quinta-feira, 30 de junho de 2016

AES nega venda da Eletropaulo, mas muda foco em distribuição


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Eletropaulo: "nossa área de crescimento é a área de geração e serviços... em distribuição nosso objetivo é recuperação de valor", afirmou a AES
 
Da REUTERS


São Paulo - A norte-americana AES não tem intenção de vender a distribuidora de energia elétrica Eletropaulo neste momento, reiterou nesta quinta-feira o presidente da AES Brasil, Julian Nebreda, em conversa com jornalistas durante evento da companhia em São Paulo.

Ele admitiu, no entanto, que o crescimento do grupo AES no Brasil não focará a distribuição de eletricidade, área em que a empresa reduziu a presença com a venda na semana passada de sua controlada AES Sul para a CPFL por 1,7 bilhão de reais.
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"Nossa área de crescimento é a área de geração e serviços... em distribuição nosso objetivo é recuperação de valor", afirmou.

A Eletropaulo, que atende a região metropolitana de São Paulo, área mais rica do país, possui o maior mercado entre as distribuidoras, o que torna a empresa um ativo cobiçado no setor.

Com a venda da AES Sul, rumores já existentes sobre o interesse da AES em se desfazer de seus ativos de distribuição no Brasil cresceram, e a brasileira CPFL e a italiana Enel chegaram a comentar que pretendem fazer ofertas caso a Eletropaulo vá a mercado.

Nebreda afirmou, no entanto, que a AES focará a melhoria das finanças e dos indicadores de qualidade do serviço da distribuidora, que deterioraram-se e afetaram a rentabilidade nos últimos trimestres.

Ele destacou também que considera bons os resultados da elétrica diante do atual quadro de recessão do Brasil.

"A Eletropaulo é uma tremenda empresa. Tivemos a pior crise econômica do país, o aumento de tarifa mais alto da história do país, e os indicadores da empresa pioraram, mas só um pouquinho... o que significa que é uma empresa muito bem administrada, muito boa", afirmou.

Questionado sobre o interesse de concorrentes na elétrica, Nebreda disse que são rumores que acompanha "pelos jornais".
 

GERAÇÃO


No mesmo evento, o presidente da geradora AES Tietê, Ítalo Freitas, disse que a companhia tem avaliado oportunidades de aquisição no mercado, mas descartou interesse em ativos da norte-americana Duke Energy, que assim como ela controla hidrelétricas no Estado de São Paulo.

A Duke pretende vender todos seus ativos no Brasil, que somam cerca de 2 gigawatts em capacidade, em um pacote que inclui usinas em outros países da América Latina, em um total de 4,4 gigawatts.

Segundo Freitas, o negócio não faria sentido porque as empresas têm perfil semelhante, e a AES Tietê busca nesse momento investimentos em energia eólica, solar e termelétrica.

"A gente quer diversificar nossa matriz, reduzindo o risco de portfólio para o investidor da AES Tietê", afirmou. Segundo ele, há diversas empresas tentando vender ativos no setor elétrico e intensas negociações em andamento no mercado, mas compradores e vendedores ainda não alinharam expectativas quanto ao preço.

"Acho que o pessoal ainda está valorizando um pouquinho os ativos, mas estão aparecendo boas oportunidades, estamos analisando uma a uma".


Cardozo diz que vai recorrer ao STF caso Senado confirme impeachment

Advogado garante que produziu provas suficientes para inocentar Dilma

 

 

por Catarina Alencastro


BRASÍLIA - O advogado da presidente afastada Dilma Rousseff, José Eduardo Cardozo, convocou uma entrevista coletiva no Palácio da Alvorada, onde a petista mora e mantém agora um escritório de trabalho, para dizer que conseguiu produzir provas suficientes, durante as audiências da comissão de impeachment no Senado, para inocentá-la. Ele citou o depoimento de testemunhas, autos que serão anexados ao processo e a perícia realizada pelo Senado como provas em defesa de Dilma. Cardozo disse confiar que o Senado livrará Dilma do impedimento, mas que se isso não for possível recorrerá ao Supremo Tribunal Federal.

Para ele, o processo de impeachment carece de "justa causa". Esta tese e a que houve desvio de poder praticado pelo presidente da Câmara afastado Eduardo Cunha ao dar início ao processo são passíveis de contestação na Justiça, acha. Na comissão, afirmou, foram feitas "piruetas retóricas", mas nem mesmo a perícia caracterizou que Dilma cometeu crime de responsabilidade.

