SÃO PAULO - Metade
dos estudantes universitários se sente muito ou completamente preparada
para entrar no mercado de trabalho após a formatura. Já os
recrutadores, que serão responsáveis por contratar os profissionais de
primeira viagem, não possuem a mesma confiança.
A conclusão é de uma pesquisa realizada nos Estados Unidos pela
empresa de educação Chegg, com dois mil estudantes universitários e mil
recrutadores. Segundo o estudo, há um descompasso entre as habilidades
que os estudantes consideram ter ao entrar no mercado de trabalho e a
expectativa dos recrutadores. Enquanto 50% dos universitários se sentem
muito preparados para começar a trabalhar, apenas 39% dos recrutadores
acham que os recém-formados entrevistados por eles nos últimos dois anos
estavam prontos para o mercado.
Em todas as habilidades analisadas pela pesquisa, como a capacidade
de desenvolver planos de orçamento, comunicar resultados ou trabalhar
com clientes e figuras de autoridade, a confiança dos estudantes no seu
próprio preparo é muito maior do que a avaliação que os recrutadores
fazem de profissionais jovens.
Mais do que isso, os universitários dão mais importância a
determinados aspectos do que os profissionais de RH. Dados mostram que
68% dos estudantes acham que ter notas altas é muito ou extremamente
importante na hora de conseguir um emprego, enquanto 48% dos
recrutadores concordam. Ter contatos no campo profissional desejado foi
outro aspecto que 77% dos estudantes consideram essencial, enquanto
apenas 28% dos recrutadores acham o mesmo.
Os profissionais de RH dão muito mais importância, por exemplo, à
capacidade de liderar (escolhido como característica importante em um
candidato por 93% dos recrutadores), participação em atividades
extracurriculares durante a faculdade (91%) e ter ao menos um estágio no
currículo (82%).
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