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Além de comandar o STF, Cármen Lúcia presidirá o Conselho Nacional de
Justiça (CNJ), órgão que cuida de ações contra magistrados. Antes de
chegar ao cargo, ela já se posicionou contra o o pagamento de
auxílio-moradia para juízes.
À frente da Corte, a magistrada comandará os desdobramentos das
investigações da Operação Lava Jato e a deliberação sobre os recursos do
processo de impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff (PT).
O STF de Cármen Lúcia
Conhecida pelo ritmo estressante de trabalho, a nova presidente do
STF disse recentemente que “gosta de processo e não de festa”.
Cármen Lúcia é considerada uma julgadora que evita debates exacerbados e
grandes discussões com os colegas durante os julgamentos.
Ainda assim, faz declarações firmes durante as sessões da Corte.
Defensora dos direitos das mulheres, sempre foi cautelosa em decisões
que venham a representar perdas para os trabalhadores.
A rigidez, que deve ser a principal característica de sua gestão, deve
fazer com que Cármen Lúcia garanta celeridade aos julgamentos dos
processos.
Vale lembrar que Cármen Lúcia e Joaquim Barbosa foram os únicos a votar a
favor da constitucionalidade total da Lei da Ficha Limpa, em 2011. Em
mais de uma oportunidade, ela já criticou a prática do caixa 2, o que
deve ser enfrentado com rigor enquanto ela estiver no comando da Suprema
Corte.
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