— O processo de impeachment ele é jurídico-político. O supremo não pode analisar o processo político, mas o jurídico ele pode. Se eu tenho falta de pressuposto jurídico para um processo, eu tenho como recorrer. A falta de motivos para o impeachment pode ser examinado pelo Judiciário, a justa causa, e o desvio de poder. Acho que isso tem que ser feito na hora certa — disse o ex-ministro da Justiça de Dilma, acrescentando:
— Antes quero investir no Senado. Quero a absolvição no Senado. O parlamento do Brasil tem que mostrar porque ele é serio e ele é digno. Tenho que ir (para a Justiça) quando tiver perdido todas as esperanças. Eu confio no parlamento.

Cardozo afirmou que a perícia surpreendeu o time de Dilma "favoravelmente sob vários aspectos". Durante quase uma hora, o advogado repetiu o que vinha pregando na comissão. No caso das pedaladas, relativas ao Plano Safra, disse que não foi operação de crédito e sim atraso no pagamento de um serviço. E no caso dos decretos de suplementação orçamentária, argumentou que havia um entendimento de que não alterariam a meta fiscal porque poderiam ser contingenciados os gastos. Ele ressaltou ainda que, no início do processo, na Câmara, eram por seis decretos pelos quais Dilma estava sendo acusada. E agora três foram desqualificados, restando apenas três na peça de acusação.
— Em condições jurídicas normais, é caso de absolvição sumária — disse Cardozo.



O advogado afirmou que também considera provas a favor de Dilma áudios da senadora Rose de Freitas (PMDB-ES), em entrevista à Rádio Itatiaia, dizendo que não acredita que houve pedaladas, mas que Dilma está caindo porque o país está paralisado, e a gravação que o ex-presidente da Transpetro Sergio Machado fez do senador Romero Jucá (PMDB-RR) insinuando que era preciso parar as investigações da Lava-Jato para estancar a sangria da classe política e que isso só seria possível se o então vice-presidente Michel Temer assumisse a Presidência.

Perguntado se não trava uma luta perdida, Cardozo respondeu:
— Quando se luta pela causa certa, nunca se perde a guerra antes da hora. A população nunca perdoaria a presidenta por jogar a toalha antes da hora. Só se joga a toalha quando se perde, e há muita questão a ser colocada.

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Grupo francês compra empresa de softwares Autoform




thinkstock
Software
Software: regulador de competições alemão já liberou o acordo, de acordo com documento divulgado em seu site
 
Arno Schuetze e Oliver Hirt, da REUTERS


O grupo de francês Astorg aceitou comprar a fabricante suíça de softwares industriais Autoform pelo equivalente a 721 milhões de dólares, disseram pessoas familiarizadas com o acordo.

O regulador de competições alemão já liberou o acordo, de acordo com documento divulgado em seu site.
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A Autoform, que faz softwares que ajudam montadoras a transformar lâminas de metal em veículos, foi avaliada em cerca de 19 vezes a expectativa de lucros antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda, na sigla em inglês) da Autoform, disseram as pessoas.

Astorg e Autoform não estavam disponíveis para comentários.

Outback Anuncia 4 Novas Lojas

A rede de restaurantes Outback Steakouse anunciou que irá inaugurar mais três unidades na cidade de São Paulo e uma no Rio de Janeiro de julho a dezembro de 2016. 
 
Os novos restaurantes estarão localizados nos shoppings Pátio Paulista, Santa Cruz e West Plaza na capital paulista e no carioca Recreio Shopping. "Atualmente, temos 79 restaurantes Outback no país, em 37 cidades, 14 estados brasileiros, além do Distrito Federal. 
 
Inauguramos 5 restaurantes da marca no primeiro semestre e seguiremos investindo no mercado brasileiro", diz Salim Maroun, presidente da Bloomin'Brands no Brasil, grupo detentor da marca Outback Steakhouse. 

Autoridade sul-africana aprova fusão de SABMiller e AB InBev





Jason Alden/OneRedEye via Bloomberg
Pessoa bebe cerveja em copo da SABMiller
SABMiller: a África, um continente no qual a SABMiller está muito bem implantada, é um mercado cobiçado pela AB InBev
 
Da AFP


A autoridade de concorrência da África do Sul aprovou nesta quinta-feira a fusão da cervejaria AB InBev, de capital belga e brasileiro, com a britânica SABMiller.

"O tribunal da concorrência aprovou a fusão dos gigantes da cerveja Anheuser-Busch InBev (AB InBev) e SABMiller sob condições destinadas e levar em conta ao mesmo tempo o interesse geral e as normas da concorrência", indica um comunicado da justiça sul-africana.

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A fusão da ABInBev e da SABMIller, anunciada no fim do ano passado, já recebeu o aval das autoridades da concorrência europeias, assim como de quinze autoridades equivalentes em todo o mundo.

A África, um continente no qual a SABMiller está muito bem implantada, é um mercado cobiçado pela AB InBev devido a sua população jovem.

