Tânia Rêgo/Agência Brasil
Operação Lava Jato: nesta segunda-feira, na 19ª fase da Lava Jato, a
Nessun Dorma (Ninguém Durma), o executivo José Antunes Sobrinho, um dos
donos da Engevix, foi preso
Ricardo Brandt, do Estadão Conteúdo
Andreza Matais, do Estadão Conteúdo
Julia Affonso e Fausto Macedo, do Estadão Conteúdo
São Paulo - O procurador regional da República Carlos Fernando dos Santos Lima, que integra a força-tarefa da Operação Lava Jato,
afirmou nesta segunda-feira, 21, que 'não tem dúvida nenhuma' de que os
maiores escândalos de corrupção da história recente do País - Mensalão,
Petrolão e Eletronuclear - tiveram origem na Casa Civil do Governo
Lula.
Durante entrevista em que foram revelados dados da nova fase da Operação
Lava Jato, a 19ª etapa, com onze mandados judiciais cumpridos, o
procurador foi taxativo ao ser indagado se os novos alvos têm ligações
com o ex-ministro-chefe da Casa Civil do Governo Lula, José Dirceu, preso na Operação Pixuleco 2, em agosto.
"Quando falamos que estamos investigando esquema de compra de apoio
político para o governo federal através de corrupção, estamos dizendo
que os casos Mensalão, Petrolão e Eletronuclar são todos conexos porque
dentro deles está a mesma organização criminosa e as pessoas ligadas aos
partidos políticos. Não tenho dúvida nenhuma de que todos ligados à
Casa Civil do governo Lula, tudo foi originado dentro da Casa Civil."
Nesta segunda-feira, na 19ª fase da Lava Jato, a Nessun Dorma (Ninguém
Durma), o executivo José Antunes Sobrinho, um dos donos da Engevix, foi
preso preventivamente em Santa Catarina. O lobista João Henriques,
ligado ao PMDB, também é alvo.
José Antunes Sobrinho é suspeito de ter pago propinas em cima de
contratos da empreiteira com a Eletronuclear que somavam R$ 140 milhões,
entre 2011 e 2013.
Os valores teriam sido pagos para a Aratec, empresa controlada pelo
ex-presidente da Eletronuclear Othon Luiz Pinheiro da Silva. José
Antunes será levado para a Superintendência da Polícia Federal em
Curitiba.
Othon Luiz foi preso em 28 de julho na Operação Radioatividade. Nome de
grande prestígio na área, o almirante, no fim dos anos 1970 (governo
general Ernesto Geisel) participou diretamente do projeto do submarino
nuclear brasileiro.
O alvo desta nova fase são propinas que teriam sido pagas envolvendo a Eletronuclear e a diretoria internacional da Petrobras.
Trinta e cinco policiais cumprem 11 mandados judiciais, sendo sete
mandados de busca e apreensão, um mandado de prisão preventiva, um
mandado de prisão temporária e dois mandados de condução coercitiva em
Florianópolis, São Paulo e Rio de Janeiro.
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