Esta fusão entre a primeira e a segunda cervejarias mundiais cria um líder mundial do setor. Entre as marcas da AB InBev figuram Corona, Stella Artois e Budweiser. A SABMiller possui marcas como Miller, Peroni, Pilsner Urquell e Grolsh.

A megafusão mediante a compra da SABMiller pela AB InBev havia sido anunciada em novembro passado, no valor de 126,5 bilhões de dólares, uma das maiores aquisições da história.

Juntos, AB InBev e SABMiller elaboram cerca de 60 bilhões de litros por ano, ou seja, o triplo que o atual número três do setor, o holandês Heineken.


Estúdios Lions Gate compram grupo Starz por US$ 4,4 bilhões





Pop Culture Geek/Creative Commons
Cabe da Lionsgate na Comic Con de 2010, em San Diego, EUA
Lions Gate: esta transação, realizada tanto em efetivo como em ações, dará nascimento ao novo gigante mundial do cinema e tv
 
Da AFP

Os estúdios cinematográficos Lions Gate, produtores da saga "Jogos Vorazes", anunciaram nesta quinta-feira a compra da operadora americana de canais de TV a cabo Starz por 4,4 bilhões de dólares.

Esta transação, realizada tanto em efetivo como em ações, dará nascimento ao novo gigante mundial do cinema e tv, segundo a Lions Gate em seu comunicado.
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Grandes empresas catarinenses adotam redução de salário e de jornada


As principais justificativas são a tentativa de evitar mais demissões e a crise econômica 

Da Redação
redacao@amanha.com.br



Tradicionais companhias catarinenses estão adotando redução de jornada de trabalho e, também, salários. A fraca atividade econômica e a tentativa de evitar demissões são as principais justificativas para a decisão. Tigre, em Joinville, e Weg, em Jaraguá do Sul, já conseguiram a aprovação dos trabalhadores. A Malwee, também de Jaraguá, está em processo de votação e anunciará o resultado nesta semana. Na indústria de plásticos Víqua, de Joinville, o período de redução de jornada e salários começou em fevereiro e foi renovado para o período de abril a junho. As informações são da edição desta quinta-feira (30) do jornal A Notícia. 

A fabricante de tubos e conexões em PVC Tigre confirmou a redução de jornada de trabalho e salários de 600 funcionários da unidade de Joinville a partir desta sexta (1º). O acordo prevê a diminuição de 20% do total de horas mensais trabalhadas e 15% do salário nominal de funcionários das áreas administrativas e dos setores de pesquisa e desenvolvimento e de engenharia. Na prática, estes profissionais não vão trabalhar às sextas-feiras por um período de três meses, renováveis por mais três. A Tigre é a 33ª empresa da região, de acordo com o ranking 500 MAIORES DO SUL, publicado por AMANHÃ em parceria com a consultoria PwC. Em Santa Catarina, a companhia ocupa a 9ª posição. 

O grupo Weg (foto) adotou a redução de jornada e salários desde o inicio de junho. A empresa de equipamentos eletroeletrônicos operará desse modo até agosto. A previsão é de que cerca de 13.700 funcionários participem da redução nas unidades fabris de Jaraguá do Sul, Guaramirim, Blumenau, em Santa Catarina, Gravataí (RS) e na cidade de São Paulo. A Weg, segundo 500 MAIORES DO SUL, é a terceira maior companhia de Santa Catarina e a oitava da região. 

Os funcionários da Malwee votarão nesta semana a proposta de redução de 8% na jornada e 4,7% nos salários, com duas sextas-feiras de folga por mês. Neste ano, a empresa demitiu 700 funcionários. Em nota, o Grupo Malwee argumenta que precisou realizar desligamentos de profissionais para equacionar sua força de trabalho à atual demanda do mercado. 


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Brookfield está perto de comprar Odebrecht Ambiental




Reprodução/Odebrecht Ambiental/Facebook
Foto mostra trabalhadores da Odebrecht Ambiental
Odebrecht Ambiental: fatia de 70% que pertence à Odebrecht será vendida; outros 30% continuam com o FI-FGTS
 
Renée Pereira, do Estadão Conteúdo


São Paulo - A gestora canadense Brookfield está perto de fechar a compra do controle da Odebrecht Ambiental, apurou o jornal O Estado de S. Paulo.

Fontes próximas às negociações afirmaram que as conversas avançaram bastante nos últimos dias e que o processo está passando pelos últimos ajustes.

O negócio envolve apenas a parte da Odebrecht na subsidiária, de 70%. O restante deve continuar com o FI-FGTS, sócio na companhia de concessões públicas de água e esgoto, tratamento de reúso de água e resíduos.

No total, a Odebrecht Ambiental tem 26 ativos espalhados por Brasil, México e Angola. Em 2014, último dado disponível, a empresa faturou quase R$ 2 bilhões. Procuradas, as duas empresas não quiseram comentar o assunto.

Nesta semana, a Odebrecht anunciou a venda de 57% da concessão rodoviária Rutas de Lima para a própria Brookfield.

Ao contrário do que ocorria há alguns anos, em que o apetite do conglomerado baiano era no sentido de ampliar os negócios, hoje as vendas de ativos são prioritárias para reduzir o pesado endividamento do grupo, de cerca de R$ 90 bilhões.

A empresa de saneamento é apenas um vários dos ativos colocados à venda pela Odebrecht, grupo envolvido na Operação Lava Jato, que investiga corrupção em contratos da Petrobras.

Desde que o presidente do conglomerado, Marcelo Odebrecht, foi preso há um ano, a situação financeira da empresa se deteriorou. Com vários compromissos firmados, dívida elevada e sem acesso a crédito, a alternativa para dar fôlego ao caixa da companhia tem sido a venda de ativos.

Outros ativos da companhia, como empresas de mobilidade, como Linha 4 - Amarela, do Metrô de São Paulo, estão em negociações. A empresa poderá reduzir participações em empreendimentos de logística, como o terminal de contêineres Embraport, na Baixada Santista, e o Aeroporto do Galeão, no Rio, além de empreendimentos imobiliários, que reúnem cerca de R$ 1,5 bilhão em ativos.
 

Energia


Outro importante negócio à venda é a Santo Antônio Energia, concessionária que administra a Hidrelétrica Santo Antônio, no rio Madeira.

Há cerca de dez dias, executivos da empresa viajaram para a China para negociar com grupos locais a participação de 28% da Odebrecht na usina, afirmam fontes próximas à companhia.

"Não basta vender alguns ativos, mas tirar do seu balanço as empresas que estão altamente endividadas", disse outra fonte.

É o caso da Odebrecht Agroindustrial, que deve concluir nos próximos dias a renegociação - entre R$ 6 bilhões e R$ 10 bilhões - de parte de sua dívida.

A solução envolve bancos nacionais - público e privado - e estrangeiros, afirmou uma fonte. Esse é um ativo considerado mais complicado para ser vendido.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Lula será candidato, afirma Dilma a revista francesa




Ricardo Stuckert/ Instituto Lula
Lula e Dilma Rousseff: conversa entre aliados começou pouco depois das 18h
Eleições: "é a razão principal do golpe de Estado: prevenir que o Lula se apresente à Presidência", disse
 
Luciana Amaral, do Estadão Conteúdo


Brasília - Em entrevista feita em Brasília para a revista francesa semanal L'Express divulgada nesta quarta-feira, 29, Dilma Rousseff afirmou que Lula será candidato à Presidência em 2018. A informação é, inclusive, uma das chamadas da capa da publicação.

"É a razão principal do golpe de Estado: prevenir que o Lula se apresente à Presidência. Hoje em dia, apesar de todas as tentativas de destruir a sua imagem, Lula continua entre as pessoas mais amadas. 

Eu posso te dizer que ele vai se apresentar na próxima eleição", disse.
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Questionada sobre como ela vê e espera a possível confirmação do afastamento no Senado, Dilma se disse profundamente injustiçada quanto à forma como "foi tirada do poder".

Na entrevista, ela ainda disse que não cometeu crime de responsabilidade, mas que apenas aprovou quatro decretos para créditos suplementares a fim de financiar, principalmente, hospitais.

"Não sou o primeiro presidente a agir assim. O Fernando Henrique Cardoso aprovou 23 decretos similares. Na verdade, [a acusação] é apenas um pretexto."

No decorrer da entrevista, Dilma voltou a defender o PT, a falar que não sabia do esquema de corrupção na Petrobras e a criticar os grampos divulgados pelo juiz federal Sérgio Moro. "Não importa o país do mundo, divulgar o registro de uma conversa do chefe de Estado seria um crime."

Dilma ainda citou a queda de três ministros do governo interino por corrupção e que o momento político no Brasil "é grave".
 

Violência no Rio


As seis páginas seguintes à entrevista com a presidente afastada são dedicadas à violência das favelas cariocas e a preparação do Brasil para a Olimpíada.

Com o título de "As favelas, sangue de cima a baixo", em tradução livre, o texto fala de diversos casos problemáticos como o resgate ao traficante Fat Family no hospital Souza Aguiar, da Rocinha como "longe" de ser exemplar e do desaparecimento do Amarildo, até hoje não explicado.


A nova briga do coreano




Fábio Seixo/Ag. O Globo
Loja da Saraiva
Loja da Saraiva: com uma dívida considerada alta pelos investidores, a empresa perdeu 85% de seu valor nos últimos três anos. O coreano Mu Hak You acumulou ações e tornou-se o maior acionista minoritário

São Paulo — O investidor coreano Mu Hak You, dono da gestora de recursos GWI, é um personagem conhecido na bolsa brasileira por ter um estilo peculiar de atuação. Ele forma grandes posições acionárias em companhias, usando instrumentos financeiros arriscados. Por causa disso, ficou rico — em compensação, seu jeitão já o fez quebrar duas vezes. Mas ele sempre dá um jeito de voltar.
 
Não dá entrevistas, não se deixa fotografar, fala português com forte sotaque e, devido à fidelidade de parte da comunidade coreana de São Paulo, sempre tem dinheiro para ressurgir. Mu Hak, diga-se a bem da verdade, não tem medo de brigar com gente grande.
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Em 2006, tornou-se inimigo declarado de Jorge Paulo Lemann, Marcel Telles e Beto Sicupira ao conseguir um assento no conselho de administração da varejista Lojas Americanas, controlada por eles. Dois anos depois, perdeu tudo e teve de vender as ações. Sua maior derrota aconteceu em 2011, quando levou um tombo ao apostar na valorização das ações do frigorífico Marfrig.

Como as ações despencaram e ele estava alavancado — ou seja, usava o dinheiro que tinha e, principalmente, o que não tinha —, acabou indo à lona. Depois de alguns anos sumido, ele escolheu seu novo alvo: a varejista Saraiva.

Sua briga com os controladores da rede de livrarias está começando a esquentar: eles se preparam para acusá-lo formalmente de manipular as ações e de invadir a sede da empresa em busca de informações confidenciais. Mu Hak começou a acumular ações da Saraiva no fim do ano passado.

Em maio, atingiu uma participação de 45% das ações preferenciais (sem direito a voto), ganhou uma vaga no conselho de administração e indicou a advogada Ana Recart, que trabalha na GWI, para o conselho fiscal. De lá para cá, declarou guerra a Jorge Eduar­do e Olga Saraiva, que, juntos, têm 58,7% das ações ordinárias (com direito a voto) e, portanto, o controle do negócio.

A Saraiva virou alvo de Mu Hak porque vale hoje na bolsa pouco mais de 100 milhões de reais, apesar de ter receita de 1,8 bilhão de reais e 112 lojas em 17 estados do Brasil. Em três anos, as ações caíram 85%. Desde sua criação, há 102 anos, a Saraiva atuava em dois ramos: editava livros, especialmente didáticos e jurídicos, e mantinha uma rede de livrarias.

Em 2013, a Saraiva passou a enfrentar sérias dificuldades, causadas pela combinação de resultados em queda com dívida em alta. Em 2015, foi forçada a vender seu braço editorial para a Somos Educação, usando os 725 milhões de reais que recebeu para melhorar sua situação financeira. O pagamento vai terminar neste ano.

No entanto, a Saraiva vendeu seu negócio mais estável para ficar com o mais complicado. De lá para cá, os investidores perguntam: qual vai ser a cara da nova Saraiva? É aqui que entra Mu Hak You. Cheio de ações da Saraiva, o corea­no passou a atuar como investidor “ativista”, aquele que interfere no negócio e, eventualmente, entra em conflito aberto com os controladores.

Primeiro sugeriu a criação de um comitê de crise, que seria encabeçado por ele. Desde que foi para o conselho, solicita todo tipo de informação da companhia e reclama que elas não são entregues. Ao mesmo tempo que é conselheiro, é também acionista e gestor de um fundo que opera tanto na compra quanto eventualmente na venda das ações da empresa na bolsa.

Os controladores reclamam que ele acessa informações confidenciais e opera livremente com os papéis com base nelas. No feriado de Corpus Christi, na sexta-feira 27 de maio, Mu Hak resolveu passar na sede da companhia, em São Paulo.

Apresentando-se como conselheiro da empresa e na companhia da advogada Ana, conselheira fiscal, entraram nas dependências da diretoria da Saraiva, vazias por causa do feriado. Gravações de câmeras internas mostram que eles andaram pelas salas de trabalho e de reuniões, mexeram em papéis e objetos, verificaram se havia computa­dores ligados e deixaram recados avisando que passaram por lá.

As imagens não mostram que tenham feito nada de errado nem fica claro qual o objetivo da visita. De qualquer forma, a família Saraiva considerou a atitude uma invasão da empresa e, no fim de junho, preparava-se para apresentar à Comissão de Valores Mobiliários uma queixa sobre o comportamento desses conselheiros.

Duas semanas depois da visita considerada invasiva pela Saraiva, a GWI pediu ao conselho a convocação de uma assembleia de acionistas para tratar da atual situação econômico-financeira da companhia e discutir medidas para “mitigar a possibilidade iminente de insolvência”. Os Saraiva ficaram apopléticos: por que o maior acionista minoritário da empresa estava lançando, publicamente, a dúvida sobre sua viabilidade?

O conselho se reuniu seis dias depois, em 16 de junho. O encontro, que durou mais de 8 horas, foi tenso, de acordo com relatos de presentes. Isolado, Mu Hak começou cobrando a entrega de documentos e informações sobre a empresa. Iniciou-se, então, um bate-boca acalorado com um dos diretores, e logo a controladora Olga Saraiva interveio pedindo a ele que respeitasse o funcionário da empresa.

O tom da discussão subiu e Olga, com o dedo em riste e a voz alterada, exigiu duas vezes que Mu Hak ficasse “quieto”. O filho de Olga, Jorge Saraiva Neto, conselheiro e atual presidente da companhia, levantou-se para acalmar a mãe. Passado o bate-boca, os diretores tentaram convencer, com números, o investidor coreano de que a Saraiva não está à beira da insolvência.

Em seguida, alertaram Mu Hak para a gravidade da mensagem que uma convocação como a que ele sugeria traria, uma vez que geraria uma preocupação “infundada” em clientes e fornecedores e poderia criar dificuldade de acesso a crédito.

Mas os três conselheiros controladores e outros três independentes não conseguiram convencer Mu Hak, que repetiu que, em sua avaliação, a companhia não tinha mais tempo e ele deveria convocar a assembleia para dar uma satisfação aos acionistas que o elegeram para o conselho. Procurados, GWI e Saraiva não quiseram dar entrevista.

A Saraiva foi à Justiça e obteve uma liminar para impedir que a GWI convocasse a assembleia. Mas, antes que a liminar saísse, a GWI fez uma convocação publicada em jornais, para o dia 6 de julho, na qual não falou abertamente em insolvência, e sim em “discussão sobre os desafios da Saraiva diante do atual cenário econômico”.

A assembleia está em suspenso, mas a família agora acusa Mu Hak de querer espalhar notícias negativas sobre a empresa, manipulando o mercado para beneficiar-se da queda nas cotações e comprar ainda mais ações da Saraiva. Como ele é o maior minoritário, também perderia com a desvalorização — mas a acusação mostra a que nível chegou a desconfiança de lado a lado.

Outros minoritários da Saraiva ouvidos por EXAME apoiam o que consideram o objetivo final da GWI: aprimorar a governança da empresa e trocar seu comando.

Na própria assembleia que colocou Mu Hak no conselho, ele e outros minoritários da companhia, entre eles dissidentes da família Saraiva, conseguiram vetar a distribuição de dividendos e o pagamento de bônus para executivos que comandaram a venda da editora. A chegada de Jorginho, como é conhecido o filho dos controladores, à presidência coincide com a queda livre das ações.

Ele tem 32 anos e se formou em administração em 2010. A presidência da Saraiva é seu primeiro emprego e, para os investidores, ele não tem o perfil nem a experiência necessários para comandar a empresa num momento de reestruturação e num cenário difícil como o atual.

Pessoas próximas à Saraiva afirmam que os controladores planejam se afastar da direção, contratar um executivo e deixar Jorginho apenas no conselho de administração. Mas somente depois de concluída a guerra com seu mais incômodo acionista minoritário.


Brexit, incertezas e investimentos


“O bater das asas de uma singela borboleta de um lado do mundo pode gerar um tufão do outro lado do planeta”

Alexandre Espirito Santo e Luciana Brafman*, Órama Investimentos, 

iStock


Na linha do chamado efeito-borboleta, sabemos que o “terremoto” Brexit, após chacoalhar o noticiário nas últimas semanas, vai afetar diretamente nossas vidas e nossos investimentos. De que forma?

Primeiramente, é preciso entender o que é, afinal, Brexit? Brexit é a contração de Britain Exit, a saída do Reino Unido da União Europeia. A decisão foi fruto de um referendo realizado no dia 23 de junho e resultou no pedido de renúncia de David Cameron. A medida traz mudanças importantes, não só para os britânicos e o bloco europeu, como afeta igualmente o cenário global. Está tudo ainda muito “quente” e há várias perguntas ainda não respondidas. Quando será concretizada a saída? A transição será amistosa ou litigiosa?

O pânico que tomou conta dos investidores, com quedas expressivas das bolsas mundiais e na libra (além de volatilidade em demais moedas e commodities) é compreensível. Mas o que importa são as consequências econômicas e políticas no médio prazo.

Nossa análise preliminar é que haverá um enorme esforço político, liderado por Alemanha e França, para que não haja uma debandada de outros países, que podem querer se aproveitar do momento para caminharem na mesma direção, o que seria péssimo para a continuidade saudável do bloco, correndo o risco, inclusive, de colocá-lo em xeque. Ademais, se houver uma aversão generalizada, o euro (como moeda única) passará a ser definitivamente questionado e deve perder valor no médio prazo.

Em relação à economia, certamente a Inglaterra será muito prejudicada. Uma queda expressiva de PIB per capita (entre 2% a 3%) é nossa expectativa. Mais da metade de suas exportações são para a União Europeia, e os tratados comerciais precisarão ser revistos, o que afeta a economia de forma importante. Outro fator a se destacar é a perda de protagonismo da city londrina, como importante centro financeiro global.

Ao mesmo tempo em que as questões estruturais não se definem, cresce a incerteza e, na esteira, a cautela dos agentes econômicos, com redução de investimentos. Tudo isso pode afetar a recuperação da economia global, que ainda se ressente da crise de 2008.

A economia brasileira, que já enfrenta sérios reveses domésticos, não passará incólume. O país pode ser afetado, principalmente pelo canal do comércio externo, uma vez que as exportações (que estão melhorando nos últimos meses) devem recuar. Também enxergamos dificuldades na nova estratégia de nossa política externa, que nos últimos dias apontava para um redirecionamento, com menor ênfase no Mercosul.

Neste cenário, os investimentos mais adequados agora são aqueles conservadores, uma vez que nossa taxa de juros ainda é extremamente alta e convidativa, sobretudo para os estrangeiros. Mesmo que o Copom, do Banco Central, inicie um processo de redução da mesma, ainda este ano, os títulos de renda fixa (pré e pós) vão permanecer atrativos por um bom tempo e devem ser os prioritários na carteira do investidor.


*Alexandre Espirito Santo, professor do Ibmec e economista da Órama.
*Luciana Brafman, jornalista e consultora da Órama.

quarta-feira, 29 de junho de 2016

Coronation apoia oferta da Kroton pela Estácio




Germano Lüders/EXAME
8º Kroton
Kroton: a proposta da Kroton, revelada na semana passada, "representa a opção preferível para acionistas da Estácio no longo prazo"
 
Da REUTERS
São Paulo - Clientes da empresa sul-africana de investimento Coronation Fund Managers apoiaram a oferta de aquisição revisada da Kroton Educacional pela rival Estácio Participações, em meio a uma batalha pelo controle da companhia de educação privada.

Em comunicado enviado à Reuters por Suhail Suleman e Gavin Joubert, co-gestores do fundo global para estratégias em mercados emergentes do Coronation disseram que a proposta da Kroton, revelada na semana passada, "representa a opção preferível para acionistas da Estácio no longo prazo".
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O Coronation, acionista tanto da Kroton quanto da Estácio, alertou o conselho da Estácio contra "exigir um prêmio não razoável para a oferta revisada se isso puder por o acordo em perigo", segundo o comunicado.

A Reuters noticiou na terça-feira que o fundo enviou uma carta ao conselho da Estácio apoiando a proposta.

Setor de açúcar e etanol tem "otimismo prudente"




O cenário para o açúcar é bom nos próximos dois anos. A demanda mundial é crescente, e o Brasil tem um bom posicionamento estratégico.

Essa é a avaliação de Jacyr Costa Filho, diretor da Tereos no Brasil. Ele vê o setor com "um otimismo prudente".

O câmbio ajuda e os estoques mundiais estão baixos, o que coloca o produto brasileiro em evidência e o deixa mais competitivo.
 
Na avaliação da Tereos, o deficit mundial entre oferta e demanda de açúcar fica próximo de 6 milhões de toneladas na atual safra 2015/16. O deficit se manterá também na safra seguinte, atingindo pelo menos 5 milhões de toneladas.
 
Os estoques mundiais estão praticamente nas mãos de chineses e indianos, o que traz uma desvantagem ao Brasil, que só tem capacidade de armazenagem de 40% da safra.
 
Os chineses conseguem armazenar o correspondente ao consumo de uma safra.
 
Para ser mais competitivo, e negociar o produto de forma e hora mais adequadas, o país deveria ter meios para elevar essa capacidade de armazenagem.
 
O mesmo critério vale para o etanol, que teria uma maior regularidade de preços, o que seria bom para produtor e consumidor.
 
Ao contrário do açúcar, a demanda do etanol não mostra crescimento neste ano.
 
"Há uma relativa estagnação, mas o setor se beneficia do aumento da mistura do etanol na gasolina, da alteração na Cide (o imposto do combustível) e da mudança de ICMS em vários Estados", afirma o diretor da Tereos.
 
Um dos Estados que mudaram o tributo foi Minas Gerais, onde houve uma forte aceleração no consumo.
 
O etanol não tem um crescimento na demanda, mas melhora muito em relação ao desastre de períodos anteriores, segundo Costa.
 
Há uma preocupação do setor, no entanto, com o que deve ocorrer no final do ano.
O período do crédito presumido dado pelo governo Dilma Rousseff, em setembro de 2013, termina em 31 de dezembro próximo.
 
Com isso, o produtor pagará mais R$ 0,12 de PIS/Cofins por litro de etanol.
 
A única maneira de compensar essa perda de competitividade do produto seria uma correção da Cide na mesma proporção 

(Folha de S.Paulo, 29/6/16)

Efeitos do Brexit estão sendo contidos, afirma Goldfajn


Presidente do BC avalia que cenário global é desafiador 


Por Agência Brasil

Os efeitos de curto prazo da decisão dos britânicos de sair da União da Europeia estão sendo contidos, mas há incertezas sobre o crescimento global futuro, avaliou o presidente do Banco Central 

(BC), Ilan Goldfajn (foto). “Acredito que o cenário global é desafiador. Vamos enfrentar volatilidade e choques aos longos dos anos. O choque mais recente é o chamado Brexit [saída dos britânicos da União Europeia]”, declarou Goldfajn. 

O presidente do BC afirmou que o Brexit traz implicações principalmente no comércio e no crescimento global. “Ainda não estão totalmente mapeadas a consequências para o futuro. Há que se observar o impacto no mundo e por consequência no Brasil. Deve reduzir, de alguma forma, o crescimento global e pode influenciar o crescimento no Brasil”, avaliou. Goldfajn reiterou que os bancos centrais de 60 países, reunidos no último final de semana, se comprometeram a monitorar os efeitos do Brexit e usar instrumentos que forem necessários.


Barack Obama
 

O presidente norte-americano Barack Obama fez um apelo por cautela ao mercado financeiro internacional. "Tem havido um pouco de histeria após a votação pró-Brexit, como se a Otan (Organização do Tratado do Atlântico Norte) estivesse se dissolvendo e como se cada país [do bloco europeu] estivesse correndo para seu próprio canto. Mas não é isso o que está acontecendo”, lembrou Obama em declaração à NPR, uma rede de emissoras públicas dos Estados Unidos.

Para Obama, o atual momento serve para analisar a integração do bloco europeu. "A melhor maneira de se pensar sobre o momento atual é que um botão de pausa foi pressionado no projeto de integração europeia”, reiterou. O presidente dos Estados Unidos acrescentou que chegou o momento de a Europa tomar um fôlego e descobrir como pode manter algumas identidades nacionais. Segundo Obama, é hora de se perguntar como manter os benefícios da integração e como lidar com algumas frustrações que os próprios eleitores estão sentindo.


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Os efeitos de curto prazo da decisão dos britânicos de sair da União da Europeia estão sendo contidos, mas há incertezas sobre o crescimento global futuro, avaliou o presidente do Banco Central (BC), Ilan Goldfajn (foto). “Acredito que o cenário global é desafiador. Vamos enfrentar volatilidade e choques aos longos dos anos. O choque mais recente é o chamado Brexit [saída dos britânicos da União Europeia]”, declarou Goldfajn.
O presidente do BC afirmou que o Brexit traz implicações principalmente no comércio e no crescimento global. “Ainda não estão totalmente mapeadas a consequências para o futuro. Há que se observar o impacto no mundo e por consequência no Brasil. Deve reduzir, de alguma forma, o crescimento global e pode influenciar o crescimento no Brasil”, avaliou. Goldfajn reiterou que os bancos centrais de 60 países, reunidos no último final de semana, se comprometeram a monitorar os efeitos do Brexit e usar instrumentos que forem necessários.
Barack Obama
O presidente norte-americano Barack Obama fez um apelo por cautela ao mercado financeiro internacional. "Tem havido um pouco de histeria após a votação pró-Brexit, como se a Otan (Organização do Tratado do Atlântico Norte) estivesse se dissolvendo e como se cada país [do bloco europeu] estivesse correndo para seu próprio canto. Mas não é isso o que está acontecendo”, lembrou Obama em declaração à NPR, uma rede de emissoras públicas dos Estados Unidos.
Para Obama, o atual momento serve para analisar a integração do bloco europeu. "A melhor maneira de se pensar sobre o momento atual é que um botão de pausa foi pressionado no projeto de integração europeia”, reiterou. O presidente dos Estados Unidos acrescentou que chegou o momento de a Europa tomar um fôlego e descobrir como pode manter algumas identidades nacionais. Segundo Obama, é hora de se perguntar como manter os benefícios da integração e como lidar com algumas frustrações que os próprios eleitores estão sentindo.
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